Nós, a Água e a Floresta - Fernanda
O homem é um bicho estranho mesmo. Precisa levar uns trancos para acordar...
Lendo o post da Katarini, na quarta passada, fiquei pensando nas conseqüências desta crise financeira... Até fiz um comentário para o post, colocando minha desconfiança na possível economia de recursos naturais pela falta de recursos financeiros.
Meu temor é que a crise gere o efeito contrário.
Com a falta de grana circulando, os grandes empresários e os governos estimulem o consumo com a diminuição dos impostos e outros benefícios, facilitando mais a exploração também dos bens naturais.
Tá certo que estou passando uma visão um tanto quanto pessimista, mas tomando como base outras crises financeiras que já ocorreram no planeta, é importante tomar cuidado.
Também concordo que esta crise pode estimular pesquisas com materiais alternativos, reutilização e reciclagem, mas como o ser humano é imediatista pode não ter paciência de esperar os resultados de tais pesquisas e apelar para o mais fácil e rápido, usando o que está mais a mão, o que já está pronto ou o que já se sabe como fazer...
Até agora, sempre que surge um problema generalizado, um fato que atinge grande parte do mundo, a primeira reação é de sobrevivência imediata.
Resolver o que está errado, sanar o problema imediato e depois pensar nas conseqüências.
E é evidente que assim não funciona.
Não dá pra ficar esperando a água molhar a bunda e depois tomar uma atitude na correria!
O segredo é conseguir tirar proveito desta situação de forma consciente, raciocinando primeiro. Entender o que fizemos de errado e mudar as atitudes prejudiciais a nossa sobrevivência no planeta, pensando no futuro, na preservação de todas as espécies, não só da nossa...
Do fundo do coração, espero que a raça humana esteja neste grau de evolução.
Será??
Inté...
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
É, Fernanda, para quem foi convencido da importância ambiental, a crise não vai mudar os conceitos; porém, para os que não estão convictos, com certeza meio ambiente vai ocupar um espaço bem menor em suas atividades, levando-se em conta os aspectos econômico-fincanceiros.
Só nos resta torcer para que as consequências não sejam muito arrasadoras e persistir na educação ambiental em todos os níveis.
Beijos,
Maria Helena
Fer, adorei sua postagem! Ótimo ponto de vista!!
Precisamos refletir e ponderar sobre tomar as medidas certas com os nossos recursos naturais no meio dessa crise braba!!!
um beijo,
Fer Abra
Com crise ou sem crise, o homem sempre será induzido inconscientemente a destruir. Para a minoria que compreende a ciranda econômica pela única via da maximização de lucros, os estímulos para a degradação sempre estão em alta, e o da preservação, em baixa. A Maria Helena tá certíssima.
A convicção de que o meio ambiente é algo a ser levado em conta permanece, para muitos, bem menor do que a convicção de que "mesmo com a crise, há outras vias de continuar o mesmo processo de destruição de modo que a lucratividade permaneça em alta".
Todos esperamos que da crise brote novos processos de proteção e preservação do meio ambiente(já que os argumentos pra se conseguir isso são evidentes), mas também devemos esperar que com a crise brote novas medidas e metas de deterioração para o "benefício" dessa tal minoria.
E é verdade, o que cabe aos educadores é continuar a clarear as coisas para quem tem ouvidos para ouvir, e para quem tem olhos para ver.
té mais pessoal!
Com crise ou sem crise, o homem sempre será induzido inconscientemente a destruir. Para a minoria que compreende a ciranda econômica pela única via da maximização de lucros, os estímulos para a degradação sempre estão em alta, e o da preservação, em baixa. A Maria Helena tá certíssima.
A convicção de que o meio ambiente é algo a ser levado em conta permanece, para muitos, bem menor do que a convicção de que "mesmo com a crise, há outras vias de continuar o mesmo processo de destruição de modo que a lucratividade permaneça em alta".
Todos esperamos que da crise brote novos processos de proteção e preservação do meio ambiente(já que os argumentos pra se conseguir isso são evidentes), mas também devemos esperar que com a crise brote novas medidas e metas de deterioração para o "benefício" dessa tal minoria.
E é verdade, o que cabe aos educadores é continuar a clarear as coisas para quem tem ouvidos para ouvir, e para quem tem olhos para ver.
té mais pessoal!
Postar um comentário