sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Saulo em "Mitos e Meios Ambientes"

Graças ao YouTube hoje podemos resgatar verdadeiras pepitas de ouro que antes eram, na maioria das vezes, difícil de se encontrar. Para quem ainda não viu, trago aqui um vídeo que surgiu de um dos documentos do ECO-92, chamado "Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Social". Partindo do princípio de que "educação é um direito de todos", os criadores deste tratado aspiraram, acima de tudo, a reflexão e inclusive a constante mutação do novo paradigma de desenvolvimento sustentável fortalecido com a ECO-92. 

Até a época em que foi criado, a visão ambiental se limitava a tratar das questões isoladas que eram observadas pela ciência, como a natureza biológica do ambiente em que vivemos. Hoje sabemos que o termo "meio ambiente" diz respeito à existência viva que nos circunda dentro da qual nós também fazemos parte. Esta nova perspectiva, que inclui os elementos políticos, multidiciplinares e holíticos foi reforçada e expandida com este tratado e a partir de então uma explosão de movimentos pró-sustestentabiliade surgiram.









Aproveitem!

Forte abraço!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

A produção do etanol e a perda da diversidade

Informação e educação – o caminho para a solução!
Blog Água e floresta!

Olá a todos!
Meu nome é Fernanda Abra, sou bióloga e a mais nova integrante do Instituto Ambiental Vidágua e estarei atuando na área de educação ambiental.
Acredito que a informação é a base da educação e brilhantemente a autora Michele Sato complementa dizendo que: “Uma educação que não for ambiental, não pode ser chamada de educação!”

Bom, um dos assuntos que está cada vez mais em voga e em quase todas as discussões de cunho ambiental são os biocombustiveis ou combustíveis verdes (greenfuel).
A percepção do brasileiro em relação ao etanol é que estamos fazendo um ótimo negócio, pintamos a imagem da produção de álcool sócio e ambientalmente sustentável e ganhamos milhões de dólares com as nossa exportações.

Achamos que deixando de consumir dinossauro podre (combustíveis fósseis!) estaríamos emitindo menos CO2 o que acarreta no aquecimento global.
Segue abaixo uma parte da matéria do FUNBIO sobre o recorde na exportação do etanol:

“o ministério divulgou o balanço sobre os lucros gerados com a produção e utilização do etanol. O uso do combustível ambientalmente correto evitou a importação de 1,1 bilhão de litros de diesel de petróleo, o que rendeu aproximadamente US$ 976 milhões para o Brasil.”
(http://www.funbio.org.br/publique/web/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=6272&sid=17)

Acontece que a cana está tomando o lugar das nossas florestas, a Mata Atlântica e o Cerrado têm sido suprimidos para dar lugar aos mares de cana de açúcar. Somem as nossas matas, matam os nossos bichos, aumentam a erodibilidade dos solos, mas a cana continua avançando!

A toque de caixa, a qualquer custo...
Vários estudos ainda afirmam que a queima da cana libera gás carbônico, ozônio, gases de nitrogênio e de enxofre (responsáveis pelas chuvas ácidas), liberam também a indesejada fuligem da palha queimada (que contém substâncias cancerígenas) e provocam perdas significativas de nutrientes para as plantas e facilitam o aparecimento de ervas daninhas e a erosão, devido à redução da proteção do solo. As internações por problemas respiratórios, intoxicações e asfixias aumentam consideravelmente durante a "safra" da fuligem.

Tenhamos a plena e responsável consciência que estamos longe de que o etanol se torne realmente uma alternativa sócio e ambientalmente sustentável!

Até mesmo a ex ministra do meio ambiente, Marina Silva, se pronuncionou dizendo que: para o álcool ser um combustível verde, nenhuma árvore a mais poderia ser derrubada!

