segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

14 ANOS HOJE!!!!!!!!!!


Há 14 anos atrás um grupo de pessoas preocupadas com os recursos hídricos no município de Bauru fundaram o Instituto Ambiental Vidágua.


Quem diria que aquela pequena iniciativa cresceria tanto a ponto do Vidágua se tornar referência no cenário ambiental brasileiro, desenvolvendo projetos, mobilizando a sociedade, cobrando os poderes constituídos e acima de tudo plantando o respeito ao próximo!!!!!


Àquele grupo inicial, nosso muito obrigado!!!! A todos que passaram por aqui, agradecemos o empenho!!!! Aos que seguem trabalhando, carreguem suas energias, porque em 2009 tem muito mais!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Aos nossos amigos e colaboradores, um ótimo Ano Novo e que o Vidágua complete muitos outros aniversários!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


P.S.: deixarei em breve p/ vcs um vídeo feito por um dos fundadores e atual colaborador, Clodoaldo Gazzetta!


terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Vidágua em recesso


Prezados,


Informamos que o Instituto Ambiental Vidágua, sede Bauru, entra em recesso a partir de hoje, 22/12, retornando às atividades em 5 de janeiro de 2009. O escritório no centro da cidade (7 de setembro 6-50) e o Viveiro de Mudas Nativas (Av. Cruzeiro do Sul, 26-40) estarão fechados. Os contatos poderão ser feitos pelos celulares (14) 97111213 e (14) 81173448

Lembramos que a instituição completa 14 anos no dia 29 de dezembro, e está fazendo uma avaliação da trajetória de trabalho. Mais informações em http://www.vidagua.org.br/

Aproveitamos para desejar um excelente final de ano e um recomeço ainda melhor!
Abraços,
Equipe Vidágua

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Pra tudo cabe moderação...

E ai pessoal!

E mais uma vez outro ano se finda. Pra mim, que aqui estou começando no fim, a sensação de começo no trabalho se mistura com a conclusão de ano. Uma sensação meio estranha...

Como todo começo tem aquele "gás", também não falta entusiasmo pra avaliar o que sempre retorna a acontecer nas festas de fim de ano. Como é sabido, as indústrias e o comércio multiplicam a sua produção neste época de modo a suprir a imensa demanda gerada pela população que não teve a oportunidade de consumir o que almejaram o ano todo. Afinal, dezembro também é época de 13º e esse dinheiro recebido tem que circular de alguma forma: esta forma é chamada de compras natalinas. Isso inclui todos os artefatos comumente usados em nosso cotidiano: eletrodomésticos, roupas, calçados, brinquedos da criançada e, naturalmente, bebidas alcoólicas.

O consumismo de bebidas vem há anos caminhando ao lado da instrução-clichê: "beba com moderação", no entanto essa tentativa de disciplinar o povo a não encher a cara toda vez que bebe parece não ter dado muito certo: tenho a impressão de que as pessoas desejam sempre uma saciação com proporções muito maiores do que elas realmente necessitam, e isto acontece em quase tudo. Como esta instrução deve ter dado errado - porque muitas pessoas continuaram se matando nas estradas -, inventaram a tal "lei seca".

Não estou dizendo que deveria haver uma lei seca para o consumo das bugigangas que todo ano a gente renova, já que a do ano passado perdeu a graça. 
Nós vemos em toda parte "beba com moderação", mas jamais veremos "consuma com moderação". Pelo menos não nos meios convencionais de publicidade. E isso é uma pena, porque assim como o consumo excessivo de álcool entorpece a gente ao ponto de colocarmos em risco a vida dos outros, os bens que adquirimos também estão extraindo a vida - "invisível" - do planeta. É sempre válido dizer que o problema nunca está no consumo, mas na má compreensão do que é necessário e do que é excesso. O exagero é sempre a pior droga, o pior entorpecente. Exagerando, sempre se mata, mas algumas coisas se mata visivelmente e outras invisivelmente(leia-se sem ter consciência). 

