terça-feira, 29 de dezembro de 2009

29.12.09

Hoje, oficialmente, o Vidágua completa 15 anos de atuação. Uma data que seria de comemoração e reflexão, nos trouxe um luto que será muito difícil superar... Algumas coisas na vida realmente não tem explicação, é dificil de entender, de aceitar, nos resta lamentar e continuar, ainda que capengas, faltando uma peça muito importante.

Uma das pessoas que mais contribuiu com a jornada do Vidágua nos deixou exatamente hoje, e o meio ambiente perdeu um de seus grandes defensores, conhecedores e um apaixonado pela vida, em todas suas formas e cores. A vida quis assim? mas nós não!

Coincidência ou não, a data de comemoração, será agora de recordação.

Não há mais palavras para terminar este ano. O próximo com certeza perderá um pouco do brilho do verde... tão aclamado pelo nosso querido ambientalista Ivan de Marche.

Força em 2010 para todos!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Plantio comemora os 15 anos do Vidágua

O Instituto Ambiental Vidágua encerra, nesta semana, a Campanha de filiação "15 anos, 15 mil mudas", que consiste na filiação ao Vidágua a partir da aquisição de uma muda de árvore plantada, no valor de R$20,00 por ano. Um evento comemorativo, marcado para sexta-feira, vai possibilitar que todos os filiados plantem a própria muda e comemorem os 15 anos do Vidágua.

As mudas de espécies nativas serão plantadas na região da Floresta Urbana Água Comprida. O local foi disponibilizado através de uma parceria com a Prefeitura Municipal de Bauru. Juntos, Vidágua e Prefeitura, buscam a recuperação do córrego Água Comprida. "Esse local é estratégico para Bauru e representa uma das lutas do Vidágua, que mobilizou a população de Bauru para manter o último remanescente de floresta urbana", explica a presidente do Vidágua, Maria Helena Beltrame.

Vale lembrar que a Campanha deste ano chega ao fim, mas os interessados podem continuar se filiando e contribuindo com as ações e projetos do Vidágua. Os recursos financeiros são muito importantes, mas a filiação significa o apoio e adesão da população. "É uma forma de legitimar nosso trabalho", acredita Maria Helena.

Além do plantio, para marcar os 15 anos, foram desenvolvidos no decorrer do ano um selo comemorativo e a exposição de fotos itinerante “Da semente a floresta: a trajetória do Instituto Ambiental Vidágua”, que está percorrendo diversos espaços de Bauru para contar a história da ONG através de imagens. Até o dia 23 de dezembro as fotos estão na Biblioteca Municipal de Bauru. Fundado em 29 de dezembro de 1994, em Bauru, o Vidágua é hoje reconhecido nacionalmente, desenvolvendo projetos de educação ambiental, reflorestamento, políticas públicas em dois biomas principais: Cerrado e Mata Atlântica. Desde 2005, mantém uma base no Vale do Ribeira com ações de recomposição de mata ciliar e conservação marinha. No entanto, a participação da sociedade civil e empresarial é imprescindível para a continuidade dos trabalhos. Ainda dá tempo de se filiar e conhecer o trabalho do Vidágua: http://www.vidaguaefloresta.org.br/

O plantio comemorativo acontece sexta-feira, dia 18, a partir das 9 horas da manhã, na Av. Antenor de Almeida, próximo à nascente do córrego Água Comprida (rotatória do Jardim Nicéia). Mais informações em contato@vidagua.org.br e (14) 32812633.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Em primeira mão

Em contagem regressiva

Estamos a exatamente 20 dias do aniversário do Vidágua. Fundado em 29 de dezembro de 1994, o instituto debuta este ano em meio a um série de dificuldades, principalmente financeiras, que nos fizeram diminuir as atividades, recusar muitos convites e, em alguns momentos, até duvidar do apoio popular. Um dos grandes desânimos é porque propusemos no início do ano a Campanha especial de filiação "15 anos, 15 mil mudas" (http://www.vidaguaefloresta.org.br/) na doce ilusão de captarmos muitos filiados (15 mil !!!) que iriam contribuir com nossas ações e, de certa forma, legitimar nosso trabalho. Não foi o que aconteceu. Conseguimos pouco mais de 100 adesões e nos frustramos... Não só por conta do apoio financeiro que a filiação representa, mas, principalmente, pela falta de apoio, consideração pelo nosso trabalho, afinal a contribuição é simbólica R$20,00 por ano, que corresponde a adoção de uma muda de árvore.

Mas bola pra frente, que dizem, que atrás tem sempre gente. E divulgo aqui em primeira mão: Vamos realizar um plantio comemorativo dia 18/12, onde cada filiado terá oportunidade de plantar sua própria muda. E todos estão também convidados a participar. Vamos recompor uma área estratégica, próxima da Floresta Urbana Água Comprida - um dos símbolos da luta do Vidágua em Bauru, pela preservação de remanescentes florestais.

Se ainda dá tempo de se filiar? http://www.vidaguaefloresta.org.br/

Corra!!! Porque não é sempre que se faz 15 anos...

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Nós, a Água e a Floresta




Copenhage!

Começa a reunião que vai dizer o que os dirigentes dos países pretendem fazer com relação ao aquecimento global e às questões ambientais de forma geral.

Pouco antes do início da Conferência, já se começou a falar sobre erro a respeito das informações referentes ao aquecimento global até então divulgadas. Isto é real? Qual a relevância? Ou seria uma forma das grandes potências justificar o injustificável?

O aquecimento é uma realidade! O quantum ... é relativo. De forma geral, quanto menor for o erro, melhor, mas, neste caso, o ideal é inverter!

Bem, o pessoal está lá reunido, discutindo .... Nós vamos ficar aqui esperando (ou rezando), pois depende deles que futuro teremos Nós, a Água e a Floresta.

Abraços,

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Temos nosso próprio tempo

Katarini em ComunicaçãoMídiaAmbiente&Diversidade
tentanto retomar...

Por que sempre no fim do ano a vida parece mais atribulada, com muitas coisas a resolver, um tempo que corre e não conseguimos alcançá-lo? Eu sempre me pergunto isso. Chega nesta época o que as pessoas mais reproduzem por ai é "muita correria", "nao estou dando conta", "não vejo a hora do ano acabar", mas qual o motivo, né? não é só um calendário? o que muda tanto com o fim de um ano, começo de outro? Intrigante como somos persuadidos pela idéia de mudança, de vida nova, sem buscar conviver com o que já temos. Não é auto-ajuda não, nem conformismo, não tenho vocação para isso, é apenas uma constatação.

"O tempo anda curto por aqui", me respondeu outro dia um conhecido por email. Compreendi, mas achei no mínimo curiosa esta observação do tempo. Ele é relativo, sabemos disso, e é nosso álibi, sempre. Inclusive é meu álibi, por estar a tanto tempo longe do blog: é falta de tempo, de verdade. E isso me faz refletir sobre o tempo do meio ambiente, da diversidade natural, cultural, estética. Levam-se longos anos ou décadas para a natureza se compor e em poucos segundos podemos destruí-la, não? Como o tempo é relativo!

Agora, estou de saída, não há mais tempo. Queria muito comentar o discurso da senadora Marina Silva em sua palestra aqui em Bauru no último sábado. Incrivelmente lúcido e inspirado. Vai sobrar tempo e vou ainda falar sobre isso, acreditem! é como diz a música do Legião Urbana "temos nosso próprio tempo"

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Nós, a Água e a Floresta

Parabéns a você .....


No próximo dia 29, o Vidágua completa quinze anos: jovem na idade, senhor em realizações. O Vidágua já nasceu grande em objetivos, em atividades e, ao longo desses 15 anos, foi conquistando o coração daqueles que vivem as questões ambientais.
Sabemos como é ter o Vidágua atendendo a região de Bauru (além do Vale do Ribeira). A questão é: como reagiria essas regiões sem o Vidágua? Sempre soube da procura dos veículos de comunicação por informações dos incansáveis "operários" do Vidágua. Atualmente, mais dentro do que nunca da organização, sinto muito mais a procura. Precisa ser feita uma matéria sobre qualquer questão ambiental? Alguém do Instituto sempre é chamado. E tem sempre alguém pronto para atender!
Uma empresa, quando lança um produto confiável, atrai clientes que lhe são fiéis, enquanto outro produto melhor não apareça no mercado. A empresa sobrevive com a venda de seus produtos. Sabemos que toda empresa tem custos, tem despesas e só consegue continuar no mercado, se conseguir continuar vendendo seus produtos.
O Vidágua não é uma empresa. O Vidágua não visa lucros. Porém, como qualquer pessoa (física ou jurídica) tem conta de luz, telefone, água, manutenção .... Como qualquer empresa, precisa de, como disse acima, "operários" para realizar seus objetivos sociais e essas pessoas precisam receber para cobrir seus gastos. No Vidágua, essas pessoas são jornalistas, biólogos, relações públicas e viveiristas. Pessoas habilitadas que poderiam estar exercendo sua profissão em outras empresas, ganhando muito mais do que recebem no Instituto. Sem dúvida nenhuma, têm capacidade para isto. Entretanto, amam o que fazem e estão no Vidágua, lutando para manter a credibilidade e o nível dos serviços até agora oferecidos.
Ao fazer 15 anos, o Vidágua deseja continuar dando o melhor de si! Mas as atividades dos próximos anos do Vidágua estão condicionadas ao retorno que o povo bauruense dará aos anos de dedicação do Instituto, sempre trabalhando para uma melhor qualidade de vida hoje e no futuro. Vamos formar um grande grupo de filiados. Convide seus amigos. Uma pequena contribuição de cada um, representará muito e a garantia de um serviço cada vez melhor para toda comunidade (por que não dizer humanidade?).
Um abraço,