E quantos milhões será que perdemos com os impactos ultrajantes e perdas incalculáveis da nossa flora, fauna, solo, alterações do ciclo hidrológico e ciclos microclimáticos que o cultivo da cana causa?
Será que alguém, alguma sumidade política/científica poderia quantificar os impactos?
Pois quanto vale, qual a perda econômica de uma copaíba que foi derrubada para cultivo da cana? Ou um jacarandá? E o ipê? Quanto vale um tamanduá? Um lobo guará? E quanto o Ministérios da saúde gasta com as milhares de pessoas que sofrem com problemas respiratórios que a fuligem de cana queimada causa? E o lucro com o álcool ainda justifica o problema com o cultivo de alimentos que já estamos enfrentando?
Para manter essa máscara, nós brasileiros estamos pagando muito caro, pois como diz o ditado popular: “economia pouca é bobagem”

E aê, vai encher o tanque?

Assista ao vídeo!



quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Um outro mundo é possível

Katarini em ComunicaçãoMídiaAmbiente&Diversidade

"Singing in the rain... "

Começou ontem a nona edição do Fórum Social Mundial (http://www.forumsocialmundial.org.br/), desta vez em um local estratégico - em Belém, plena Amazônia, o que pode e deve colocar a questão ambiental como central este ano no evento. O meio ambiente sempre permeou a filosofia do FSM, mas não como pode ser agora, sendo sediado na maior floresta do planeta e com participação massiva dos povos indígenas. Ponto!


O FSM é um evento realmente muito importante, socializou o debate sobre as condições de vida, proporcionou o intercâmbio entre pessoas e instituições de diversas nacionalidades para buscar um outro mundo possível. Voltou os olhos para a questão social, para a diversidade e ao menos chamou a atenção para os problemas ambientais. Mas confesso que me decepcionei um pouco. Participei da edição de 2005, em Porto Alegre, e não vi o comprometimento necessário. As mesmas pessoas que disseminam o conceito do politicamente correto jogam seus lixos nas ruas, desperdiçam materiais e ignoram àqueles que são os protagonistas de seus discursos - os pobres e excluídos. Sem contar o grande comércio que vira o evento e a baderna, sem objetivo comum, que fazem os jovens e adolescentes que frequentam o FSM.

Mas não foi por isso que não voltei ao Fórum. Foi falta de oportunidade mesmo. Chegamos até a inscrever o Vidágua e uma atividade de comunicação ambiental para a edição em Belém, mas nos faltou "ambição". Há, com certeza, lutas e ideais que saem fortalecidas e cidadãos que realmente tiram proveito do FSM. Quando participei consegui me inserir nas discussões, participar de muita coisa legal, distribuir jornal do Vidágua para o mundo inteiro e me sentir um agente de mudança, mesmo que bem pequena. Ahhhh e ainda tive a oportunidade de ver e me emocionar com os discursos de Saramago, Galeano, Hugo Chávez e Lula.

Só acho que a teoria deve andar um pouco mais de mãos dadas com a prática. Temos muito que aprender ainda, e o Fórum é um espaço para essa reflexão e consequente mudança.

As fotos do post foram tirada pela Aline, companheira das 'encrencas', e ilustram dois momentos muito especiais do evento em 2005: manifestação dos catadores de recicláveis e protesto contra energia nuclear.

Por hoje é só. Aguardo comentários!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Uma criança que acreditou poder mudar o mundo!


Políticas para a preservação da Água&Floresta - Ivy

Quando falamos sobre políticas pensamos que elas devem ser feitas por adultos que sejam políticos. Mas, na verdade, nossas relações com a sociedade e com o nosso meio são todas políticas! Então, crianças/adolescentes também podem ser políticas! E que não se confunda isso com política partidária, essa sim feita por pessoas eleitas ou filiadas.

Toco neste tema para resgatar um belíssimo discurso feito por uma menina canadense, na época com 12 anos, durante a ECO-92 (Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável). Severn Suzuki discursou para uma platéia internacional de líderes, representando mais de 100 Nações, e disse coisas que pegam no calo dos que executam as políticas, mas por que não de todos nós também?

Deixa claro que a preocupação das crianças não é com a perda de uma eleição, mas com a perda ao direito à vida! Decisões negativas acerca do meio ambiente, que causam impactos, em geral não são revertidas totalmente. Extinguir uma espécie animal ou vegetal significa perdê-la por toda a eternidade. Já pensou se esta espécie pudesse conter a cura do câncer, da AIDS ou de alguma doença degenerativa?