Os recursos naturais, o próprio equilíbrio natural requer certa moderação de nossa parte. Pois além da extração que é o começo do ciclo, nós muito bem sabemos onde vai terminar este ciclo com todas as bugigangas que já "não prestam pra mais nada". 

É ótimo que haja estes outros meios convencionais em que podemos publicar livremente: "consuma, mas consuma com moderação".

É isso aí galera, que a nossa conclusão do calendário seja um pouco mais moderada. 
Ótimas festas e até o ano que vem!

Forte abraço!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Um Feliz e Consciente Natal!

De partida para um mundo mais verde... Vale do Ribeira!
Em contagem regressiva também para meu merecido descanso

E quem não acha que o ano passou correndo e que já estaremos em 2009... Nossa, já é Natal? Pois é, Feliz Natal.

Mas Natal, vem junto com alguma reflexão, fortalecimento de laços e muuuuuito consumismo, exagero e constrangimentos. Mas uma pesquisa me deixou mais otimista, inclusive divulgamos no site do Vidágua. Sondagem das Expectativas do Consumidor sobre o tema, divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Estadão, no começo do mês mostrou que o ímpeto de compra do brasileiro está menos intenso. "O porcentual de pessoas que informaram que vão gastar menos com presentes para a data subiu de 25,8% para 44,8%, com relação ao ano passado". A crise financeira é responsável pela pisada no freio, mas mostra que é possível passar um Natal mais econômico.

E vale dar mais alguns toques em quem ainda vai comprar presentinhos...O Instituto Akatu pelo Consumo Consciente conta 14 dicas especiais para as compras de Natal em seu site: http://www.akatu.org.br/central/imprensa/releases/pratique-o-consumo-consciente-no-natal/?searchterm=natal*

Dá uma verificada! e mão na consciência

...E encerrando o ano com chave de ouro.Sexta-feira será inaugurado o novo viveiro de mudas do Vidágua, em Ilha Comprida (mais informações em www.vidagua.org.br)

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Chegando ao fim...

Nós, a Água e a Floresta - Fernanda

Pois é, mais um ano terminou…
Como todo ano, refletimos sobre o que fizemos, o que deixamos de fazer, o que conquistamos e como mudamos nosso futuro.
É “costume”, no fim de cada ano, prometermos mudanças de atitudes como comer menos, fazer exercício, guardar dinheiro... Estabelecemos algumas metas para tentar melhorar.
Entre estas promessas, poderíamos incluir separar o lixo, usar água racionalmente, não jogar lixo no chão, se informar e participar de ações ambientais na minha comunidade, comprar apenas o necessário, adquirir e usar uma sacola de compras permanente (evitar o máximo as sacolinhas de plástico), ajudar o próximo, doar sangue regularmente...
Ou seja, depois de tudo que acontece durante um ano, temos que pensar um pouco mais em como nos relacionamos e agimos com nosso entorno. Como agimos em sociedade, como nos comportamos depois de uma notícia ruim, depois de saber de um desastre ou de uma “falcatrua” política...O que fazemos e o que poderíamos fazer??
Nossa postura e nossas ações interferem e modificam nosso futuro. E podem interferir e modificar o futuro do planeta!
Temos um tempinho ainda até 2009.
Dá tempo de refletir, relembrar e estabelecer algumas metas para melhorar nossa postura de cidadãos.
O que fazemos que realmente pode melhorar nossa vida?
O que deixamos de fazer por preguiça ou comodismo?
Como agir de forma mais consciente social e ecologicamente e mais atuante por mim e pela minha comunidade?

Pense sobre isso...


Inté!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Mais um sonho que vira realidade!!!!!!


Políticas para a preservação da Água&Floresta - Ivy


Final de ano é época de reflexão e de recuperar as energias gastas, para começar um novo ano de muitas realizações! O Vidágua, que completa 14 anos no próximo dia 29, está fechando o ano com chave de ouro, com uma grande homenagem à Água&Floresta: a inauguração do Viveiro de Mudas Nativas de Ilha Comprida - Manejo Agroecológico!