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Nós, a Água e a Floresta

Bauru Ambiental

Diariamente, recebemos uma série de e.mails no Vidágua de pessoas que conhecem a instituição, reconhecem o trabalho realizado e acreditam que ela pode contribuir para melhorar a qualidade de vida da população.
Dois e.mails em particular, lidos hoje, chamam a atenção para problemas que dia-a-dia afetam nossos rios: lixo doméstico ou da construção civil e efluentes industriais.
Com um prefeito reconhecidamente ambientalista, é de se esperar uma preocupação maior com as questões ambientais no município. Não há como negar que o Rodrigo Agostinho é um idealista. Desde muito jovem tem batalhado pela defesa e conservação dos elementos naturais, procurando o máximo de equilíbrio possível.
Esse ideal é um legado ao Instituto Ambiental Vidágua que foi fundado em dezembro de 1994 por algumas pessoas que acreditavam poder contribuir com a construção de um mundo melhor para as presentes e futuras gerações.
Mas até que ponto uma administração pública e uma ONG podem mudar a situação ambiental de um município? Com certeza, muito pouco sem a ajuda da população em geral.
O Vidágua tem hoje em Bauru, trabalhando diretamente, cinco pessoas. É muito pouco para defender um território e uma população tão grande. A Prefeitura de Bauru tem muito mais funcionários, mas que ainda são insuficientes para fiscalizar, sem ajuda, toda a extensão do município.
Mesmo sem ser conhecido por todos os bauruenses, sem dúvida nenhuma há um grande número de pessoas que confiam no trabalho do Vidágua e buscam ali ajuda para resolver questões ambientais. A seriedade do Instituto é reconhecida, por nunca deixar de responder a qualquer apelo. É claro que muitas vezes o assunto foge da competência da ONG; entretanto, sempre é dado um retorno, instruindo o parceiro (pois é assim que todos que procuram a instituição são considerados) sobre o que se julga ser a melhor atitude. As pessoas são sempre orientadas a fazer suas reclamações e pedidos por escrito, pedindo retorno. Assim, no caso de não haver resposta, devem apelar para outras instâncias.
A resolução de problemas ambientais nem sempre é da competência da administração municipal, mas o cidadão comum não é obrigado a saber sobre isto e tem direito constitucional à informação. Assim, quando uma reclamação ou solicitação chega a um funcionário, este terá o dever de orientar sobre a correta forma de se proceder. Bem informado, o cidadão passa a confiar na administração e será um excelente colaborador.
Não podemos exigir de qualquer órgão (prefeitura, ONG) além de suas forças; por outro lado, as administrações públicas bem como as instituições em geral devem oferecer um retorno eficiente, para contar com a colaboração da população.
Se quisermos um Bauru (município) ambientalmente equilibrado e saudável, temos que trabalhar em sintonia e não como concorrentes.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Nós, a Água e a Floresta

Recentemente, li uma matéria na revista Consulex, que tratava da incidência do princípio da insignificância nos crimes ambientais.

O princípio da insignificância, como o próprio nome diz, tem a ver com a interpretação, relacionada ao grau da lesividade do ilícito penal. Porém, até que ponto podemos dimensionar o grau do dano de uma infração ambiental?

Neste sentido, conforme palavras do autor do texto, Renato Marcão, “a discussão ganhou novos argumentos contrários em se tratando de crimes ambientais, e reiteradas vezes se tem decidido pela inadmissibilidade da insignificância no trato da matéria, notadamente em razão da natureza do bem jurídico tutelado e de uma alegada impossibilidade de se avaliar a real extensão do dano causado no ecossistema pela conduta do agente.”.

Por um lado, temos perplexidade da sociedade diante da aplicação de penas a pessoas que cometeram delitos considerados insignificantes e, por outro lado, a interpretação do magistrado do que pode ser considerado insignificante em matéria ambiental.

Neste caso, temos, sem dúvida nenhuma, que fazer valer o princípio da precaução que, conforme venho afirmando, considero ser o mais importante princípio do Direito Ambiental, já que o mesmo tem como objetivo a defesa e preservação da qualidade de vida das gerações presente e futura.

De forma geral, conforme julgado do STF, “o princípio da insignificância, vetor interpretativo do tipo penal, é de ser aplicado tendo em conta a realidade brasileira, de modo a evitar que a proteção penal se restrinja aos bens patrimoniais mais valiosos, ordinariamente pertencentes a uma pequena camada da população. A aplicação criteriosa do postulado da insignificância contribui, por um lado, para impedir que a atuação estatal vá além dos limites do razoável no atendimento do interesse público. De outro lado, evita que condutas atentatórias a bens juridicamente protegidos, possivelmente toleradas pelo Estado, afetem a viabilidade da vida em sociedade (STF, HC nº. 84.424-SP, 1ª T, Rel. Min. CARLOS AYRES BRITO, j. 07.12.04).”

Concluindo, não sou contrária à aplicação do princípio da insignificância no caso dos crimes ambientais, desde que o julgador, ao avaliar a pouca valia da lesão, leve em conta o princípio da precaução à luz do art. 225 da CF.

O artigo a que me referi está na Revista Jurídica Consulex, nº. 306, de 15/10/2009, pág. 63. Site da revista: www.consulex.com.br.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Roupas ecológicas no guarda-roupa de quem tem bom gosto e criativade

post de Colaborador: Vivian Federicci voluntária do Programa de Comunicação do Vidágua

Quando se fala em roupas ecologicamente corretas, logo se imagina peças produzidas de algodão orgânico, fibras de garrafas pet, couro vegetal, entre outros. Esses produtos, geralmente, estão no mercado com custo 30% maior que os comuns. No entanto, o investimento se torna interessante tanto para produtores como compradores já que "cada vez mais as pessoas buscam o comprometimento com a sustentabilidade”, diz Graça Lara, criadora da grife on-line Ecogrife.

A opção representa uma significativa mudança no mercado têxtil. O algodão orgânico, por exemplo, além de ser livre de agrotóxicos, provém da agricultura familiar. “O preço acaba sendo justo, pois tem todo um valor agregado”, completa a empresária. Mas engana-se quem ainda pensa que vestir-se de forma consciente precisa de muito dinheiro. Uma das pesquisadoras do termo “vestir consciente”, Ana Cândida, revela que existem formas de democratizar a moda sustentável e “fazer com que os valores e conteúdo educativo cheguem a todas as classes sociais”. Existem opções ecológicas de todos os custos para produzir roupas criativas, bonitas e conscientes. Nessa linha, o site Inteiro Ambiente (www.inteiroambiente.com) conversou com três produtoras que encontraram no espaço da moda sustentável uma forma de atender demandas de públicos diferentes.

Veja a reportagem completa em www.inteiroambiente.com

APAGÃO

Virge virge!!

Parece que deu apagão no blog também, não? Há quase 10 dias sem atualização, pode até parecer falta de compromisso ou vontade, mas não...é reflexo de muito trabalho que não sobra espaço para nossos devaneios na blogosfera. Mas vamos retomar o rumo da rota. Em breve!

Só vou fazer uma pequena reflexão:
O que fazer sem energia hein? Passamos mais um sufoco na última terça-feira, o que nos faz refletir sobre nosso modelo de desenvolvimento e dependência total das fontes de energia. Temos o alento de ter uma matriz renovável, mas nem por isso podemos abusar. Manifestação natural? sobrecarga no sistema? falta de investimentos no setor? seja o que for temos que nos preparar...

É até bonito de ver....

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Nós, a Água e a Floresta

Os cemitérios e o ambiente

Aproveitando que ontem foi dia de finados, vamos falar um pouco sobre os impactos dos cemitérios no meio ambiente.

Enterrar os mortos é uma prática muito antiga, tendo iniciado há aproximadamente 100 mil anos antes de nossa era, embora os cemitérios, como são conhecidos hoje, são bem mais recentes (a partir do século XVIII).

Embora muito tenha se evoluído nas questões ambientais, os mortos continuam sendo enterrados, na maioria das vezes, sem os devidos cuidados e, apesar da Resolução CONAMA 335 que trata do licenciamento de cemitérios ser de 2003, dando um prazo de 180 dias para os antigos se adaptarem às novas exigências, ainda hoje temos muitas situações preocupantes.
Cemitério é atividade potencialmente poluidora e a escolha dos locais, geralmente de baixo valor imobiliário e com condições geológicas e hidrogeológicas inadequadas é campo para sérios impactos ambientais negativos. Os impactos acontecem com maior freqüência em cemitérios públicos que, em geral, não são implantados com os cuidados necessários.Conforme o pesquisador Alberto Pacheco, do Instituto de Geociências da USP, os impactos estão divididos em duas categorias:
“O impacto físico primário - ocorre quando há contaminação das águas subterrâneas de menor profundidade (aqüífero freático) e, excepcionalmente, das águas superficiais.O impacto físico secundário - ocorre quando há presença de cheiros nauseabundos na área interna dos cemitérios provenientes da decomposição dos cadáveres. Segundo os tanatólogos (estudiosos da morte), os gases funerários resultantes da putrefação dos cadáveres são o gás sulfídrico, os mercaptanos, o dióxido de carbono, o metano, o amoníaco e a fosfina. Os dois primeiros são os responsáveis pelos maus odores. O vazamento destes gases para a atmosfera de forma intensa deve-se à má confecção e manutenção das sepulturas (covas simples) e dos jazigos (construções de alvenaria ou concreto, enterradas ou semi-enterradas).”
Quem estiver interessado em ler mais sobre o assunto, o artigo completo do pesquisador está no site www.ambientebrasil.com.br.Nossos mortos precisam de um local apropriado, sejam eles cremados ou não. O movimento nos cemitérios no dia de finados mostra a importância do assunto. Pensar em meio ambiente não é excluir os costumes e atividades da vida moderna: é adaptar, buscando o equilíbrio ideal.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Pesquisa em Educação Brasileira

Informação e Educação: o caminho para solução!

Sabemos que a base da Educação Ambiental está em sala de aula e ainda de um modo informal.
Mas, qual a avaliação do que é ensinado em sala de aula?
Por meio da entrevista do Sr. Martin Carnoy, Professor da Universidade de Stanford - autor do livro " Vantagem Acadêmica de Cuba" podemos ter uma idéia.
Seguem trechos:

POR QUE alunos cubanos vão tão melhor na escola do que brasileiros e chilenos, apesar da baixa renda per capita em Cuba? A pergunta norteou estudo do economista Martin Carnoy, professor da Universidade Stanford, que filmou e mensurou diferenças entre atividades escolares nos três países. No Brasil, o professor encontrou despreparo para ensinar e atividades feitas pelos alunos sem controle. Quase não há supervisão do que ocorre em classe no Brasil.
Para ele, o problema também atinge a rede particular. Pais de escolas de elite pensam que estão dando ótima instrução aos filhos, mas fariam melhor se os colocassem em uma escola pública de classe média do Canadá. Carnoy sugere filmar o desempenho dos professores. Não basta saber a matéria. É preciso saber como ensiná-la. Ele esteve no Brasil na semana passada para lançar o livro A Vantagem Acadêmica de Cuba, patrocinado pela Fundação Lemann.