A grande lição, ao meu ver, é perceber que uma criança pode ser mais lúcida do que um adulto quando o tema é VIDA. Ela não pensa em dinheiro, não pensa em poder, em vantagens, ela só pensa em ter condições para sobreviver tranqüilamente. Simples assim, mas essencial.

Naquela época, Severn juntou fundos com outras três amigas para viabilizar sua participação no encontro do RJ. Hoje em dia, ela é uma ativista ambiental, formada em Ecologia, e dispõe de um site (www.skyfishproject.org), onde é possível encontrar referências para pesquisa sobre os assuntos do meio ambiente. É escritora e roda o mundo discursando sobre a importância da mudança individual e de uma política que pense nas pessoas, e não no umbigo!
Temos muito o que aprender com as crianças, mas, sobretudo, temos que lembrar que um dia todos fomos crianças!

Fica aqui o relato sobre uma pessoa comum, mas que faz toda a diferença, inclusive para a nossa Água&Floresta! Na foto, dois momentos de Severn. No vídeo, parem o que estiverem fazendo e SINTAM a mensagem!

Grande abraço!


sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

La niña: o que significa?

Você tem assistido na Tv que nesses dias a temperatura na região Sul está abaixo da média para esta época do ano. Em Santa Catarina a temperatura chegou a 6 graus em pleno verão(ver www.ambientebrasil.com.br).
O maior responsável disso é o fenômeno La Niña, que se carateriza pelo resfriamento da superfície do mar no centro e no leste do Pacífico Equatorial, produzindo fortes mudanças na dinâmica geral da atmosfera e alterando o comportamento climático em todo o planeta.
Esse resfriamento não significa uma mudança na tendência de aquecimento do clima. O La Niña ou"anti-El niño" é um fenômeno natural do planeta que pode durar até dois anos e
não sofre a interferência do homem enquanto que aquecimento global é uma consequência da irresponsabilidade que homem tem com o planeta e não sabemos até quando irá durar!
As mudanças repentinas no clima estão cada vez mais frequentes. E o que temos feito a respeito? Pense nisso!Para saber mais : http://pt.wikipedia.org.br

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Um lider de verdade?


Mais uma semana de mais um ano de mais de um mês

O assunto midiático do momento é a posse de Obama, o novo presidente dos EUA e o primeiro negro a ser líder da maior nação do planeta. Sem dúvida um enorme avanço, mas melhor ainda é a esperança que trazem as mudanças e os novos tempos da era Obama, ou quase a Obamania... Todos querem ver e gritar Obama! e Michele também. A primeira-dama fashion alternativa, um sucesso!!!! seu vestido amarelo desenhado por estilista cubana quase ofuscou a gafe de Obama no juramento.

Mas picuinhas e pormenores a parte, a área ambiental é um dos principais desafios do novo presidente. OS EUA são de longe o país mais consumista e os maiores poluidores do planeta, e até então, não aceitavam metas de redução dos poluentes. Obama já declarou que quer liderar a discussão sobre aquecimento global. Ótimo! que aprenda com seu colega democrata Al Gore, e mostrou preocupação com os direitos humanos (já parou os julgamentos em Guantanamo) e tendências pacifistas. Muito se sabe sobre os prejuizos humanos de uma guerra, mas vale lembrar a destruição ambiental que também causam os conflitos. Há inclusive estudos sobre isso:

http://www.tierramerica.info/nota.php?lang=port&idnews=1899


Que haja entendimento sobre a importância da preservação ambiental, em especial da Água&Floresta no mundo! É o que se espera de um líder de verdade

Ah...Obama parafraseou Lula no seu discurso de posse: "A esperança venceu o medo". E agora?

