Educação e responsabilidade
Em sua mensagem de ontem, a Ivy falou sobre a importância da educação ambiental em todos os níveis. A questão é importantíssima, mas nada simples. Trabalho com isto há bastante tempo, procurando ir além do conhecimento para chegar à responsabilidade.
Existem campanhas contra o desmatamento da Floresta Amazônica, da Mata Atlântica e até do Cerrado. Os que participam conhecem a importância de se manter as florestas, mas quantas dessas pessoas olham para os móveis em sua casa ou no escritório e se perguntam se não há aí um pedacinho desses biomas?
Se eu desconheço, não me sinto culpada! O art. 3º do Decreto-Lei 4.657/42 (Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro) diz o seguinte: “Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece”. Entretanto, se não se pode alegar desconhecimento da lei, pode-se ignorar certos princípios que, se conhecidos, provocariam uma crise de consciência.
No caso da pessoa que costumava jogar o lixo no "buracão", citada pela Ivy, até o momento que desconhecia o mal que isto provoca, fazia-o sem qualquer trauma ético. A partir do instante que “aprende” os efeitos de seu ato (tem conhecimento e reconhece como verdadeiro), se voltar a fazer o mesmo, sentir-se-á culpada. Por esta razão, muitas pessoas preferem a ignorância, não indo muito além daquilo que está diante de seus olhos.
Além do exemplo dos móveis, citado acima, podemos enumerar uma série de outros: quando você compra um sabão, o que procura? Preço, eficiência ou o menos agressivo ao meio ambiente? Quando você coloca o lixo para fora de sua casa, pensa para onde ele vai? Você se preocupa com a procedência da carne que come? É claro que se fôssemos preocupar-nos com todas nossas ações, tornaríamos nossa vida um inferno, afinal toda ação causa um impacto, grande parte negativo, mas alguns são mais agressivos e podem ser evitados.
Reconhecer e ser responsáveis pelos impactos que causamos é saudável e o esperado de cidadãos ecologicamente educados.
Abraços
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