Coordenado pelo competentíssimo Engenheiro Florestal Marcos Diniz, nosso representante lá no Vale do Ribeira, o viveiro produzirá 400.000 mudas por safra e abastecerá projetos e ações socioambientais naquela região. O perfil do Marcão (como o chamamos carinhosamente) faz com que toda a construção e a proposta de produção sejam agroecológicas, ou seja, busquem o menor impacto possível em todos os processos, inclusive na construção.


Para vocês terem uma idéia, a casinha que abriga a bomba do poço tem telhado verde, ou seja, é feito com uma técnica que faz a água da chuva ser absorvida no próprio espaço do telhado. Em geral, são usadas gramíneas, mas lá, local com características muito peculiares, com muito sol, vento e maresia, foi necessário encontrar outro tipo de vegetação. Aí vem um grande exemplo da sensibilidade do Marcão. Ele começou a observar quais plantas cresciam no entorno da área e se inspirou nelas para encontrar a cobertura ideal para o telhado!


Em fevereiro será construído o barracão de atividades através de oficina de bioarquitetura (saiba mais sobre a oficina no site do Vidágua - http://www.vidagua.org.br/). No dia 19 acontecerá a inauguração e a expectativa é enorme!!!!!!!


Gostaria de agradecer a todos que ajudaram neste processo!!!!!!! Foram muitos os que se empenharam para mais este sonho se tornar real, e tenho medo de citar nomes e acabar esquecendo de alguém!!!! Por isso, todos sintam-se abraçados, agradecidos e, por que não, abençoados, pois este local ainda vai gerar muitos frutos!!!!!!!


Vejam pela foto se nao é para ficar emocionado com isso!!!!!!


Um beijo ENORME e cheio de orgulho!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Sem Despedidas


Mitos e Meios Ambientes - Camis, Dani, Saulo

Salve, Salve, meu povo! E se passaram seis meses de "vidaguazando", e se chega em Dezembro. E se encerra fases, e estágios! Esse é meu ultimo post como estagiária do Vidágua, espero que não o ultimo como amiga do Instituto...

Sem choraminguar, vou deixar um link bem legal pra vcs. Trata-se de uma técnica de reciclagem de lixo orgânico, que se transforma em fertlizante!! e dá pra fazer isso na cozinha da casa da gente, sem cheiro ruim, e sem bagunça. A ideia foi trazida para o Brasil, por um pessoal da UnB, que viram o projeto em uma cidade lá na Austrália, essa cidade já recicla 100% do seu lixo orgânico, todas as casas tem o equipamento necessário. Pena eu não lembrar agora o nome da bendita cidade australiana....

Bom, mas o processo todo é por causa de umas minhoquinhas...
Interessou? dá uma olhada na idéia, que eu achei bem bacana.

http://www.minhocasa.com


O lixo Orgânico que a gente produz pode ser re-utlizado para o beneficio de todos, boas idéias assim é que vão manter o nosso meio ambiente, vão manter a nossa Água&Floresta!

Bom, gente é isso. Adorei a vida de Vidágua e levarei comigo ótimas lembranças e conceitos aprendidos aqui! Boas festividades a todos e um novo ano de sorrisos largos à todos!

Beijo meu.
Camila F.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Educação para a arte

Água e Floresta, que Educação é esta? - Ivan

Hoje vou falar um pouco sobre a Educação Ambiental num contexto artistico - aproveitando a estréia de Madagascar 2 - tudo a ver com o assunto.

A Arte no contexto educativo - Para que esta afirmação se torne uma realidade, acreditamos que é através do espaço educativo que se possa efetivamente dar uma contribuição no sentido de possibilitar o acesso à arte a uma grande maioria de crianças e jovens.