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Responsabilidade no Direito Ambiental

A responsabilidade objetiva no Direito Ambiental foi instituída pela lei nº 6.938/81 e recepcionada pela Constituição Federal de 1988, passando a ser conhecida como o princípio do “poluidor pagador”. Esta é uma expressão bastante perigosa, pois muitas vezes é confundida com o fato de que a pessoa pode poluir à vontade, bastando pagar pelo dano.
Procurando sanar essa dificuldade de interpretação, vamos falar um pouco sobre responsabilidade objetiva e subjetiva. No primeiro caso, advém do princípio constitucional de que todos são responsáveis pela manutenção do equilíbrio ecológico, essencial à sadia qualidade de vida. Assim,toda coletividade deve zelar pelo bem ambiental.
Existe uma certa dificuldade em diferenciar bem patrimonial de bem ambiental. Em primeiro lugar o bem patrimonial tem a ver com a posse de uma ou algumas pessoas definidas, enquanto que bem ambiental é bem comum. O bem patrimonial ou propriedade é garantido pela Constituição, tendo como restrição a função social. Assim, há uma limitação sobre o fazer (ou não fazer) o que se quer com a propriedade. Esta limitação está na maioria das vezes relacionada com o meio ambiente, ou seja, com a qualidade de vida da comunidade. O bem ambiental, por sua vez, é mais abstrato, muitas vezes confundindo-se com o bem patrimonial.
Para ilustrar o que foi dito acima, vamos pegar como exemplo uma propriedade rural. O proprietário tem um título registrado em cartório que lhe dá o direito de plantar ou criar o que quiser (ou quase tudo) na área delimitada pelo referido título. Entretanto, como a saúde ambiental está condicionada à preservação de, no mínimo, 20% de mata nativa, além da preservação dos rios, o proprietário rural deverá ter uma área de uso limitado (na nossa região de no máximo 50%, incluindo reserva legal e área de preservação permanente), que vem a ser uma das funções sociais da propriedade. Embora essa área continue sendo do proprietário rural, temos aí um bem ambiental que deve ser cuidado e cuja responsabilidade, em primeiro lugar, é do dono da propriedade.
Aproveitando o exemplo acima, vamos explicar a diferença entre responsabilidade objetiva e subjetiva. No primeiro caso, trata-se de responsabilidade civil, havendo necessidade apenas da existência do dano e do nexo causal. Desta forma, se uma mata de área de preservação permanente for destruída, o proprietário da área será civilmente responsável pelo dano, cabendo-lhe provar a responsabilidade de outrem. No mesmo exemplo, existe um crime ambiental (destruição de floresta em APP). Neste caso, temos a questão da responsabilidade subjetiva, onde há necessidade de se provar a culpabilidade (dolo = quer o resultado; ou culpa = imperícia, imprudência ou negligência). O proprietário rural, no caso, só será penalmente responsabilizado se restar provada sua culpa.
Voltando agora ao princípio do “poluidor pagador”, vemos então que a responsabilidade objetiva se dá quando determinada atividade está sujeita a causar um dano ambiental, independentemente da vontade do responsável. Entretanto, se ele por querer o resultado danoso ou por imprudência, negligência ou imperícia o causou ao exercer a atividade, será responsabilizado penalmente (responsabilidade subjetiva), além da responsabilidade civil e administrativa.
Para que pensem um pouco, deixou vocês com a afirmação do jurista Miguel Reale, com a promessa de que voltaremos a falar sobre responsabilidade subjetiva.
“Se antes recorríamos à natureza para dar uma base estável ao Direito e, no fundo, essa é a razão do Direito Natural -, assistimos, hoje, a uma trágica inversão, sendo o homem obrigado a recorrer ao Direito para salvar a natureza que morre.”

Beijos


segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Sujismundos nas estradas!


Políticas para a preservação da Água&Floresta – Ivy

Olá amigos! Escrevo este texto pela segunda vez (o primeiro estava melhor, confesso), porque fui pega por esse sistema do Blogger! O texto anterior apagou quando fui copiá-lo, buáááá. Mas, vamos ao que realmente interessa.

Li uma matéria no Ambiente Brasil (http://www.ambientebrasil.com.br/) que me deixou impressionada! O volume de lixo jogado nas rodovias paulistas alcança uma média MENSAL de 417 toneladas (!!!) ou 900 caminhões (!!!!!). No período de férias, esse número sobe 20%!!!!!

A Ecovias, uma das concessionárias de rodovia, fez uma pesquisa e descobriu que o perfil dos “porquinhos” mudou. Antes, a maioria era composta pelos moradores das comunidades próximas às estradas. Agora, os sujismundos são, em sua maioria, os ocupantes dos veículos, que deixam seu rastro por onde passam.