FOLHA - O que mais chamou a sua atenção nas aulas no Brasil?
MARTIN CARNOY
- Professoras contratadas por indicação do secretário de educação do município, que dirigem a escola e vão lá de vez em quando; 60% das crianças repetem o ano, e professoras pensam que isso é natural porque acham que as crianças simplesmente não conseguem aprender. Fiquei impressionado, o livro didático usado na sala de aula era difícil de ler. Precisaria ter alguém muito bom para ensinar aquelas crianças com ele. Ficaria surpreso se qualquer criança conseguisse passar de ano. Vi escolas na Bahia, em Mato Grosso do Sul, em São Paulo, no Rio... entre outros.

FOLHA - Qual a metodologia do estudo?
CARNOY
- Como economista, usei dados macro para explicar as diferenças entre os países nos testes de matemática e linguagem. Fizemos análises com visitas a escolas e filmamos classes de matemática e analisamos as diferenças entre as atividades em classe. Há uma grande diferença, pais cubanos têm renda baixa, mas são altamente educados, em comparação com os do Brasil. O estudo foi finalizado em 2003 e depois comparamos Costa Rica e Panamá. Na Costa Rica, há coisas engenhosas, aulas com duas horas, em que se pode realmente ensinar algo. Supervisionar a resolução de problemas de matemática e, principalmente, discutir resultados e erros. Os alunos cubanos têm aulas acadêmicas das 8h às 12h30. Depois, almoço. Voltam às 14h e ficam até as 16h30, quando têm uma sessão de TV por 40 minutos. A seguir, artes e esportes, mas com o mesmo professor.

É....o nosso país ainda tem muito o que aprender, dada as circunstâncias, é de suma importância que as organizações tais como as não governamentais empenhem-se em capacitar os nossos professores para que eles alcancem um bom desempenho em sala de aula para educar ambientalmente os alunos!
Com um alto nível em educação escolar, fica mais fácil atingirmos altos níveis em Educação Ambiental!

Abraços a todos!
Fer Abra

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Ciberativismo pelos animais

Katarini em ComunicaçãoMídiaAmbiente&Diversidade
fala-se demais...


Ultimamente estou buscando entender um pouco do ciberativismo, me cadastrei como ciber do greenpeace e buscando outras formas de participação ativa pela rede virtual, acho que já falei sobre isso aqui... e saibam que surte resultado sim! Abaixos-assinados, reivindicações, manifestações, organização de encontros e mobilizações (os tais flash mobs nem tão politizados assim) ocorrem e se programam pela net.

Um recente abaixo assinado que vem acontecendo é referente ao PL 4548/98 que quer descriminalizar os maus tratos a animais domésticos. Segundo a Lei de Crimes Ambientais, é crime praticar ato de violência contra qualquer animal, mas este PL quer justamente acabar com essa proteção para os animais domésticos e, com isso, facilitar a realização dos rodeios, vaquejadas e outros show dos horrores. Temos uma importante ferramenta para nos manifestar e basta acessar o site e contribuir com o abaixo assinado. Pressão popular ainda exerce certo poder político.

Acesse para defender os animais domésticos: http://e-activist.com/ea-campaign/clientcampaign.do?ea.client.id=101&ea.campaign.id=4207

*Ah... o Vidágua é parceiro do mais novo programa ambiental veiculado na radio Unesp, o "Ecoando: Informação para a sustentabilidade", com um boletim especial. Todos os sábados às 11h30 no 105,7MHz.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Nós, a Água e a Floresta


Justiça Ambiental


“Num tribunal do Mississipi, o júri volta atrás do veredicto contra uma companhia acusada de despejar resíduos tóxicos no reservatório de água de uma cidadezinha, causando o maior boom de câncer da história - a empresa houvera apelado à Suprema Corte, composta por nove juízes. A questão é: quem eram eles? Como votaram? Algum deles poderia ser substituído após a decisão final? A política sempre foi um jogo sujo. Grisham mostra, agora, que a justiça também é.”

Iniciei este post com um pequeno resumo do livro “O Recurso”, best seller de John Grisham, para mostrar que, pela ficção que trata de situações possíveis, a realidade nos EUA, quando o assunto é justiça ambiental, pode não ser a maravilha que imaginamos.

É muito comum ouvir alguém dizer, quando o resultado não é o esperado ou está demorando muito para se ter a decisão, “se fosse nos EUA, o resultado seria outro!” Será?

Temos uma das legislações ambientais mais completas do mundo. É claro que temos problemas, uma vez que o Direito Ambiental é matéria nova e temos um número bastante limitado de especialistas no setor. Para trabalhar com Direito Ambiental, o ideal seria ir a campo literalmente, pois fica difícil entender os meandros da matéria atrás de uma mesa. Por experiência própria, devo confessar que passei a entender meio ambiente, fazendo vistorias, convivendo com biólogos, engenheiros florestais e agrônomos, trabalhando com ONGs e educação ambiental. Isto me ajudou muito a entender melhor a legislação ambiental.

Mas, além da falta de especialização de nossos profissionais de direito, existe também o papel dos próprios interessados. Quantas vezes os atingidos pelo dano ambiental recusam-se a acionar os infratores, pois temem perder o emprego? Esta é uma realidade triste, consequência de falta de informação, mas é nossa realidade.

Nós ,profissionais do Direito, preocupados com a cidadania ambiental, estamos tralhando para melhorar. É um processo demorado, nem sempre gratificante, mas vale a persistência e a colaboração de todos.

Quem gosta de ler (sem esperar uma grande obra literária), sugiro “O Recurso”, mas prepare-se: não há um final feliz.


Abraços

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Você conhece a Copaíba?

refletindo e resistindo...

Na última sexta-feira, o Globo Reporter abordou o poder medicinal das plantas. Acho o programa um pouco "florido" e romântico demais, mas traz algumas informações interessantes. Entre as plantas medicinais destacaram a Copaíba e seus benefícios fitoterápicos, diretamente relacionados a mais de 50 doenças.

Você conhece a Copaíba? Eu achei que conhecia, que era uma árvore grande e lustrosa típica do Brasil, e que, em 2000, o Vidágua, juntamente com grupo de estudantes e parte da sociedade bauruense, se mobilizaram para evitar que uma copaíba centenária fosse cortada para dar lugar a uma praça. A pressão popular surtiu efeito, a árvore não foi retirada, pelo contrário, é a grande protagonista de uma praça em um local privilegiado da cidade, e que felizmente, hoje , também é a paisagem principal que vejo da janela do meu apartamento...

Em todo o caso fiquei sabendo muito mais sobre ela na semana passada. Compartilho abaixo:

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Nós, a Água e a Floresta

A semana passada tive a felicidade de assistir, em Bauru, a duas palestras sobre Direito Ambiental, ministradas por dois renomados doutrinadores: Dr. Paulo Affonso Leme Machado e Dr. Vladimir Passos de Freitas.
O Dr. Paulo Affonso falou sobre um assunto que não é novidade: Meio Ambiente e a Constituição. Entretando, ao falar sobre os dispositivos constitucionais que trata do assunto, falou sobre a importância do acesso à informação: todos precisam saber se o que está consumindo, respirando e bebendo é saudável, por exemplo.
A sonegação de informações no que diz respeito às questões ambientais é um fato. Muito poucas pessoas têm o privilégio de escolher o que consumir, levando em consideração a procedência do produto. Haja vista a questão dos transgênicos que gerou tanta celeuma e, até hoje, não está bem explicada ou divulgada.
É lógico que existe também a falta de interesse de grande parte da população, mas quero crer que esta falta de interesse nada mais é que a falta de conhecimento. Volto a insistir no principal princípio do Direito Ambiental: a precaução - se não sei a consequência, não posso fazer ou deixar de fazer. Mas e daí: em quem confiar? Mesmo com toda a evolução relativa às questões ambientais, os ambientalistas ainda são vistos com desconfiança por vários segmentos da sociedade. Não posso culpá-los, uma vez que até bem pouco tempo estava entre eles e, ainda hoje, acredito que existem excessos.
Enquanto isto, apesar de termos a oportunidade de contar com pessoas, como as acima citadas, ministrando palestras em nossa cidade, a presença é tão limitada que nos sentimos constrangidos em convidá-los. O que quero dizer é que as oportunidades existem o que falta, então?
Mais uma vez nos esbarramos em uma palavrinha: informação!
Todos têm direito à informação. O segredo é fazer com que a informação chegue a todos de forma a despertar o interesse. Vamos continuar tentando. Quem conseguir primeiro a fórmula do sucesso, por favor, INFORME.
Beijos,

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Parabéns aos educadores!

Fernanda Abra em:
Informação e Educação,o caminho para solução!

Parabéns a todos os educadores deste país!
O meu agradecimento vai especialmente aos educadores que incluem o meio ambiente em seus trabalhos.
Já dizia a pesquisadora Juliana Sato,"que se a educação não for ambiental, ela não poderá ser chamada educação"!
Seríamos educados para quê, então?
Não é para podermos desfrutar da melhor maneira possível do nosso ambiente? Conviver harmoniosamente com ele?
Devemos informar e ensinar aos nossos alunos sobre a valorização do meio ambiente,o valor dos recursos, o valor das florestas e das espécies!
Só assim alcançaremos um município, estado, país e mundo mais sustentável!

Ensinar hoje para beneficiar nossas futuras gerações!!!

Abraços a todos!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Katarini em ComunicaçãoMídiaAmbiente&Diversidade
Deixa estar...

