quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Pesquisa em Educação Brasileira

Informação e Educação: o caminho para solução!

Sabemos que a base da Educação Ambiental está em sala de aula e ainda de um modo informal.
Mas, qual a avaliação do que é ensinado em sala de aula?
Por meio da entrevista do Sr. Martin Carnoy, Professor da Universidade de Stanford - autor do livro " Vantagem Acadêmica de Cuba" podemos ter uma idéia.
Seguem trechos:

POR QUE alunos cubanos vão tão melhor na escola do que brasileiros e chilenos, apesar da baixa renda per capita em Cuba? A pergunta norteou estudo do economista Martin Carnoy, professor da Universidade Stanford, que filmou e mensurou diferenças entre atividades escolares nos três países. No Brasil, o professor encontrou despreparo para ensinar e atividades feitas pelos alunos sem controle. Quase não há supervisão do que ocorre em classe no Brasil.
Para ele, o problema também atinge a rede particular. Pais de escolas de elite pensam que estão dando ótima instrução aos filhos, mas fariam melhor se os colocassem em uma escola pública de classe média do Canadá. Carnoy sugere filmar o desempenho dos professores. Não basta saber a matéria. É preciso saber como ensiná-la. Ele esteve no Brasil na semana passada para lançar o livro A Vantagem Acadêmica de Cuba, patrocinado pela Fundação Lemann.

FOLHA - O que mais chamou a sua atenção nas aulas no Brasil?
MARTIN CARNOY
- Professoras contratadas por indicação do secretário de educação do município, que dirigem a escola e vão lá de vez em quando; 60% das crianças repetem o ano, e professoras pensam que isso é natural porque acham que as crianças simplesmente não conseguem aprender. Fiquei impressionado, o livro didático usado na sala de aula era difícil de ler. Precisaria ter alguém muito bom para ensinar aquelas crianças com ele. Ficaria surpreso se qualquer criança conseguisse passar de ano. Vi escolas na Bahia, em Mato Grosso do Sul, em São Paulo, no Rio... entre outros.

FOLHA - Qual a metodologia do estudo?
CARNOY
- Como economista, usei dados macro para explicar as diferenças entre os países nos testes de matemática e linguagem. Fizemos análises com visitas a escolas e filmamos classes de matemática e analisamos as diferenças entre as atividades em classe. Há uma grande diferença, pais cubanos têm renda baixa, mas são altamente educados, em comparação com os do Brasil. O estudo foi finalizado em 2003 e depois comparamos Costa Rica e Panamá. Na Costa Rica, há coisas engenhosas, aulas com duas horas, em que se pode realmente ensinar algo. Supervisionar a resolução de problemas de matemática e, principalmente, discutir resultados e erros. Os alunos cubanos têm aulas acadêmicas das 8h às 12h30. Depois, almoço. Voltam às 14h e ficam até as 16h30, quando têm uma sessão de TV por 40 minutos. A seguir, artes e esportes, mas com o mesmo professor.

É....o nosso país ainda tem muito o que aprender, dada as circunstâncias, é de suma importância que as organizações tais como as não governamentais empenhem-se em capacitar os nossos professores para que eles alcancem um bom desempenho em sala de aula para educar ambientalmente os alunos!
Com um alto nível em educação escolar, fica mais fácil atingirmos altos níveis em Educação Ambiental!

Abraços a todos!
Fer Abra

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