Você deve estar se perguntando: o que isso tem a ver com a Água&Floresta? TUDO! O lixo depositado nas rodovias faz um tremendo estrago no meio ambiente:

1. prejudica a drenagem, facilitando a ocorrência de erosões, arrastando a vegetação e terra até os rios, assoreando-os;


2. afeta a biodiversidade, pois os restos de comida atraem animais, que acabam se intoxicando e até sendo atropelados ao transitarem nas rodovias;


3. causa a contaminação de corpos d´água próximos às rodovias;


4. facilita a proliferação de vetores de doenças;


5. transforma uma linda paisagem num cenário de degradação!

Por que as pessoas ainda não se conscientizaram sobre as conseqüências da deposição inadequada do lixo? Por que é tão difícil entender que no ambiente tudo está interligado (natureza / saúde / ser humano)? É uma reflexão necessária, mas que tem que se tornar uma ação concreta! Essa matéria me deixou incomodada, quem sabe esse incômodo se transforma em um projeto do Vidágua?

Quer dar a sua sugestão?

Grande beijo!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Apenas relembrando...


Fala minha gente!

Aproveitando o ótimo vídeo que a Katarini postou, nesse post venho dar "aquela" relembrada no exemplo vivo que tivemos do Efeito Borboleta que, dessa vez, não precisou começar na China...

Sim, é preciso fazer a ênfase no "relembrar" porque a nossa sociedade é a sociedade da aminésia! E não é só isso, não é só falta de memória, é falta, primeiramente, de se estar alerta acerca do perigo praticamente suicida que entramos sem ter a menor noção disso. 

Em novembro passado Santa Catarina foi palco do maior desastre ecológico do país. Para quem não lembra ou não soube, a região do Morro do Baú, no município de Ilhota, presenciou simplesmente o "derretimento" de montanhas gigantes, algo realmente raro (http://www.espacoecologiconoar.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=8647&Itemid=1) . 

Quando o povo se vê naqueles momentos de tempo ensolarado, em que a chuva parece ser só uma possibilidade remota, a tendência é sempre considerar um baita incômodo e uma bela porcaria estas tais leis ambientais que protegem as matas originais, a biodiversidade, os rios etc. 
No entando, de repente, como uma ira divina(que não é absolutamente divina, tampouco ira), a chuva torrencial aparece e, do nada, todo mundo muda de idéia: "a legislação ambiental precisa ser respeitada e devidamente praticada". 

As pessoas são, realmente, estranhas. A gente não percebe que essa ira da natureza começa com a gente, com a nossa desconsideração nos momentos devidos daquilo que deve ser sempre tido como prioridade. A ira nós mesmos lançamos, sem saber, e hora ou outra vem aquele oceano de lágrimas do céu para apagar a secura da nossa desconsideração. É o tal do efeito borboleta.

Em 1983, ocorreu outro deslizamento gigantesco nas cabeceiras do rio Itajaí, também em Santa Catarina. De lá pra cá, todo mundo, obviamente, já esqueceu. 

E o que ocorreu após 1983? Como já era de se esperar, mais construções foram feitas nos mesmos locais que deveria apenas existir preservação nativa permanente: PERMANENTE. Não só isso. Ocorreu reflorestamento de pinos, eucalípto e "pasto" e, é claro, o estabelecimento de mais madeireiras nestes exatos lugares onde deveria existir preservação permanente. 

Não adianta só culpar essas empresas madeireiras. O povo deve ser alertado mais e mais que quem está perdendo a própria vida são eles próprios ao permitirem essa devastação. Mudança vem com conscientização. Conscientização vem com a informação correta. Informação correta aguça a memória e fortalece a consciência.

A nossa Mata Atlântida há muito pede socorro. A história tem sido repetida e a coisa não pode continar assim, do contrário estaremos cometendo suicídio sem a menor necessidade disso. 
Vamos espalhar e discutir essas informações. 

Informação é luz e luz dá claridade de visão. É disso que precisamos.

Grande abraço a todos!

