terça-feira, 24 de novembro de 2009

Nós, a Água e a Floresta

Bauru Ambiental

Diariamente, recebemos uma série de e.mails no Vidágua de pessoas que conhecem a instituição, reconhecem o trabalho realizado e acreditam que ela pode contribuir para melhorar a qualidade de vida da população.
Dois e.mails em particular, lidos hoje, chamam a atenção para problemas que dia-a-dia afetam nossos rios: lixo doméstico ou da construção civil e efluentes industriais.
Com um prefeito reconhecidamente ambientalista, é de se esperar uma preocupação maior com as questões ambientais no município. Não há como negar que o Rodrigo Agostinho é um idealista. Desde muito jovem tem batalhado pela defesa e conservação dos elementos naturais, procurando o máximo de equilíbrio possível.
Esse ideal é um legado ao Instituto Ambiental Vidágua que foi fundado em dezembro de 1994 por algumas pessoas que acreditavam poder contribuir com a construção de um mundo melhor para as presentes e futuras gerações.
Mas até que ponto uma administração pública e uma ONG podem mudar a situação ambiental de um município? Com certeza, muito pouco sem a ajuda da população em geral.
O Vidágua tem hoje em Bauru, trabalhando diretamente, cinco pessoas. É muito pouco para defender um território e uma população tão grande. A Prefeitura de Bauru tem muito mais funcionários, mas que ainda são insuficientes para fiscalizar, sem ajuda, toda a extensão do município.
Mesmo sem ser conhecido por todos os bauruenses, sem dúvida nenhuma há um grande número de pessoas que confiam no trabalho do Vidágua e buscam ali ajuda para resolver questões ambientais. A seriedade do Instituto é reconhecida, por nunca deixar de responder a qualquer apelo. É claro que muitas vezes o assunto foge da competência da ONG; entretanto, sempre é dado um retorno, instruindo o parceiro (pois é assim que todos que procuram a instituição são considerados) sobre o que se julga ser a melhor atitude. As pessoas são sempre orientadas a fazer suas reclamações e pedidos por escrito, pedindo retorno. Assim, no caso de não haver resposta, devem apelar para outras instâncias.
A resolução de problemas ambientais nem sempre é da competência da administração municipal, mas o cidadão comum não é obrigado a saber sobre isto e tem direito constitucional à informação. Assim, quando uma reclamação ou solicitação chega a um funcionário, este terá o dever de orientar sobre a correta forma de se proceder. Bem informado, o cidadão passa a confiar na administração e será um excelente colaborador.
Não podemos exigir de qualquer órgão (prefeitura, ONG) além de suas forças; por outro lado, as administrações públicas bem como as instituições em geral devem oferecer um retorno eficiente, para contar com a colaboração da população.
Se quisermos um Bauru (município) ambientalmente equilibrado e saudável, temos que trabalhar em sintonia e não como concorrentes.

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