Este semestre estou ministrando aulas de marketing verde e aprendendo muito com isso...como sempre. Eu, normalmente, fico ludibriada com belas propagandas com apelo ambiental, que utilizam belas imagens, mostram a natureza e fazem sua propaganda em poucas palavras. Se ainda não sei nenhuma mancada da empresa, provalvemente, se precisar, vou adquirir um produto e serviço daquela marca. Me enquadro como uma verdadeira consumidora verde, sempre pesquiso e consulto nos rótulos tudo que vou adquirir..."meu dinheiro sagrado e suado não pode ir para qualquer empresa", penso eu. Mas é preciso ficar muuuuito atento. E para as pesquisas da aula encontrei um excelente artigo do Rogério Ruschel*, partir de uma pesquisa norte-americana, com os pecados do marketing verde, ou seja, o greenwash - só maquiagem/lavagem mesmo... e compartilho aqui para todos ficarem atentos. Àqueles que ainda não dão importância a isso, devem começar urgentemente!!! consumo deve ser um ato político e esta diretamente relacionado com a preservação do planeta.

Segue lá:

Pecado dos malefícios "esquecidos"
O principal pecado encontrado na pesquisa, estando em 56% dos produtos pesquisados, caracteriza-se pelo fato do produto destacar apenas um benefício ambiental e "esquecer" os outros. Exemplos: Meu produto é reciclável (mas é extremamente gastador de energia e água para ser produzido); meu produto é feito sem teste em animais (mas sua decomposição natural pode prejudicar a cadeia alimentar natural)
Pecado da falta de provas
Representando 26% das promessas encontradas, é utilizado por produtos que anunciam benefícios ambientais sem comprovação científica ou certificação respeitável. Nesta categoria são encontrados xampus que não são testados em animais, produtos de papel com uso de material reciclado, lâmpadas com maior eficiência energética - todos sem comprovação dos argumentos disponível ao consumidor
Pecado da promessa vaga
Entre as promessas vagas - encontradas em 11% dos produtos pesquisados - estão produtos "nãotóxicos"(e sabemos que qualquer produto em excesso pode intoxicar uma pessoa); produtos "livre de químicos" (o que é impossível, porque todos os insumos de todos os produtos têm elementos químicos em sua composição); "100% natural" (urânio, arsênico e outros venenos também são"naturais"); "ambientalmente produzido", "verde", "conscientemente ecológico", todas promessas 100% vagas. E estamos falando de embalagens - imagine aqui no Brasil as promessas vagas que vemos diariamente na propaganda...
Pecado da irrelevância
Pecado encontrado em 4% dos produtos pesquisados, caracteriza-se por destacar um benefício que pode ser verdadeiro, mas não é relevante. A mais irrelevante das promessas foi a relacionada ao CFC, banido do mercado norte-americano nos anos 70: inseticidas, lubrificantes, espumas de barba, limpadores de janelas e desinfetantes, por exemplo, todos livres de CFC. A promessa é irrelevante porque, se não fossem livres de CFC, estes produtos não teriam licença para estar à venda no mercado...
Pecado da mentira
Encontrado em 1% dos produtos, é simplesmente uma mentira deslavada
Pecado dos dois demônios
Encontrado em 1% dos produtos, são benefícios verdadeiros, mas aplicados em produtos cuja categoria inteira tem sua existência questionada, como cigarros orgânicos, inseticidas ou herbicidas orgânicos

Percebam...

*Rogerio Ruschel é diretor da Ruschel & Associados Marketing Ecológico e editor da revista
eletrônica Business do Bem, onde este artigo foi publicado originalmente.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Nunca é tarde para mudanças...


Fernanda Abra em: Informação e Educação: o caminho para solução!

Dona Joana Meiado Ferreira.

É o nome da avózinha de 86 anos que todo mundo gostaria de ter. Eu tenho esse previlégio pois a considero como avó e ela me considera como neta.
Ontem quando veio a minha casa disse que havia ido ao mercado e levou uma conversa séria com o gerente da loja. Ela pediu que o gerente a liberasse para colocar suas frutas e legumes em sacos de papel que acabara de comprar. O gerente liberou os pacotes de papel mas perguntou o porquê da mudança.
E ela respondeu:

- Vi na tv que a Terra não suporta mais tantos sacos plásticos, nos rios, nos bueiros, na rua e eles nunca se decompõem - Tenho que fazer a minha parte!

Daí então ela pesou seus produtos nos sacos de papel e depois que passou as compras no caixa colocou os pacotinhos no seu carrinho de feira e voltou para casa.
Todos no mercado admiraram a atitude daquela senhora já de cabelos brancos mas tão preocupada com a saúde do planeta.

Tenho orgulho de conhecer uma pessoa dessa idade que se preocupa com o bem estar das suas futuras gerações. Além de um gesto de sustentabilidade, o que as pessoas como a Dona Joana fazem em relação a medidas mais saudáveis para o meio ambiente é puro altruísmo!

Um abraço a todos!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Boas Iniciativas

Katarini em ComunicaçãoMídiaAmbiente&Diversidade

A ilusão do nunca visto. A ilusão do sempre assim...

Voltando ao tema da cobertura midiática das temáticas ambientais, vamos falar de bons exemplos, pelo menos de iniciativas interessantes. A tendência na pesquisa em comunicação é normalmente, apontar os erros e deficiências, mas não mostrar caminhos para mudar os paradigmas. E qual a relevância social então? É fato que algumas reflexões ainda valem a pena, mas precisamos sair do campo da consciência e ir para a prática, ainda mais considerando a urgência das questões ambientais, pois então, é aí que entram as novidades, as boas iniciativas na área da comunicação ambiental.

Que tal conhecê-las?
Dois estagiários aqui do Vidágua estão com uma proposta interessante no site, também trabalho de conclusão de curso - http://www.inteiroambiente.com.br/

A Rede Brasileira de Informações Ambientais foi reformulada e agora está capacitando estudantes e recém-formados a escrever sobre meio ambiente de forma mais comprometida http://www.rebia.org.br/ (publiquei um artigo recentemente no portal). Já conhecido, mas é sempre bom lembrar, o site da Envolverde, que traz matérias e coberturas especiais, bastante abrangentes e autorais. Esta semana um artigo sobre nergia eólica chama atenção: http://envolverde.ig.com.br/materia.php?cod=64165&edt=1

Já comentei aqui, mas vale ressaltar o trabalho do pessoal da ONG Reporter Brasil, que trabalham na linha do combate ao trabalho escravo, com um jornalismo sério e balizado por informações confiáveis http://www.reporterbrasil.org.br/

E não é apenas mídias especializadas que fazem bons trabalhos. Recente caderno sobre Cerrado publicado no Estadão, me surpreendeu pela abrangência dos dados e denúncias urgentes feitas na publicação especial. Os cadernos Sustentabilidade do jornal também são bons exemplos...

E vamos lá...buscando visões mais otimistas, não?

E sigam o Vidágua no twitter: www.twitter.com/vidagua

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Nós, a Água e a Floresta


2016, Brasil Olímpico!


No momento em que o presidente do Comitê Olímpico Internacional leu o nome da cidade do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016, houve uma explosão de alegria na Cidade Maravilhosa e por vários pontos do Brasil.

Mas será que realmente isto é motivo de tanta comemoração?

Todas as conquistas podem ser boas ou más, dependendo dos princípios utilizados na sua realização.

Assim, a Vila Olímpica será um grande empreendimento no sentido amplo, se se respeitar as leis da natureza e se preservar o equilíbrio ambiental. Além disto, há que se lembrar das milhares de cidades onde não existe sequer saneamento básico e sua população vive sem as mínimas condições para uma vida digna e não podem ser esquecidas.

Acredito que a realização das Olimpíadas no Brasil só será digna de aplauso, se trouxer atrelada melhor qualidade de vida para a população brasileira. Caso contrário, se isto for feito a custo de sacrifício das populações menos assistidas, não valerá a pena.

Há outras questões que também devem ser consideradas, como quais os atletas brasileiros que irão participar do evento. Sabemos que patrocínios não são tão fáceis de se conseguir e estamos cansados de ver os sacrifícios que são necessários para a realização dos ideais.

Atletas e ambientalistas vivem expectativas e dificuldades semelhantes. Desejo sinceramente que o sonho do Brasil Olímpico e a escolha do Rio de Janeiro para cidade sede das Olimpíadas de 2016 tragam para os brasileiros benefícios reais, com apoio aos nossos futuros atletas e o respeito às questões ambientais através de nosso grande País. Porém, isto só será possível, se continuarmos atuantes e não nos deixarmos enganar pelo brilho dos fogos de artifício.

Beijos,

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Meio ambiente e saúde

Fernanda Abra em: informação e educação - o caminho para solução!

Já ouviu alguém bem mais velho dizer:
- No meu tempo não existiam tantas doenças tão graves como hoje!

Na minha concepção isso é uma verdade. Por conta dos novos medicamentos que mutam os patógenos, pela tecnologia alimentar, pelos alimentos "bombados" com nutrientes e vitaminas, pelo estresse das grandes cidades, pela perturbação com a segurança e a poluição, enfim.....poderíamos explicar essa afirmação!

Eis um dos estudos que relacionam a poluição atmosférica com o aumento do índice de doenças autoiunes (distúrbios que aparecem quando as células de defesa agem contra o organismo):

Um estudo recente da Escola de Saúde Pública de Harvard observou que a exposição a poluentes de rodovias eleva a incidência de artrite reumatoide.
Os pesquisadores usaram dados do Nurses Health Study, um estudo com 200 mil enfermeiras, que teve início em 1976 e levanta dados sobre a saúde e a incidência de doenças nas participantes.
Para esse trabalho, foram consideradas informações de 90.297 mulheres. Após avaliar as informações, constatou-se que viver a menos de 50 metros de vias de tráfego intenso aumentou de 31% a 63% as chances de as mulheres desenvolverem artrite reumatoide.
A artrite reumatoide desencadeia inflamações nas articulações, principalmente nos pés e nas mãos. Isso pode causar deformações e perda de movimentos na região atingida.
Pesquisadores acreditam que os poluentes ajam como agressores, e o organismo não os reconhece como uma substância própria. Dessa forma, o corpo reage, produzindo anticorpos para combatê-los. Quando o faz de maneira descontrolada, acaba combatendo células do próprio corpo.
"Há editoriais de revistas científicas de muito prestígio com evidências de que a poluição pode influenciar no sistema imune. Isso ocorre especialmente no caso de solventes e de exaustão de diesel", diz o patologista Paulo Saldiva, coordenador do Instituto Nacional de Análise Integrada de Risco Ambiental da USP (Universidade de São Paulo).
Além da artrite reumatoide, é possível associar a inalação de poluentes a outras doenças autoimunes, como tireoidite crônica autoimune, lúpus eritematoso sistêmico, síndrome de Sjogren, vitiligo e esclerose múltipla, acrescenta a endocrinologista Maria Ângela Zaccarelli Marino, professora da Faculdade de Medicina do ABC.
(Folha online: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u558384.shtml)

O equilibrio do meio ambiente pode ser altamente realcionado com a saúde humana e a qualidade de vida!