 

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Efeito borboleta

Finalizando mais uma etapa...
Katarini em ComunicaçãoMídiaAmbiente&Diversidade

Há muito tempo queria postar este vídeo aqui no blog, que é extremamente criativo, fofo e nos faz refletir. A semana passada aprendi a postar vídeo direto do youtube e não pude perder a oportunidade.

É a história do efeito borboleta...se ela bate as asas em um ponto do planeta vai refletir do outro lado do mundo, será?

As questões ambientais são intrinsecamente e totalmente ligadas como mostra o vídeo. A relação entre a água e floresta nem se conta. Um desmatamento, por exemplo, corte de mata ciliar, vai acarretando em assoreamento dos rios, em razão da falta de cobertura vegetal para conter desmoronamentos e poluição, e consequentemente, diminui a quantidade e qualidade da água. A falta de árvores também acarreta no calor intenso que não tem como ser absorvido, então vem as chuvas e temporais que também não encontram vegetação para escoar e pronto! É a natureza se vingando? Não acredito muito nisso. Mas o fato é que o efeito borboleta poderia ser entendido a partir do antigo ditado "aqui se faz, aqui se paga", pelo menos deveria ser assim.

Pense nisso: Uma hora vai voltar pra você!

Forte abraço!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

É verão!!!!


Nós, a Água e a Floresta - Fernanda

Fala, povo!!!

E mais um ano começou com muito calor!!
Você já parou sob a sombra de uma árvore num dia de sol escaldante?? Fresquinho, né?
E já comparou esta sombra com a sombra de um prédio?? Qual refresca mais??
Já fez uma caminhada na mata e no final achou um riozinho (ou riozão) para aproveitar sua água geladinha??
Tá certo que isso não é tão comum, mas deu pra ter uma idéia sobre onde quero chegar...
A natureza dá uma mãozinha pro ser humano quando ele precisa.
Disponibiliza sombra e água fresca para todo mundo, de graça, e poucos aproveitam.
Estes dias fiquei impressionada com o que vi perto de casa. Em uma rua com pouquíssimas árvores (agora só uma...) fizeram o favor de tirar uma imensa sibipiruna plantada a anos na calçada.
Passo com certa freqüência por aquele quarteirão e sei que a árvore não estava doente. Sei lá o que fez a prefeitura autorizar sua retirada, mas independente do compromisso de se plantar outra no lugar, os critérios para retirada de árvores deveriam ser mais rigorosos.
E tomara que, de agora em diante, quem pediu e quem autorizou a retirada daquela árvore não encontre mais nenhuma “disponível” para lhe dar uma refrescada num dia de calor!!!!
Na cidade, procuramos facilidades e situações que tornem nossa vida mais cômoda e tranqüila.
Se prestássemos mais atenção na natureza, poderíamos usá-la a nosso favor. Com mais árvores e áreas verdes a vida na “selva de pedra” seria mais agradável e bem mais fácil.
A importância da Água e da Floresta está em tudo. E não se restringe as áreas da mata e aos ambientes naturais.
O equilíbrio entre estas “forças”, ou a falta dele, altera a vida também no ambiente urbanizado, mexendo com a vida de todos. E estas alterações ficam mais visíveis e são mais sentidas no início do ano, no nosso verão.
Espero que este blog e os posts façam , no mínimo, as pessoas que lerem pensarem sobre isso... Principalmente nesta época “quente” do ano!!

Bjs e inté!!!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Água&Floresta e a agricultura familiar


Políticas para a preservação da Água&Floresta - Ivy


Olá, pessoal! Já falei neste espaço sobre a importância da integração das políticas públicas para a efetiva proteção da nossa Água&Floresta, né? Esta semana o Vidágua está iniciando uma parceria que tem tudo a ver com este tema.


Vamos trabalhar, em conjunto com o MST, COCAFI e Escola Popular Rosa Luxemburgo na adequação ambiental dos assentamentos no município de Iaras, aqui pertinho de Bauru (confira mais informações no boletim do Vidágua desta semana, em http://www.vidagua.org.br/). São aproximadamente 300 hectares de Reserva Legal e 50 hectares de matas ciliares a serem plantadas!!!! É tanta muda que quase fala!!!!!