Sendo a escola o primeiro espaço formal onde se dá o desenvolvimento de cidadãos, nada melhor que por aí se dê o contato sistematizado com o universo artístico e suas linguagens: artes visuais, teatro, dança, música e literatura. Contudo, o que se percebe é que o ensino da arte está relegado ao segundo plano, ou é encarado como mera atividade de lazer e recreação. Desde o profissional contratado, muitas vezes tendo que lidar com os conteúdos das linguagens de forma polivalente, até o pequeno número de horas destinadas ao ensino das linguagens artísticas, a expansão de que nos fala a professora Ana Mae Barbosa se torna canhestra, quase sempre inexistente.

A concepção de arte no espaço implica numa expansão do conceito de cultura, ou seja, toda e qualquer produção e as maneiras de conceber e organizar a vida social são levadas em consideração. Cada grupo inserido nestes processos configura-se pelos seus valores e sentidos, e são atores na construção e transmissão dos mesmos. A cultura está em permanente transformação, ampliando-se e possibilitando ações que valorizam a produção e a transmissão do conhecimento. Cabe então negar a divisão entre teoria e prática, entre razão e percepção, ou seja, toda fragmentação ou compartimentalização da vivência e do conhecimento.

Este processo pedagógico busca a dinâmica entre o sentir, o pensar e o agir. Promove a interação entre saber e prática relacionados à história, às sociedades e às culturas, possibilitando uma relação ensino/aprendizagem de forma efetiva, a partir de experiências vividas, múltiplas e diversas. Considera-se também nesta proposta a vertente lúdica como processo e resultado, como conteúdo e forma. É necessário que se pense o lúdico na sua essencialidade.

Portanto, ao nos deparar com algo que nos chame a atenção, podemos fazer uma associação de como aquilo foi feito, que material utilizado, o trabalho que foi gerado, para realmente perceber que foi algo artístico, pois a arte é o sentimento expresso de maneira concreta.

abs a todos e um ótimo final de semana.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

O Mar e a Floresta

Katarini em ComunicaçãoMídiaAmbiente&Diversidade
Na terra do frevo

Semana passada estava super atropelada com seminário de pré qualificação do mestrado e deixei de postar, me senti super culpada, mas fazer o quê?. Em final de ano é muito difícil controlar os afazeres. Hoje, não poderia cometer a mesma falha, acontece que estou em Pernambuco, e para minha surpresa quando fui entrar para postar: "tentativa de acesso a conteúdo não autorizado" Pasme! o blog do Vidágua não é autorizado...nem sei onde mais isso acontece, mas estou hospedada na sede do Ibama em Tamandaré, e não é permitido acesso a blogs... não sabem o que estão perdendo...estão em frente ao mar, contam com uma reserva biológica incrível, vegetação nativa, mas restrigem o conteúdo pela preservação da Água e Floresta.

Todavia, se tiverem lendo este post, dei um jeito de 'blogar', ou melhor, fizeram para mim...

Pois bem, estou em Tamandaré, um dos pontos focais do projeto Meros do Brasil (www.merosdobrasil.org) participando de um evento sobre avaliação do status de conservação dos peixes marinhos, promovido pela IUCN. Duas famílias estão sendo avaliadas aqui: os cientistas sentam, reúnem os trabalhos existentes sob re cada espécie e preenchem um enorme formulário sobre a situaçao do bicho e depois chegam a uma conclusão: ameçada, em perigo, vulnerável, sem informaçoes suficientes (as classificações tem metodologia a cumprir, devidamente definida pela IUCN e tals) É destas reuniões que saem as listas vermelhas de espécie ameaçadas. Deu pra perceber que literalmente estou um peixe fora d`água? É importante perceber como tem pessoas no Brasil e no mundo preocupadas com a conservação marinha. Preocupadas em preservar a vida embaixo d'água sem pensar em nenhum tipo de retorno imediato. Que defendem uma prática de pesca não predatória e uma relação harmoniosa do homem com o mar. Eu estou tendo esta dimensão agora, depois do Meros do Brasil.