Abraços,
Fer Abra


quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Exposição, filiação, valorização

Katarini em ComunicaçãoMídiaAmbiente&Diversidade
tô no twitter!! Vidágua também e o projeto Meros do Brasil, sigam-nos os bons!!!

Acredito que este esteja sendo o ano mais difícil da história do Vidágua, não sei se é reflexo da crise mundial, da descrença na humanidade ou ainda um processo normal de renovação. Só sei que estamos precisando, mais do que nunca, de pessoas que nos apóiem, que se juntem a nós, que contribuam financeiramente e moralmente.

Dizem que logo depois de uma tempestade sempre vem o sol, pois é, estamos enfrentando esta nebulosa na certeza da luz no fim do túnel.

Portanto, vou aproveitar o post de hoje para divulgar novamente a Campanha de Filiação do Vidágua e nossos 15 anos de atuação. Estamos com uma belíssima esposição fotográfica comemorativa que está percorrendo diversos espaços em Bauru para divulgar a trajetória do Vidágua desde a sua fundação. "Da semente à floresta", nome bastante peculiar que demos a exposição, foi produzida por 2 fotógrafos grandes amigos com imagens de arquivo do Vidágua também. Até o dia 15 de outubro está no Bauru Shopping, depois segue para os Correios Central. Quem se interessar em receber a exposição, basta entrar em contato com o Vidágua contato@vidagua.org.br.

E por fim, estamos aí na labuta para captar filiado, conseguir manter nossos projetos e ações e concretizar a campanha "15 anos, 15 mil mudas", mas precisamos de apoio. É muito simples e barato, com apenas R$20,00 por ano torna-se um filiado e ainda adquire uma muda de árvore. Mais informações e filiação pelo site http://www.vidaguaefloresta.org.br/

é isso por enquanto. Espero ter novidades na próxima semana!



terça-feira, 29 de setembro de 2009

Nós, a Água e a Floresta

Neste nosso mundo de água e floresta, eventos é que não faltam: ontem, Conferência Municipal de Saúde e Meio Ambiente; hoje, durante o dia, em Jaú, Workshop para Elaboração de material didático em educação ambiental para a UGRHI do Tietê Jacaré (Instituto Pró-Terra); e, logo mais à noite, workshop na OAB em Bauru, sobre Responsabilidade Pós Consumo. Meio ambiente nunca esteve tão em pauta! Só se precisa ter interesse! (E tempo para atender a tanto compromisso).
São nestas ocasiões que percebemos o quanto ainda temos a aprender e quanta ignorância existe no meio. Enquanto aprendemos, decepcionamo-nos com a falta de informação de tantas pessoas sobre questões simples e fundamentais. Entendemos que há muito o que fazer, que estamos apenas engatinhando na área de educação ambiental.
Por outro lado, vemos que, por interesse econômico ou realmente ambiental, nossos empresários começam a ver o meio ambiente como algo digno de ser considerado. Se esta situação ainda não é a ideal, é um começo. O importante é que essas ações sejam pautadas em conceitos certos, eficazes.
Afinal, está na ora de reconhecermos nossa responsabilidade ambiental em tudo que fazemos e recebemos. Está na hora de pensarmos também em nossa responsabilidade pós consumo.
Por falar nisto, estou atrasada para mais um compromisso ambiental.
Inté!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A história do lixo - curiosidades!

Fer Abra em: Informação e educação - o caminho para solução!

Lendo um livro de ecologia para preparação de uma prova me deparei com um capítulo inteirinho sobre a história do lixo no nosso mundo.
Nunca tinha me dado conta de que isso é um problema desde que o homem existe (Adão e Eva?) e achei as informações muito interessantes!
O problema então, se resume em fezes e urina. O que as populações faziam com os seus dejetos?

O que os historiadores contam é que a "prática" era feita nas cidades, bem nas ruas. Na época medieval os estudiosos contam que o cheiro das cidades e das pessoas eram horriveis. Nem os lindos e pomposos castelos de contos de fadas escapam dessa verdade.
O sistema de latrinas dos castelos eram acoplados em paredes que eram muito largas - resumindo, as pessoas faziam suas necessidades nas latrinas que despejavam todo o dejeto nas paredes dos castelos. Isso mesmo, as paredes ocas eram preenchidas com fezes e urinas, o que rendeu estudos maravilhosos para pesquisadores dessa época - eles podiam saber exatamente o que as pessoas comiam e sobre os vermes intestinais de que eram acometidas. E tem gente ainda sonhando em morar em castelo.

Bom, os povos mais comprometidos com a limpeza das cidades eram os gregos e romanos que contratavam pessoas que levassem o lixo da cidade pra fora da muralha das cidades - os primeiros lixeiros do mundo enterravam o lixo - mas o problema não foi solucionado porque as populações cresciam e não havia mais lugar para enterrar os dejetos.
E quando as pessoas morriam, então?
Os hindus fazem até hoje a prática da cremação, queimam as pessoas mortas em piras gigantescas e sobra somente pó de toda aquela matéria orgânica mas e a liberação de CO2 e a poluição atmosférica?

Outros povos da europa oriental jogavam as pessoas no oceano amarradas em pedras e não poluiam os solos e nem a atmosfera - eis aí o jeito menos poluente pra lidar com os mortos - outros povos ainda levavam as pessoas mortas e nuas pra um lugar descampado e as jogavam para os abutres e corvos, toda a carne era consumida em 2 dias e depois os ossos eram enterrados!

Sei que hoje o texto está bastante mórbido mas o que eu gostaria de passar com essas curiosidades sobre dejetos e pessoas mortas é que o lixo é um problema seríssimo que sempre existiu e vai continuar existindo sendo até uma das demandas mais importantes das cidades.
Em Bauru, por exemplo, a vida úti do nosso aterro sanitário está acabando e não temos mais áreas para abrirmos outro espaço para destinação do lixo.
E daqui a 50 anos, como estaremos tratando nossos descartes e dejetos?

Eu acredito que a solução eficiente realmente está na redução do consumo e reciclagem de materiais, além da técnica de cremação para pessoas mortas. Os cemitérios também são impactantes para o meio ambiente, tanto é que recentement ele passou a ser licenciado tal como uma obra qualquer que gera impacto ambiental. O chorume da decomposição de matéria orgânica afeta o nível do pH do solo e compromete por contaminação os corpos d água.

Com tanta inovação tecnológica, será que não conseguiremos futuramente resolover esse problema com o lixo?

Abraços a todos!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Sem carro?

Katarini em ComunicaçãoMídiaAmbiente&Diversidade
água e mais água, cada vez mais remando contra a maré...

Pois é, ontem foi o Dia Mundial sem Carro, alguem se lembrou efetivamente da data? ou seja, participou? Eu lembrei, fui entrevistada inclusive pelo Jornal aqui da cidade a respeito disso, mas deixei de usar o carro? Não! e por que? por comodismo mesmo e tenho que assumir (com muita vergonha). Os bauruenses sabem que o transporte público na cidade lanche é terrível , o que dificulta a adesão a uma campanha com essa, que na verdade, deveria ser um alerta permanente: vamos deixar os carros na garagem, vamos ser menos dependente do veículo, mais comprometidos com a qualidade do ar e, consequentemente, pessoas mais saudáveis! Estamos cansados de saber que os carros são os principais responsáveis pela emissão de CO2 na atmosfera, que causa o tão temido aquecimento global, mas informação não é suficiente quando é preciso sair da nossa zona conforto.

Carro é sinônimo de comodidade, independência, liberdade (ir e vir de onde quiser) e até status...então como não tê-lo? ou ainda deixá-lo na garagem e alguns dias ir trabalhar a pé, de bicicleta ou transporte público? para algumas pessoas, e não poucas, isso seria uma loucura sem precedentes, para outras, estilo de vida, compromisso, cidadania. Fiz e ainda faço várias concessões na minha vida em nome do meio ambiente, inclusive, deixar de comer carne, mas não consigo abandonar o carro... troquei pelo flex, uso etanol, mas a semana passada tive a grande surpresa com a pesquisa do Ministério do Meio Ambiente de que o carro flex polui tanto ou mais que a gasolina, e agora?

Bom, o que disse para a jornalista repito aqui e infelizmente me enquadro nessa situação geral:

“O transporte público não é tão eficiente em Bauru. A maioria das pessoas que usa ônibus é porque não tem outro meio”, pondera. Além disso, Katarini observa que a frota da cidade só tem aumentado. “Muitos afirmam que é uma questão de independência ter um carro. Além disso, com as facilidades de compra, cada vez mais pessoas estão adquirindo seus veículos”, afirma.
(http://www.jcnet.com.br/detalhe_policia.php?codigo=166443 - "Veículo dependente bauruense não adere ao Dia sem Carro" )

Ontem, ainda para piorar a situação estava chovendo... seria mais uma sacrificio, mas que com certeza iria lavar a alma!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Nós, a Água e a Floresta

Uma questão de comunicação.

Há dois princípios básicos no direito:
  • Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, senão em virtude de lei (Art. 5º da CF); e
  • Ninguém pode alegar desconhecimento da lei. (Lei de Introdução ao Código Civil).

Evidentemente, para atender a estes dois princípios há necessidade de ampla divulgação das normas. A questão é: como fazer com que as mesmas cheguem a todos, sem distinção?

Costumamos criticar a forma como se dá a publicidade das leis, ou seja, por meio de jornais oficiais (D.O.U., D.O.E, D.O.M.). De fato, quem lê diários oficiais? Entretanto, não sei que meios poderiam ser usados como ferramentas ideais de comunicação. A televisão? Teria que ser em todos os canais, em todos os horários e, ainda assim, a questão não seria solucionada. Há muita gente que "se desliga" quando o assunto não é de seu interesse e um outro grande número de pessoas que não tem TV em casa. Além disto, há leis bastante extensas! O jornal? As escolas? A combinação de mídias? Realmente, não é um empreendimento fácil!