Tenho acompanhado o trabalho do IBAMA e do INCRA aqui na região e faço votos que dê certo. A idéia é que todos os assentamentos estejam com todo o licenciamento ambiental redondinho, ou seja, com suas matas ciliares plantadas, suas Reservas Legais (que representam 20% da área total de cada assentamento) averbadas, enfim, que a agricultura familiar conviva de maneira harmônica com os recursos naturais, afinal, eles são a fonte para toda a produção.


Um outro aspecto importante é a capacitação de técnicos para desenvolverem esta questão. Hoje, lá em Iaras, tem início o Curso Especial de Agronomia (http://www2.ufscar.br/servicos/noticias.php?idNot=2223), uma parceria da UFSCar com o INCRA para possibilitar o acesso à uma graduação que contemple aspectos sociais, culturais, econômicos, políticos e técnico-científicos para o desenvolvimento rural sustentável. Os alunos ficam "imersos" no curso presencial por três meses e depois retornam às suas comunidades para aplicar o conhecimento adquirido.


Há muito ainda a fazer, mas iniciativas como as que citei estão a pleno vapor, e nosso papel enquanto Vidágua é fomentar e apoiar cada vez mais ações!!!!!!!!!!!!!!!!!


Até a próxima semana!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Pensando sobre equilíbrio

Olá, sou Daniela e faço parte da equipe Vidágua.
A falta da água é um problema sério do planeta e, lendo uma notícia sobre isto, fiquei sabendo que, segundo a Unicef, uma pessoa precisa de, no mínimo, 20 litros de água por dia, para preservar seu bem estar físico e higiene pessoal.
Por esta razão, fico indignada sempre que vejo pessoas lavando calçadas, usando mangueiras, durante a época de seca, pouco se importando se alguém nas proximidades não tenha água nem para suas necessidades básicas.
Por outro lado, ultimamente, a notícia mais presente nas TVs ou imprensa em geral é sobre as inundações causadas pelo excesso de chuva (???).
Que equilíbrio é este?
O que cada um de nós precisa fazer para melhorar a condição de vida no planeta?
Sugiro a leitura de um interessante artigo sobre a questão no site www.ambientebrasil.com.br, e pensem sobre a importância da relação água&floresta na manutenção do equilíbrio ecológico.
Abraços,
Daniela

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Oficina de Bioarquitetura


De volta ao palco

Katarini em ComunicaçãoMídiaAmbiente&Diversidade

De volta, e com o pé direito

Tô super bem, recomeçando e já com novidades!!!
Depois da inauguração do Viveiro de Mudas da Ilha Comprida, Meros do Brasil no Recife, estou desenvolvendo também um programa de comunicação estratégica para um projeto de uma ONG do RJ Instituto BioAtlantica(http://www.bioatlantica.org.br/) vale conhecer.

Pra começar no Vidágua, teremos uma oficina de bioarquitetura no Vale do Ribeira, no Viveiro da Ilha, de 9 a 15 de fevereiro. Serão ensinadas técnicas alternativas de construção sustentável, como produção de tijolo de adobe, taipa de mão, pintura natural, também sistemas florestais e composteira, além da oportunidade de conhecer um lugar incrível, reduto da Mata Atlantica em SP...vai ter também passeios culturais e ecológicos. Uma ótima opção para finalizar as férias e esperar o carnaval chegar.

A construção sustentável tem tudo a ver com a preservação da Água e Floresta. Os processos artesanais ou semi-industriais dos tijolos de barro, por exemplo, diferente do cimento e tijolo tradicional, não acarretam em desmatamento e emissão de gás carbônico na atmosfera porque são secos naturalmente. Tem também a utilização de composteiras, que é o reaproveitamento de matéria orgânica, melhorando e adubando a terra. Fora que a construção em mutirão valoriza e dá mais energia ao local...imagina em um viveiro! Dá uma olhadinha no cartaz.