Eles passaram um vídeo muito interessante ontem, que mostra a degradação no fundo do mar...que diferente de uma queimada de vegetaçao, destruiçã o de florestas, não é explícito e não fica evidente para combater.Tem uma versão deste vídeo no youtube, depois passo o link, porque o conteúdo está mais uma vez não autorizado.

Agora a tarde tem a avaliação do Mero, que está classificado até então como criticamente ameaçado, ou seja, corre perigo de extinção. Vamos ver o que mudou. Eu mando notícias

Volto em breve.
forte abraço
Katarini

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Desastre anunciado

Santa Catarina, sob águas, pede água (literalmente); enquanto isto, em Bauru, muitos cidadãos se manifestam pela manutenção de floresta urbana.
Qual a relação entre os dois acontecimentos? Água&Floresta! A santa água potável, sem a qual é impossível a vida humana. A grande floresta (não necessariamente floresta grande) que protege os mananciais e permite a continuidade da vida.
É a interação água e floresta e demais elementos, a que convencionamos chamar de meio ambiente, e que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas (conforme conceito da Lei 6.938/81).
O desastre em Santa Catarina que se soma a outros de mesmo gênero bastante significativos e os problemas como a seca no Nordeste podem até não ser conseqüências do aquecimento global, mas são, com certeza, de falta de planejamento.
A ocupação irregular de áreas que devem ser preservadas e a destruição de nossas últimas reservas florestais cobram altos preços aos quais todos teremos que pagar, atingindo primeiramente os menos favorecidos.
O governo brasileiro, conforme divulgado na última semana, assume (?) metas para reduzir o desmatamento e emissão de gases de efeito estufa*, mas precisa se preocupar também em corrigir distorções que colocam em risco milhares de cidadãos. Não podemos ficar esperando que o desastre bata em nossa porta, para começarmos a agir. Prevenir e precaver é muito mais simples que consertar. Nossa participação na defesa e conservação do meio ambiente é impositiva e essencial.

* simultaneamente, há proposta de alteração do Código Florestal com, entre outras medidas, a consolidação de ocupações ilegais em áreas de preservação permanente (?!!!!).

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Pode ser marketing, mas dá certo!

Políticas para a preservação da Água&Floresta - Ivy

No início da gestão do engenheiro agrônomo Xico Graziano a frente da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de SP várias ações foram lançadas por ele, intituladas "21 projetos ambientais estratégicos". Cada um tem um site (ou pelo menos um pop-up), uma logomarca, uma definição de metas, atividades que devem ser desenvolvidas em todo o Estado simultaneamente e até um check list que pode ser usado como critério de seleção para as cidades obterem recursos do Estado, o chamado "Município Verde".

No início, parecia puro marketing, ações que dariam muito retorno de mídia, dariam ótimos outdoors e panfletos e não trariam grandes mudanças. Mas deixo aqui registrada a mudança da MINHA opinião. Claro que essas ações são recheadas de elementos para agradar aos veículos de comunicação (quem não gosta de divulgar um mutirão com milhares de crianças plantando árvores, ou um mutirão para que as pessoas evitem o uso de sacolas plásticas, ou mesmo para a destinação correta de lixo eletrônico?!), mas elas têm surpreendido pelo seu resultado também!

O Desmatamento Zero é uma ação que vem sendo desenvolvida rigorosamente nos biomas Cerrado e Mata Atlântica (em dois momentos já houve proibição, inclusive até março de 2009), e não simplesmente para não se desmatar e acabou. Existem pessoas discutindo critérios, baseados em estudos, para regular o uso de áreas desses biomas no Estado, para gerar documentos como a Resolução SMA 14/08, por exemplo, que disciplinou a supressão do cerrado em parcelamentos de solo. Hoje em dia, em estágio avançado, este bioma deve ter 70% de sua área preservada em processos de loteamento, o que é uma grande vitória e reflete em sua preservação.