Como no caso das leis, a comunicação de assuntos de interesse comum é difícil. Na semana passada, tivemos uma reunião para discutir ações relacionadas à APA Estadual do Rio Batalha(Área de Proteção Ambiental). Todas as ações estarão subordinadas à criação de um Conselho Gestor. Este CG deverá ter no mínimo 12 representantes, sendo 50% do Poder Público (dividido entre as três esferas) e 50% da sociedade civil. Apesar de o evento ter sido amplamente divulgado entre os interessados, se tivéssemos que criar o CG naquela data, não teríamos quórum, ou seja, não iríamos conseguir 6 representantes da sociedade civil e 6 do Poder Público (bem, do Vidágua havia três pessoas presentes).

O problema não está restrito à área ambiental, que é de nosso interesse, mas não há dúvida de que a dificuldade de se conseguir adesões para projetos no setor de meio ambiente de pessoas diferentes (em tudo são sempre os mesmos) é muito grande.

É, Katarini e demais amigos jornalistas e outras áreas de comunicação, vocês têm alguma idéia para solucionar o problema? Se não o geral, pelo menos para conseguirmos um número maior (e diversificado) de presenças na próxima reunião da APA que, embora não tenha data definida, deverá acontecer na segunda quinzena de outubro.

Será que me comuniquei bem???

Abraços,

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O que é que o povo quer?

Fernanda Abra em: Informação e Educação - o caminho para solução!

É o Cerrado em pé!


Já se passou uma semana do evento Povos do cerrado realizado em Brasília de 09 a 13 de setembro e esse evento não foi como todos os outros que participei. Desde o primeiro ano de faculdade de Biologia participei de encontros, simpósios e congressos puramente direcionados a questões ambientais.
Os povos do cerrado me marcaram muito - eu tinha o completo desconhecimento sobre o que era realmente uma luta do povo, e o cerrado é uma delas!
Pessoas de diferentes estados do centro oeste, sudeste, norte e nordeste estiveram no mesmo lugar com o mesmo propósito para gritar sobre o que está acontecendo com o nosso segundo maior bioma do país!
Uma senhora do Maranhão disse que por diversas vezes ela e sua comunidade se colacaram deitados fazendo um cordão humano para o trator da polícia federal não destruir suas plantações e casas. E eu não sabia que esse tipo de coisa era real.
As comunidades do povo do cerrado lutam diariamente contra a expansão da fronteira agrícola no cerrado, lutam contra o avanço do agronegócio, lutam contra a concetração de riquezas e desigualdade social.
Pois é, me deparei realmente com aquilo que ouvia falar sobre desigualdade social e concentração de riquezas. O que ouvi muito no encontro é que grupos internacionais de agronegócio do tipo S.A se instalam no nosso país em busca dos lucrosos retornos financeiros que a exploração do nosso cerrado lhes dá. Esses grupos que não tem rosto nem identidade não se preocupam com as comunidades tradicionais que já viviam muito antes de instalarem suas empresas e culturas monótonas (um novo termo pra monoculturas) e forçam órgãos governamentais e a polícia federal a retirar essas pessoas de suas casas.
Com todo esse problema com os indígenas, quilombolas, geraizeiros e sem terras o governo ainda não demarcou as terras dessas comunidades e continua com os olhos fechados e não fazem nada!
Talvez não seja interessante ($$$), não é?
Nossa, e eu achava que nunca tive o perfil em trabalhar com o "social" mais quando eu senti na pele a luta daquelas pessoas que de um dia pro outro perdiam as suas casas eu vesti a camisa!
No dia do Grito do Cerrado, vi uma multidão parando uma avenida de Brasília em direção do Congresso Nacional e as vozes se encontravam num só coro! Me comovi e me juntei aquelas vozes!
Quase invadimos o congresso nacional, mas tudo acabou de forma pacífica e o Senador Cristóvao Buarque nos ouviu e marcou uma reunião hoje pra atender uma comissão dos povos do Cerrado.

Quando será que a Pec que tanto queremos sairá? E quando o cerrado passará a ser devidamente respeitado? E quando aquelas comunidades tradicionais que tem tanta beleza e habilidade em trabalhar com a terra será ouvida?

Espero que em breve,
São os votos de um novo rosto que se junta a esssa luta!

E viva o cerrado!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O grito do Cerrado!

remando contra maré

Não poderia aqui deixar de comentar o Encontro dos Povos do Cerrado, o qual participei representando o Vidágua. Mais de mil representantes de comunidades tradicionais, indígenas, quilombolas, geraizeiros, ribeirinhos, ambientalistas e acadêmicos marcaram presença e fizeram barulho em Brasília, chamando a atenção (pelo menos!) para a devastação do Cerrado.

As grandes questões colocadas, que inclusive noticiei no boletim do Vidágua, foram como se livrar das ameaças do agronegócio? como garantir a sobrevivência dos povos do Cerrado? a dignidade das populações tradicionais? como produzir sem devastar o bioma? O Grito do Cerrado, realizado no Dia Nacional do bioma, 11 de setembro, evidenciou estas questões em uma caminhada da esplanada dos ministérios até o Congresso nacional, não fomos recebidos pelos políticos, mas alertamos a sociedade e a casa de leis para a situação do bioma, através da Carta dos Povos do Cerrado e fizemos pressão (ainda que simbólica) para incluir o Cerrado como patrimônio nacional na Constituição, a exemplo dos biomas Amazônico e Mata Atlântica.

Duas informações que tive durante o evento me deixaram perplexas: O ritmo de desmatamento do bioma chega a ser 3 vezes superior ao da Amazônia, enquanto as queimadas no Cerrado exercem tanto ou mais influência no aquecimento global do que as que ocorrem na Amazônia, mas nem a sociedade nem o governo, nem a mídia, se atentam para esse fato. Ministrei uma oficina durante o evento para comentar a representatividade do Cerrado na mídia e buscar maneiras, propostas de colocá-lo em evidência, o que rendeu boas discussões. Para se ter uma idéia, no ano de 2007, o Cerrado foi pauta principal (ou seja, o assunto central) em apenas 3 matérias no jornal O Estado de S.Paulo, enquanto a Amazônia teve 40 publicações específicas. Um desparate! não desmerecendo o bioma amazônico, mas o que está acontecendo é um total desprezo pelo Cerrado e pela sua rica biodiversidade - que inclusive, durante o evento, foi evidenciada na grande Feira dos povos do Cerrado que expôs e comercializou alimentos, cosméticos, fitoterápicos e artesanatos feitos através do pequi, do buriti, do babaçu e do jatobá, para citar poucos exemplos.

Bom, é fato que precisamos dar atenção ao Cerrado e garantir a sobrevivência de seus povos. Uma das frases mais ditas durante o evento ilustra toda a situação: "O Cerrado é de quem mora, e não de quem explora".

Vamos começar por aqui, preserve e respeite o Cerrado!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Nós, a Água e a Floresta

Começo este post, reproduzindo as palavras de um dos mestres em Direito Ambiental, Dr. Edis Milaré:

“Fica evidente que a Natureza é a parte mais fraca – ao menos na aparência, pelos critérios exclusivamente pragmáticos da cultura dominante – na inter-relação com o Homem. Mas, ela não pode ser “corrigida” porque não erra nem delinqüe. O ator rebelde nesse processo – que somos nós – deve ser advertido das suas traquinagens, intemperanças e ambições adolescentes, porque a espécie humana parece persistir na idade dos sonhos – sonhos de progresso ilimitado, a qualquer custo. Quem erra, paga. E é bom que não se espere pela cobrança final da Natureza porque, num confronto decisivo, o Homem é, na realidade, a parte mais fraca.”

Bem, acho que depois dessas palavras não há muito o que dizer. É preciso analisar nosso comportamento e daqueles que nos rodeiam e pensar onde queremos chegar.

E, entre nossas traquinagens, intemperanças e ambições adolescentes, está a mania de consumo inconseqüente. Muitas vezes compramos o que não necessitamos e descartamos o que não queremos mais, sem pensar para onde vai. As sacolas plásticas de nossas compras voam por aí com destino incerto (ou seria certo?).

Afinal, de quem é a responsabilidade pós-consumo?

Convido todos a discutir este assunto no próximo workshop da Comissão de Meio Ambiente da OAB de Bauru, dia 29/9, a partir das 19 horas.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Povos do Cerrado


Katarini em ComunicaçãoMídiaAmbiente&Diversidade
nem cheguei e já estou de saída novamente, destino: Encontro dos Povos do Cerrado


"Em setembro, Brasília se tornará palco da maior confraternização entre os povos e comunidades que habitam e preservam o Cerrado. É a sexta edição do Encontro Nacional e Feira dos Povos do Cerrado, que acontece na capital federal, entre os dias 09 e 13 de setembro, no Memorial dos Povos Indígenas.Organizado pela Rede Cerrado - associação que congrega mais de 100 entidades e organizações que atuam em prol da conservação do Cerrado, da qual o Vidágua faz parte, o VI Encontro e Feira dos Povos do Cerrado objetiva estimular e promover o intercâmbio de experiências entre os diversos povos que habitam e utilizam os recursos naturais do Cerrado de forma sustentável, além de apresentar a riqueza do bioma e alertar a sociedade brasileira sobre o seu crescente processo de degradação.O evento é estruturado em dois eixos. Durante o Encontro, serão realizados painéis, debates e oficinas temáticas acerca de assuntos inerentes ao Cerrado, seus povos e seus problemas, com a participação de autoridades e especialistas. A Feira, por sua vez, visa expor a diversidade de produtos e experiências em prol de um Cerrado sustentável, incentivando a divulgação e a comercialização de produtos advindos do bioma - frutos, flores, artesanatos, alimentos, entre outros. Além do viés social de fortalecer os povos e movimentos sociais do Cerrado e divulgar produtos e experiências de uso sustentável, o evento também possui apelo político. Será realizado, no dia 11 de setembro - o Dia do Cerrado - o Grito do Cerrado 2009, uma caminhada na Esplanada dos Ministérios com o objetivo de focar as lentes da sociedade na necessidade da preservação do bioma. O Instituto Ambiental Vidágua vai marcar presença no evento e ministrar uma oficina especifica sobre o Cerrado na mídia. A proposta é discutir com os participantes a representação e visibilidade que o bioma tem na esfera midiática, formulando propostas para dar mais atenção ao Cerrado, colocando-o em evidência.

