sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Apenas relembrando...


Fala minha gente!

Aproveitando o ótimo vídeo que a Katarini postou, nesse post venho dar "aquela" relembrada no exemplo vivo que tivemos do Efeito Borboleta que, dessa vez, não precisou começar na China...

Sim, é preciso fazer a ênfase no "relembrar" porque a nossa sociedade é a sociedade da aminésia! E não é só isso, não é só falta de memória, é falta, primeiramente, de se estar alerta acerca do perigo praticamente suicida que entramos sem ter a menor noção disso. 

Em novembro passado Santa Catarina foi palco do maior desastre ecológico do país. Para quem não lembra ou não soube, a região do Morro do Baú, no município de Ilhota, presenciou simplesmente o "derretimento" de montanhas gigantes, algo realmente raro (http://www.espacoecologiconoar.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=8647&Itemid=1) . 

Quando o povo se vê naqueles momentos de tempo ensolarado, em que a chuva parece ser só uma possibilidade remota, a tendência é sempre considerar um baita incômodo e uma bela porcaria estas tais leis ambientais que protegem as matas originais, a biodiversidade, os rios etc. 
No entando, de repente, como uma ira divina(que não é absolutamente divina, tampouco ira), a chuva torrencial aparece e, do nada, todo mundo muda de idéia: "a legislação ambiental precisa ser respeitada e devidamente praticada". 

As pessoas são, realmente, estranhas. A gente não percebe que essa ira da natureza começa com a gente, com a nossa desconsideração nos momentos devidos daquilo que deve ser sempre tido como prioridade. A ira nós mesmos lançamos, sem saber, e hora ou outra vem aquele oceano de lágrimas do céu para apagar a secura da nossa desconsideração. É o tal do efeito borboleta.

Em 1983, ocorreu outro deslizamento gigantesco nas cabeceiras do rio Itajaí, também em Santa Catarina. De lá pra cá, todo mundo, obviamente, já esqueceu. 

E o que ocorreu após 1983? Como já era de se esperar, mais construções foram feitas nos mesmos locais que deveria apenas existir preservação nativa permanente: PERMANENTE. Não só isso. Ocorreu reflorestamento de pinos, eucalípto e "pasto" e, é claro, o estabelecimento de mais madeireiras nestes exatos lugares onde deveria existir preservação permanente. 

Não adianta só culpar essas empresas madeireiras. O povo deve ser alertado mais e mais que quem está perdendo a própria vida são eles próprios ao permitirem essa devastação. Mudança vem com conscientização. Conscientização vem com a informação correta. Informação correta aguça a memória e fortalece a consciência.

A nossa Mata Atlântida há muito pede socorro. A história tem sido repetida e a coisa não pode continar assim, do contrário estaremos cometendo suicídio sem a menor necessidade disso. 
Vamos espalhar e discutir essas informações. 

Informação é luz e luz dá claridade de visão. É disso que precisamos.

Grande abraço a todos!

 

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