Outro caso de sucesso que ficou evidente nos últimos dias foi o Município Verde. Em junho de 2007 este programa foi lançado e incentivou os municípios paulistas a se empenharem no cumprimento de dez metas ambientais, que incluem tratamento de esgoto, programa de arborização urbana, lixo mínimo, educação ambiental, uso racional da água, controle da poluição, conselhos municipais de meio ambiente deliberativos, etc. Mais de 600 municípios assinaram protocolo de intenção e cerca de 300 fizeram a "lição de casa" e mandaram seus relatórios de atividades, para verificação e análise do cumprimento das metas.

Vários municípios aqui da região não entraram no "ranking" e a imprensa foi em cima de cada um deles, dando destaque nas manchetes para o não cumprimento das metas. Tenho visto prefeitos e secretários tentando reverter a situação (a avaliação é contínua e no próximo ano nova lista será publicada), querendo melhorar sua pontuação e avaliando as causas de não estarem na famosa lista.

Você, que está lendo este post, também pode participar dos 21 projetos ambientais estratégicos. Até o dia 14/12 está disponível uma "web" consulta pelo www.cenarios2020.sp.gov.br, que tem o objetivo de avaliar a nossa percepção sobre a questão ambiental e o que queremos para os próximos anos. Visite e preencha o questionário, são poucos minutos do seu tempo!

Enfim, nem sempre o marketing é negativo, vamos aproveitar as oportunidades em que ele pode fazer bem, melhorar as nossas vidas e ainda ajudar a preservação da Água&Floresta!

Até semana que vem!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

E assim chego com meu primeiro post!

Olá pessoal...

Me apresento hoje como novo colaborador do blog. Chego, finalmente, como estagiário de comunicação do Instituto e, a partir de agora, postarei todas as sextas, trazendo informação e reflexão sobre as temáticas ambientais que estão ligadas ao Vidágua e à comunicação. 

Fiz aqui uma participação especial já, com o texto "A História das Coisas", e espero poder compartilhar outras idéias produtivas com os colaboradores e os visitantes. 

Fica hoje a minha apresentação apenas, devido à falta de tempo, mas sexta que vem volto com tudo e disposto para o diálogo de idéias e a troca de informações!

Um grande abraço a todos, e até a próxima!


terça-feira, 2 de dezembro de 2008

A vingança...

Nós, a Água e a Floresta - Fernanda

Fala povo!

É, não dá pra fugir do assunto… Principalmente se é manchete em jornais, revistas, na TV...
Como escreveu a Ivy ontem, todo ano é a mesma coisa... Mas, até quando??
O que aconteceu em Santa Catarina chocou a todos, especialmente pela quantidade de vítimas e pelas imagens impressionantes das enchentes e desabamentos. E tenho certeza que muitos pensam, “e se fosse comigo?? Com minha família??”
Será que isso não pode acontecer em outros lugares??
Será que pode acontecer em nossa cidade??
Infelizmente, a resposta a estas duas perguntas é: SIM, pode acontecer em qualquer lugar!!
E a responsabilidade é nossa.
A culpa não é de São Pedro!
Em vários posts deste blog (meus e dos outros colaboradores), em diversos outros meios de comunicação, a muito tempo vemos dados e informações que confirmam as alterações que estamos operando em nosso planeta, no clima, na água e na floresta.
E por várias vezes, só esse ano, vimos situações que demonstram isso: chuva de mais, chuva de menos, frio de mais, calor de mais... E quem leva a pior???
E depois da tragédia consumada, o que se faz??
NADA!!!!
O governo disponibiliza milhões para se “consertar” os estragos, a população tenta “remediar” ajudando como pode... Mas e as causas disso tudo??
O dinheiro do governo, a ajuda humanitária, as campanhas para enviar mantimentos irão devolver a vida daqueles que morreram???
Será que não é mais inteligente entender o que está acontecendo e evitar novas tragédias??
O dinheiro gasto para tentar consertar os estragos não seria melhor empregado se usado para preservar as encostas desocupadas e reflorestadas; os rios limpos, desassoreados e com suas matas ciliares conservadas?? Não seria melhor gastar esse dinheiro oferecendo moradias dignas, emprego e educação??
Não dá pra justificar dizendo que não se pode prever esse tipo de coisa!
Todo ano, na mesma época, isso acontece... O problema é que cada ano fica pior, os estragos são maiores...
Os ambientalistas mais radicais dizem em seus discursos que um dia a Natureza vai se vingar... Acho que esse dia chegou...