Na foto, momento do último evento...e não esqueçam de comemorar o Dia do Cerrado, 11 de setembro!!! Mais informações em www.povosdocerrado.com.br

tô indo...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Nós, a Água e a Floresta

  • Gelerias estão com os dias contados na América do Sul.
  • Projeto alerta para prejuízos de perda da biodiversidade.
  • Produtos continuam sem rótulo que identificam presença de transgênicos.

Estes são alguns dos títulos de publicações em boletins ambientais que vemos com frequência. Olhando para eles, podemos considerar os problemas ambientais por óticas diferentes:

1. A mudança de comportamento é essencial, no sentido de se prevenir danos ambientais piores do que o previsto: aquecimento global, desertificação, escassez de água, poluição do ar, perda da biodiversidade, só para citar alguns exemplos; e

2. Tomar providências imediatas para se prevenir dos problemas que deverão ocorrer como consequência de séculos de descaso.

Na década de 60(no Brasil, só mais tarde), o mundo acordou para os problemas ambientais que a forma como o desenvolvimento vinha sendo conduzido já havia causado e que uma mudança imediata no comportamento se fazia necessária, para evitar um agravamento da situação das formas de vida a serem protegidas.

Após 1981, foram editadas importantes leis ambientais no Brasil, com o objetivo de se adequar o desenvolvimento econômico com a sustentabilidade ecológica. Embora, mesmo com a diversidade das leis ambientais brasileiras, ainda tenhamos problemas comportamentais que comprometem o direito de termos um meio ambiente ecologicamente equilibrado e saudável, existe um fato ainda mais sério: nada está sendo feito de concreto, para evitar os danos que estão para acontecer, como consequência de tudo que já foi feito no passado.

Ensina-se que se deve economizar água; evitar a poluição do ar, da água e do solo; limitar o desmatamento; enfim, pensar na sustentabilidade. Mas o que tem sido feito, para evitar que o mar inunde nossa cidades litorâneas como consequência do derretimento das geleiras como já é um fato previsto?

O que realmente está sendo feito para evitar que as enchentes/inundações que se agravam ano após ano causem mais mortes e danos?

Está na hora de acordarmos e exigir do Poder Público ações que possam evitar que aquilo que já foi feito no passado se transforme em desgraça irreparável, além, é claro, de se empenhar por meio de uma educação ambiental eficiente (orientação e punição, se necessário), para garantir aquilo que é direito de todos (tanto no presente, quando as ações e reações são imediatas, quanto no futuro, quando o que se faz hoje só traz consequências bem mais tarde).

Uma boa semana para todos!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O Blog também é seu!

Katarini em ComunicaçãoMídiaAmbiente&Diversidade

Me preparando para mais um tour

É um clichê já cantado e entoado por inúmeras vozes, mas a verdade é que o mundo gira, as coisas vão e vem e tem que mudar. Estamos neste processo no Vidágua...algumas mudanças forçadas, outras planejadas, umas para o bem e algumas que nos fazem sofrer, contudo, repensar e refletir a condição em que estamos. (ou eliminar a dúvida, como o quadrinho acima). Uma dessas mudanças é o "afastamento" da Ivy do Vidágua e do blog. Está buscando novos rumos, mas continua totalmente ligada ao Coletivo, as nossas causas, problemáticas e problemões....

Mais uma coisa é que o blog agora também é seu!
Sim, você pode colaborar. Esperamos por isso.

O blog está recebendo artigos, textos, sugestões, links para publicação. Basta enviar o material para o email contato@vidagua.org.br, especificando "texto para blog". O tamanho é livre, mas o assunto tem que estar relacionado diretamente com as questões ambientais. Toda sexta-feira será publicado um texto diferenciado de colaborados, devidamente aprovado pelo Coletivo Vidágua.

Inclusive a Ivy também é nossa convidada, de honra!

Estamos na espera!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Nós. a Água e a Floresta

Acabo de chegar de uma audiência pública sobre questão relacionada ao turismo e fiquei impressionada com a identidade que existe entre meio ambiente e turismo.
Não estou falando aqui sobre ecoturismo, mas sim sobre a ignorância das pessoas com relação às duas questões. A maioria desconhece a abrangência do tema meio ambiente, da mesma forma que vê o turismo como um lugar para passear, fazer compras, curtir o sol, a praia, lugares bonitos...
Não reconhecem a importância do turismo de negócio, da saúde, da educação e, por esta e outras razões, não acreditam da importância de se ter no município (dito sem vocação turística!!!) um órgão exclusivo para cuidar da questão.
Da mesma foram, nem todos os municípios possuem uma secretaria exclusiva de meio ambiente e, quando ela existe, as verbas são irrisórias (afinal consideram a questão de somenos importância!?).
Sou conselheira do COMTUR e ambientalista (cheia de trabalhos voluntários). Assim, dedico grande parte de meu tempo a atividades direcionadas ao bem comum. O desprezo que nossos administradores públicos dedicam às questões, aliado a todas as dificuldades que vimos enfrentando para atingir nossos objetivos, fez-me dedicar este espaço a todos que trabalham, para garantir à sociedade (mesmo que ela nem sempre reconheça) uma melhor qualidade de vida, em especial aos colegas do Vidágua que vem se superando dia-a-dia, apesar dos pesares.
Parabéns idealistas! Estou um pouco amarga, eu sei, mas prometo continuar na luta!
Bjs.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Até logo menos!

Políticas pela preservação da Água&Floresta - Ivy

Olá, pessoas! Como eu já havia adiantado para vocês, estou partindo para um novo desafio: coordenar a Campanha Cílios do Ribeira, uma iniciativa do Vidágua e do Instituto Socioambiental (www.ciliosdoribeira.org.br). Desde sexta-feira já não estou em Bauru, depois de 13 anos na cidade sanduíche.

Amo o Cerrado, mas agora a Mata Atlântica será o meu foco, e com muitos desafios pela frente, especialmente a mobilização de comunidades tradicionais, produtores rurais, mineradores, órgãos públicos, instituições de pesquisa e ong's.

Já estou a todo vapor por aqui, e espero que vocês atendam ao chamado do Vidágua e comecem a contribuir com sugestões de pautas, textos e muita interatividade!!!

Um abraço forte e saudoso para todos vocês!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O futuro está nas mãos de quem?

Fernanda Abra em: informação e Educação - o caminho para solução

"De acordo com uma pesquisa recente, o maior público culpado por desperdiçar maior quantidade de água e energia são os jovens com até 25 anos. A razão disso é que a maioria não faz a menor idéia de quanto cada atividade em casa utiliza de água e energia. E ainda assim, este corresponde ao grupo mais informado quando se fala em aspectos ambientais. Será que podemos considerar neste caso a idéia de que os jovens são a esperança do futuro?" (ambientebrasil.com.br)




Lendo as reportagens do site postado como fonte da matéria fiquei surpresa com o título e mais surpresa ainda com o conteúdo da matéria. Como é que o grupo mais informado da socieade sobre questões ambientais são os que apresentam menos atitudes contra o desperdício?


Devemos conhecer mais os jovens dessa geração e se realmente são eles que não desempenham atitudes ambientais sustentáveis, devemos reconhecer onde estão as falhas - em que parte do processo da educação ambiental eles se perderam ou não entenderam.

Eu ainda acredito que as crianças e os jovens são grandes agentes ambientais!

No príodo de execução do projeto Curta Ambiente, uma aluna chamada Mariana da escola Ayrton Bush deu o depoimento de que a sua mãe a elogiou quanto ao uso racional da água pra tomar banho e lavar as louças. Ela ainda disse que antes do projeto não tinha a consciência da proteção da água quanto um recurso tão importante. Lavava as louças com a torneira aberta o tempo todo, mas depois que ela entendeu que o recurso é escasso e que a continuidade dele depende das nossas pequenas ações do dia a dia, ela passou então, a ensaboar toda a louça e depois enxaguar tudo de uma só vez.


São pequenos hábitos, pequenas mudanças que fazem a diferença!

Bejinhus!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Katarini em ComunicaçãoMídiaAmbiente&Diversidade

ainda é quarta-feira!

Como disse, estou tentando retomar a rotina normal, mas não é tão simples assim...Bom, defendi o mestrado e mais uma etapa se finda. Na minha dedicatória, agradeci imensamente as pessoas que colaboraram direta e indiretamente com meu trabalho, mesmo que me ouvindo, dando apoio moral, e reitero aqui para todo este coletivo. Para ilustrar a dissertação utilizei um trecho do livro do Leonardo Boff "Ecologia, Mundialização e Espiritualidade", onde estão os ideais e a religião que eu realmente acredito: engajada com as questões ambientais e sociais. Aproveito o espaço para deixar os trechos como reflexão:

"Meio ambiente não apenas com animais, plantas e pureza da atmosfera, mas com as relações solidárias e globias do ser humano com a natureza. A verdadeira concepção ecológica é sempre holística e supõe uma aliança de solidariedade para com a natureza".

"A questão ecológica nos remete para um novo patamar da consciência mundial: a importância da Terra como um todo, o destino comum da natureza e do ser humano, a interdependência reinante entre todos, o risco apocalíptico que pesa sobre o criador. Os seres humanos podem ser homicidas e genocidas como a história tem mostrado, e podem também ser biocidas, ecocidas e geocidas".

"Somente assim a sociedade será plenamente humana. O ser humano necessita tanto de pão quanto de beleza. Deve realizar todo o possível e ainda um pouco do impossível, pois é chamado sempre a ultrapassar os limites e a transgredir as barreiras impostas... A nova ordem ética deve encontrar sua centralidade. Deve ser ecocêntrica, deve visar o equilíbrio da comunidade terrestre".

