Katarini em ComunicaçãoMídiaAmbiente&Diversidade
agora, sem reserva de mercado...
O que muito se comentou a semana passada foi a decisão do STF sobre suspender a exigência do diploma para exercer a profissão de jornalista, e aí? como ficamos? sem reserva de mercado? Muitas pessoas vieram me questionar, amigos jornalistas indignados, não admitindo a comparação que o Gilmar Mendes (arrrrgh!) fez entre o jornalista e o cozinheiro.
Eu tenho uma opinião desde a faculdade muito particular e contestada, de que realmente não é preciso ter diploma para ser jornalista, para escrever, se expressar, entrevistar. E não apenas pelo fato de que todos têm o direito de se manifestar publicamente, mas porque realmente não é qualquer um que pode ser jornalista, apenas fazendo a faculdade. Não basta ter diploma e conhecer técnicas de reportagem e entrevista, e ter a restrição corporativa, é preciso repertório, conhecimento de causa, vivência... E isso fica a cada dia mais nítido pra mim, avaliando a cobertura midiática sobre meio ambiente. É muita informação errada, equivocada, profissionais despreparados, que não entendem da questão e a tratam de forma fragmentada, superficial em nome da chamada notícia-espetáculo. E nesse sentido, prego a especialização para oferecer uma informação de qualidade, que não é visado nas universidades de comunicação, ainda...
Mas acredito sim nos estudos da comunicação, na importância da ciência e da pesquisa na área, na formação técnica, também importante e, por isso, tenho certeza que o mercado e a própria vida se encarrega de situar os profissionais competentes. Haja vista outras profissões sem regulamentação como Relações Públicas, Publicitário, Designer, Programador e por aí vai!
é bom baixar a bola dos jornalistas (não esqueçam que sou uma!) . Mas os colegas são muito arrogantes e apesar de nunca imaginar que poderia concordar com o presidente do Supremo...coitado dos cozinheiros!!!!
Vou deixar um trecho do editorial do Estadão de 20 de junho, que achei muito relevante, porque ainda temos que considerar que nesta era de internet a informação não pode mais ser controlada e os processos de produção nunca mais serão os mesmos!
"Se a exigência do diploma, estabelecida no decreto-lei do regime militar, já era um anacronismo quando foi criada, de lá para cá a evolução tecnológica da comunicação a deixou ainda mais despropositada e inteiramente inócua. Com o desenvolvimento da internet, em que qualquer pessoa pode criar e desenvolver o seu blog, arregimentando uma quantidade literalmente incalculável de leitores, qualquer um pode transmitir informações e opiniões - exercendo, desse modo (...) uma típica atividade jornalística".
Forte abraço!
ah...terminou o Curta Ambiente e os alunos se mostraram ótimos jornalistas!!!!
agora, sem reserva de mercado...
O que muito se comentou a semana passada foi a decisão do STF sobre suspender a exigência do diploma para exercer a profissão de jornalista, e aí? como ficamos? sem reserva de mercado? Muitas pessoas vieram me questionar, amigos jornalistas indignados, não admitindo a comparação que o Gilmar Mendes (arrrrgh!) fez entre o jornalista e o cozinheiro.
Eu tenho uma opinião desde a faculdade muito particular e contestada, de que realmente não é preciso ter diploma para ser jornalista, para escrever, se expressar, entrevistar. E não apenas pelo fato de que todos têm o direito de se manifestar publicamente, mas porque realmente não é qualquer um que pode ser jornalista, apenas fazendo a faculdade. Não basta ter diploma e conhecer técnicas de reportagem e entrevista, e ter a restrição corporativa, é preciso repertório, conhecimento de causa, vivência... E isso fica a cada dia mais nítido pra mim, avaliando a cobertura midiática sobre meio ambiente. É muita informação errada, equivocada, profissionais despreparados, que não entendem da questão e a tratam de forma fragmentada, superficial em nome da chamada notícia-espetáculo. E nesse sentido, prego a especialização para oferecer uma informação de qualidade, que não é visado nas universidades de comunicação, ainda...
Mas acredito sim nos estudos da comunicação, na importância da ciência e da pesquisa na área, na formação técnica, também importante e, por isso, tenho certeza que o mercado e a própria vida se encarrega de situar os profissionais competentes. Haja vista outras profissões sem regulamentação como Relações Públicas, Publicitário, Designer, Programador e por aí vai!
é bom baixar a bola dos jornalistas (não esqueçam que sou uma!) . Mas os colegas são muito arrogantes e apesar de nunca imaginar que poderia concordar com o presidente do Supremo...coitado dos cozinheiros!!!!
Vou deixar um trecho do editorial do Estadão de 20 de junho, que achei muito relevante, porque ainda temos que considerar que nesta era de internet a informação não pode mais ser controlada e os processos de produção nunca mais serão os mesmos!
"Se a exigência do diploma, estabelecida no decreto-lei do regime militar, já era um anacronismo quando foi criada, de lá para cá a evolução tecnológica da comunicação a deixou ainda mais despropositada e inteiramente inócua. Com o desenvolvimento da internet, em que qualquer pessoa pode criar e desenvolver o seu blog, arregimentando uma quantidade literalmente incalculável de leitores, qualquer um pode transmitir informações e opiniões - exercendo, desse modo (...) uma típica atividade jornalística".
Forte abraço!
ah...terminou o Curta Ambiente e os alunos se mostraram ótimos jornalistas!!!!
3 comentários:
Concordo em parte. O mercado realmente faz a triagem dos profissionais, mas como pseudo-sindicalista me cabe afirmar que as pequenas redações serão infestadas de semianalfabetos ganhando menos que um salário mínimo, para alegria dos empresários despreocupados com a qualidade da informação, interessados apenas nas benesses políticas que um veículo pode proporcionar.
Rafael Tadashi
O oceano da internet realmente tratou de dar um certo adeus às ostentações do tecnicismo jornalístico. Mas como vc mesma ressalta, o que vale é o conhecer direto, a vivência mesmo, que não surge simplesmente com um diploma ou com o aprendizado de técnicas. Estes não são suficientes para discernirmos e irmos a fundo na raíz dos problemas.
Também sou a favor da particularidade do conhecimento. Como é muito difícil cuidar de tudo e mais um pouco com extrema perícia, concordo com que a questão da especialização.
ah e um detalhe... a profissão de Relações Públicas é regulamentada pela Lei 5.377/67, e para exercê-la é obrigatório o bacharelado em Relações Públicas e o registro no Conselho Regional de Relações Públicas – Conrerp.
Olha só:
http://www.conrerp2.org.br/index.php?pagina=lei-5377-67
abraçosss
Só fazendo coro ao colega acima que já citou, Relações Públicas é hoje a única profissão regulamentada na comunicação.
"a profissão de Relações Públicas é regulamentada pela Lei 5.377/67, e para exercê-la é obrigatório o bacharelado em Relações Públicas e o registro no Conselho Regional de Relações Públicas – Conrerp.
Olha só:
http://www.conrerp2.org.br/index.php?pagina=lei-5377-67"
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