Inté...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Tragédias quando nos esquecemos da Água&Floresta




Esquerda: rio Pinheiro na década de 30. Direita: desmoronamento em SC
Políticas para a preservação da Água&Floresta - Ivy




Todo verão é a mesma coisa: chove torrencialmente, cidades inteiras ficam alagadas e casas localizadas em morros desmoronam. Algumas vezes, esses acidentes tomam dimensões que comovem a todos, como o caso recente de Santa Catarina, onde, até o momento da elaboração deste post, 114 óbitos haviam sido registrados.




Vamos refletir um pouco: na formação das cidades muitos rios foram canalizados. Em São Paulo, o rio Pinheiros, que era cheio de curvas em toda a sua extensão, foi colocado num "corselet" de concreto e ficou retinho e pelado, sem nenhuma árvore em seu entorno (fora as poucas nas calçadas e uma graminha sem vergonha). Outra coisa curiosa: inverteram o curso do rio! Quando chove, o rio transborda, numa reação à ação antrópica. A grande justificativa para essa obra foi acabar com as constantes inundações. Por favor, alguém me esclareça: as inundações acabaram????




Em Bauru, temos o mesmo caso, um pouquinho mais grave. O Ribeirão das Flores, que corria desde a altura do Anfiteatro Vitória Régia (ainda existe uma nascente por lá, que serve de abrigo para indigentes e como depósito de lixo), foi canalizado e sobre ele foi construída a Avenida Nações Unidas. Toda chuva, por mais fraca que seja, causa um enorme transtorno na altura da rodoviária, só de bote é possível passar por lá, fora que todo o trecho se enche de terra e facilita a ocorrência de acidentes.




A tragédia que recém aconteceu em Santa Catarina nos chama a atenção pela quantidade de óbitos. Além disso, mais de 78.000 pessoas tiveram que deixar suas casas! Uma imagem, em especial, chamou a minha atenção: a do morro que desmoronou com várias casas... um casal que morava em frente conseguiu filmar todo o acontecimento. Mas o que não está em discussão na mídia, mas circula nas listas ambientalistas, é a total omissão e descaso do governador de SC, Luiz Henrique da Silveira, que, quando foi prefeito de Joinville, declarou abertamente que os ambientalistas atravancavam o desenvolvimento. Recusou-se, já na condição de governador, a criar unidades de conservação em áreas hoje alagadas. Ganhador do troféu Moto-serra em 2006, esse senhor agora atribui toda a culpa da tragédia às chuvas (pobre São Pedro, nem pode se defender diante do herege). O presidente Lula esteve em SC semana passada e destinou quase R$2 bilhões para a recuperação dos municípios atingidos (que dinheiro trará as vidas de volta, ou mesmo reconstituirá a rotina das milhares de pessoas desabrigadas e traumatizadas por ver tudo o que tinham indo, literalmente, por água abaixo???).




As políticas de preservação da Água&Floresta não beneficiam apenas ambientalistas, ou o que é natural. Elas podem salvar vidas, gerar renda e, principalmente, garantir que novas vidas possam habitar este mundo. Infelizmente, aqueles que são responsáveis pelas políticas públicas não têm a humildade de reconhecer o equívoco de suas posturas de desenvolvimento a qualquer custo mesmo quando fica evidente sua relação com as catástrofes.




Independente dessa palhaçada política, vamos nos solidarizar com aqueles que não têm culpa (ou têm uma parcela por darem seus votos a pessoas que não têm compromisso público), mas estão sofrendo neste momento.




Grande abraço a todos e até semana que vem!