Quer saber mais sobre o assunto? http://www.beiraserra.com.br/
http://www.bairrodemetria.com.br/
http://www.bioarquiteto.com.br/
http://www.espiralando.com.br/

Um 2009 iluminado e sustentável para todos!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Medindo Forças

Observe o desenho abaixo:




É a reprodução do desenho desenvolvido pela aluna Alexia Fernanda Catarina, da 4ª série do ensino fundamental, da Emef “Prof. Lourdes de Oliveira Colnagui”, de Bauru, sobre sua idéia de responsabilidade ambiental, no concurso realizado pelo projeto “Desenhando a Lei” da OAB-SP, subsecção Bauru.
Em sua inocência, a criança consegue retratar o desespero de ver seu sonho feliz ser transformado em pesadelo com a destruição da floresta que personifica o ambiente ideal, com qualidade de vida.
A pessoa humana, aparentemente muito mais forte, vem, ao longo dos séculos, modificando o meio ambiente, para atender seus desejos, e o faz , na maioria das vezes, sem qualquer critério, colocando interesses econômicos ou imediatos acima da sustentabilidade que garantiria retornos financeiros mais duradores, se bem que, num primeiro momento, menores.
Esta aparente superioridade humana cai por terra, quando a natureza, mais sábia, resolve dar o troco. Ele vem de forma muitas vezes violenta e as pessoas, despreparadas, sofrem as conseqüências dos próprios desmandos.
O Direito é uma disciplina social que tem como objetivo normatizar as relações humanas, o que é feito de forma coercitiva, quando necessário. O Direito Ambiental não é diferente. E, se tem como finalidade a garantia da qualidade de vida para as presentes e futuras gerações, é nas relações das pessoas humanas entre si e com a natureza que procura atingir seu fim. Infelizmente, a aplicabilidade do Direito depende do convencimento das pessoas de que aquilo é o certo, o melhor. Este convencimento, na maioria das vezes, dá-se de forma trágica e passageira. Passado o momento, todos voltam à sua rotina até que novo desastre aconteça e, aí, passam a cobrar do Poder Público ações que também são de sua responsabilidade.
É uma pena que, passados vinte anos, o artigo 225, da Constituição Federal, continue para a maioria dos brasileiros a figurar apenas no papel. A educação ambiental é ainda incipiente e, de certa forma, insipiente e, assim, as ações para que se respeite a natureza, como meio de defesa e preservação de um meio ambiente saudável, são vistas, ainda, como inimigas do desenvolvimento.
A pergunta é: que desenvolvimento? Aquele de Santa Catarina, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e de tantas cidades brasileiras que mata, destrói e que deixa centenas de pessoas a chorar seus mortos, a reconstruir suas vidas?
Chega de medir forças. Já está mais que provado que a natureza, pacífica, é muito mais forte, e, quando necessário, prova isto.
Feliz Ano Novo a todos com muita Água&Floresta!
Maria Helena Beltrame

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Retorno das atividades!!!!!!!!!!!

Políticas para a preservação da Água&Floresta - Ivy

Olá a todos!!!!!!!!!!!!!!! Hoje retomamos as atividades do Vidágua, com muita expectativa, pois em 2009 completamos 15 anos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Muitas ações serão realizadas no decorrer deste ano, então sugiro que você fique muito atento aos nossos sites, ao blog e todas as notícias, para poder participar conosco desta agenda intensa!!!!

Há muita expectativa também em relação aos governos municipais que se iniciam esta semana, com a posse de mais de 5.000 prefeitos!!!!!!!! Que políticas serão desenvolvidas para a proteção da nossa Água&Floresta??? Não podemos esquecer que um arcabouço legal é importante, mas é preciso que sejam feitas AÇÕES efetivas, que colaborem com esta proteção: controle da qualidade dos mananciais superficiais e subterrâneos, recuperação das matas ciliares, educação ambiental na zona urbana e rural para o combate ao desperdício de água e para a valorização das matas, criação e fortalecimento de conselhos de meio ambiente deliberativos, estrutura de gestão ambiental, enfim, há uma infinidade de demandas!!!

O Vidágua, que atua presencialmente em mais de 100 municípios, busca colaborar para que estas políticas se tornem realidade, e muitas vezes cobramos que isso aconteça! Desejamos a todos os prefeitos (re)eleitos uma ótima gestão e alertamos sobre a necessidade de incluir, definitivamente, a agenda ambiental como aspecto transversal nas políticas dos municípios brasileiros!!!!!

Um ótimo 2009 a todos!!!!!!!!!!!!!!!