Bom resto de semana a todos e aguardem que teremos novidades no blog!!!

bjomeliga!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Nós, a Água e a Floresta


Leis, meio ambiente e ambientalistas.
Dia a dia, novas leis ambientais são sancionadas. Isto é bom? Em geral, sim. Significa que existe uma preocupação com a questão. A sociedade, conhecendo mais seus direitos, no caso o direito a um meio ambiente equilibrado e saudável, pressiona nossos administradores públicos e o poder legislativo a criar normas de proteção.
Por outro lado, é preciso muito cuidado com interesses pessoais. O direito ambiental é um direito difuso, o que quer dizer que não deve atender interesses individuais ou de grupo. O foco do direito ambiental é toda sociedade, portanto, uma lei ambiental deve sempre visar o bem comum.
Existe muita reclamação de que as leis ambientais atendem a interesses dos ambientalistas. Em geral, essas reclamações partem dos ruralistas que alegam que os ambientalistas desconhecem a realidade do produtor e pressionam a edição de leis que prejudicam os produtores rurais. Outros segmentos também protestam.
É claro que, embora a proteção total do meio ambiente seja impossível, existe um meio termo onde se consegue o desenvolvimento e o exercício das atividades econômicas, sem degradar o meio e prejudicar a qualidade de vida no planeta ou a existência da vida no futuro.
Vivo entre ambientalistas e sei que a maioria trabalha por ideal. Grande parte das ONGs e as Redes de Proteção, como Mata Atlântica e Cerrado, vivem hoje com bastante dificuldade e só sobrevivem graças a doação de seus integrantes.
Como em tudo na vida, temos que saber separar o trigo do joio. Pessoalmente, acredito que as normas ambientais são criadas, levando em consideração o bem comum. E, na dúvida, sigo o princípio da precaução: é melhor prevenir que remediar.
Quanto às ONGs, são formadas por pessoas e, portanto, sujeitas a falhas. Estou com o Vidágua, porque acredito em suas propostas e sei do esforço de cada um de seus integrantes, para manter a organização viva e atuante de forma honesta.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Certificação LIFE

Informação e Educação: o caminho para a solução!

Como a Katarini mensionou, o Peru e a Bolívia são países com uma biodiversidade biológica tão grande quanto a do Brasil, nós possuímos em comum alguns biomas e também partilhamos algumas espécies da fauna e da flora!

Mas o Brasil tem estado na frente no que cerne a proteção da biodiversidade; diversos programas e projetos do MMA já contemplam uma série de demandas do país em todos os biomas e com proteção especial a algumas espécies ameaçadas.
Tivemos uma mudança do repasse das competências de fauna do Ibama para o novíssimo CBRN (Coordenadoria da biodiversidade e recursos naturais). No começo pareceu estranho o repasse federal para o estado mas esperamos que a fauna seja amaior beneficiada - a secretaria estadual é mais aparelhada e foram recrutados novos funcionários para o trabalho.
Faço votos que dê certo!

Mais o que gostaria de postar mesmo, é sobre a certificação LIFE (Lasting Iniciative for Earth):

"Uma Declaração Nacional para Negócio e Biodiversidade foi assinada nesta sexta-feira em Curitiba (PR) por representantes do Governo Federal, setor empresarial e organizações da sociedade para selar o compromisso de lançamento no Brasil da certificação Life. Com a chancela do Ministério do Ministério do Meio Ambiente, a certificação, idealizada por organizações não governamentais, tem por objetivo ser um instrumento de gestão para reconhecimento de iniciativas empresariais em defesa da biodiversidade. Inédita no Brasil e no mundo, a certificação Life quer reconhecer e premiar com acesso a capitais e posicionamento de mercado empresas que, ao longo dos anos, vêm promovendo ações em defesa da biodiversidade.
A metodologia utilizada para a certificação permite que qualquer organização, de distintas naturezas de operação dentro dos setores primário, secundário e terciário e de qualquer porte, como as micro, pequena, média e grandes empresas possam se certificar. Pode, por exemplo, ser implantada em um escritório de advocacia, numa indústria ou em um empreendimento do agronegócio. Para se certificar, as empresas têm de provar que vêm desenvolvendo ações de proteção à biodiversidade em situações que envolvem aspectos legais, gestão ambiental ou de conservação da biodiversidade".

E que venham novas propostas e iniciativas!
A megabioiversidade do nosso país precisa de megas esforços!

Abraços,

Fer Abra

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

De volta!!!

Nem tanto assim...
Katarini em ComunicaçãoMídiaAmbiente&Diversidade

Depois das férias, viagem de trabalho, finalização da dissertação e com a defesa de mestrado marcada para amanhã (!!!!!), estou tentando voltar a rotina normal, tentando...

Bom, amanhã encerro mais uma etapa da vida (ou começo uma nova). Depois de mais de dois anos de pesquisa sobre o tratamento midiático das questões ambientais, vou mostrar os resultados obtidos com a quantificação de 774 matérias, veiculadas de fevereiro a novembro de 2007 no jornal O Estado de S.Paulo, e análise qualitativa sistemática de 12 textos. E qual a conclusao? Sim, o assunto é pauta constante, o jornal incorporou o discurso da aparente preocupação ambiental, desenvolvimento sustentável, mas as abordagens deixam a desejar...são sempre as mesmas: catastróficas, emotivas, não contextualizam o assunto para o leitor e tratam a questão ambiental de forma isolada, fragmentada e positivista. E isso é só o começo...

Agora falando da minha viagem Bolivia-Peru, foi incrivel!!! quanta paisagem igual que conferi - a megabiodiversidade das florestas tipo Cerrado e Mata Atlântica, mas tambem o incrível altiplano Boliviano, cerros e montanhas do Peru, e as obras do próprio homem, tão incriveis quanto...Mas o que me deixou intrigada foi que os eucaliptos estao tomando as montanhas no Peru (sim, o verde das montanhas é tomado por eucalipto!) e eles não parecem se incomodar com isso...falam com orgulho que a produção é grande mesmo e que se adaptou bem ao local (e onde ele não se adapta?) mas as consequências já são visíveis com o desbarrancamento dos morros em certas partes e os córregos e rios em situação lastimável. Não basta uma natureza privilegiada se as pessoas não estao preparadas para respeitá-la... Voltamos ao assunto.



As fotos sao só tira a gosto!!!


Forte e ansioso abraço!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Nós, a Água e a Floresta

Vamos falar sobre reformas.

Na próxima quarta-feira, dia 19, teremos o 4º workshop na OAB (Av. Nações Unidas, 30-30, a partir das 19 horas), cujo tema será Resíduos Sólidos da Construção Civil e Demolições.

Entre o que existe de legislação a respeito e o que realmente é realizado, há uma grande distância, e é isto que propomos discutir em mais este evento.

O Poder Público, responsável pela qualidade de vida da população, estabelece, dentro da limitação de seus recursos, prioridades. O julgamento a respeito dessas prioridades é de nossos administradores públicos, porém cabe a cada um de nós analisar se as mesmas estão de acordo com nossas necessidades. Temos no workshop a oportunidade de discutir a questão.

Por outro lado, existe o papel do cidadão em relação às suas atividades. Muitos de nós chegou à casa onde moramos ou ao escritório/local onde trabalhamos com a construção pronta. Outros construíram a casa de seus sonhos ou transformaram (reformaram) seu local, para adequá-lo à sua vontade, acompanhando passo a passo todas as etapas.

Os primeiros não viram a quantidade de resíduos produzidos. Os outros, provavelmente, solicitaram uma caçamba e ali colocaram tudo que não servia a seus propósitos. Nos dois casos, apenas uma minoria preocupou-se com o destino dos resíduos.

É uma questão de responsabilidade. Todos querem qualidade de vida, porém, além de uma casa bonita, precisamos de água, ar e alimentos saudáveis. Não cabe apenas ao Poder Público cuidar para que isto aconteça. Lembrem-se do que diz a nossa Carta Magna: impondo-se ao Poder Público a à coletividade o dever de defender e preservar o meio ambiente de forma ecologicamente equilibrada para as presentes e futuras gerações.

Esta imposição constitucional faz com que cada um dos brasileiros e residentes seja civilmente responsável (responsabilidade objetiva) por seus atos, imputando-se àqueles que contribuírem para a degradação ambiental uma sanção independentemente de prova de sua culpabilidade.

Esse workshop permitirá uma discussão e reflexão sobre reformas: de construção e de comportamento. Até lá!

Abraços,

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Vôos....


Políticas pela preservação da Água&Floresta - Ivy


Mudanças, mudanças, mudanças!!!! Voltamos ao viveiro (está sendo muito bom o retorno!), mas nem bem cheguei lá, já vou embora! Pois é, em 11 dias começo formalmente atividades fora de Bauru, depois de 13 anos na cidade sanduíche! Vou viajar muito, executando metas da Campanha Cílios do Ribeira (www.ciliosdoribeira.org.br), e isso inspira meu post de hoje.
Bom, a inspiração começou com o blog do Ambiente Brasil (http://blog.ambientebrasil.com.br/?p=861), com uma informação muito interessante: o estado americano de Utah instituiu que as sextas-feiras são feriado para 70% dos funcionários públicos!!! Apesar da visão que temos no Brasil a respeito do funcionalismo público e das piadas que uma medida como essa poderiam gerar aqui, a medida tem motivação ambiental: o consumo de energia caiu 13%!!!!!! Cerca de 12 mil toneladas de CO2 não serão emitidos (não ficou claro por qual período de tempo).
Outros Estados também estão implementando políticas semelhantes. Considerando que os EUA emitem 25% de todos os Gases de Efeito Estufa do mundo, medidas como essa são bastante significativas!!! Mas o que isso tem a ver com as mudanças????
Bom, eu já falei sobre esse tema em outros posts, e ele retorna! TRANSPORTE (e a falta de políticas de mobilidade e transporte coletivo!). Neste caso, o governo de Utah fez milhares de pessoas pararem de circular por um dia para ir e vir do trabalho. Muitas pessoas levam horas para ir e voltar do trabalho! Eu, na minha nova jornada, passarei cerca de 4 horas diárias utilizando transporte coletivo, fora quando tiver que circular pelo Vale do Ribeira!
Quanto CO2 emitirei???? Como posso compensar ou reduzir isso??? De que forma me livrarei da culpa?????? Socorro!!!!!!!!!!
A vida é contraditória e, como diria minha professora da época da faculdade, Maria Antonia, é um eterno ir e vir. A contradição é emitir tanto CO2 para trabalhar numa campanha de reflorestamento! O ir e vir é ter morado 14 anos em Campinas, depois 13 em Bauru, e agora voltar para Campinas... De toda forma, são novos vôos, que vou relatar na medida do possível, neste espaço.....
Pelo menos voar, metaforicamente, não emite CO2.....
Beijinhos!