segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

14 ANOS HOJE!!!!!!!!!!


Há 14 anos atrás um grupo de pessoas preocupadas com os recursos hídricos no município de Bauru fundaram o Instituto Ambiental Vidágua.


Quem diria que aquela pequena iniciativa cresceria tanto a ponto do Vidágua se tornar referência no cenário ambiental brasileiro, desenvolvendo projetos, mobilizando a sociedade, cobrando os poderes constituídos e acima de tudo plantando o respeito ao próximo!!!!!


Àquele grupo inicial, nosso muito obrigado!!!! A todos que passaram por aqui, agradecemos o empenho!!!! Aos que seguem trabalhando, carreguem suas energias, porque em 2009 tem muito mais!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Aos nossos amigos e colaboradores, um ótimo Ano Novo e que o Vidágua complete muitos outros aniversários!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


P.S.: deixarei em breve p/ vcs um vídeo feito por um dos fundadores e atual colaborador, Clodoaldo Gazzetta!


terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Vidágua em recesso


Prezados,


Informamos que o Instituto Ambiental Vidágua, sede Bauru, entra em recesso a partir de hoje, 22/12, retornando às atividades em 5 de janeiro de 2009. O escritório no centro da cidade (7 de setembro 6-50) e o Viveiro de Mudas Nativas (Av. Cruzeiro do Sul, 26-40) estarão fechados. Os contatos poderão ser feitos pelos celulares (14) 97111213 e (14) 81173448

Lembramos que a instituição completa 14 anos no dia 29 de dezembro, e está fazendo uma avaliação da trajetória de trabalho. Mais informações em http://www.vidagua.org.br/

Aproveitamos para desejar um excelente final de ano e um recomeço ainda melhor!
Abraços,
Equipe Vidágua

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Pra tudo cabe moderação...

E ai pessoal!

E mais uma vez outro ano se finda. Pra mim, que aqui estou começando no fim, a sensação de começo no trabalho se mistura com a conclusão de ano. Uma sensação meio estranha...

Como todo começo tem aquele "gás", também não falta entusiasmo pra avaliar o que sempre retorna a acontecer nas festas de fim de ano. Como é sabido, as indústrias e o comércio multiplicam a sua produção neste época de modo a suprir a imensa demanda gerada pela população que não teve a oportunidade de consumir o que almejaram o ano todo. Afinal, dezembro também é época de 13º e esse dinheiro recebido tem que circular de alguma forma: esta forma é chamada de compras natalinas. Isso inclui todos os artefatos comumente usados em nosso cotidiano: eletrodomésticos, roupas, calçados, brinquedos da criançada e, naturalmente, bebidas alcoólicas.

O consumismo de bebidas vem há anos caminhando ao lado da instrução-clichê: "beba com moderação", no entanto essa tentativa de disciplinar o povo a não encher a cara toda vez que bebe parece não ter dado muito certo: tenho a impressão de que as pessoas desejam sempre uma saciação com proporções muito maiores do que elas realmente necessitam, e isto acontece em quase tudo. Como esta instrução deve ter dado errado - porque muitas pessoas continuaram se matando nas estradas -, inventaram a tal "lei seca".

Não estou dizendo que deveria haver uma lei seca para o consumo das bugigangas que todo ano a gente renova, já que a do ano passado perdeu a graça. 
Nós vemos em toda parte "beba com moderação", mas jamais veremos "consuma com moderação". Pelo menos não nos meios convencionais de publicidade. E isso é uma pena, porque assim como o consumo excessivo de álcool entorpece a gente ao ponto de colocarmos em risco a vida dos outros, os bens que adquirimos também estão extraindo a vida - "invisível" - do planeta. É sempre válido dizer que o problema nunca está no consumo, mas na má compreensão do que é necessário e do que é excesso. O exagero é sempre a pior droga, o pior entorpecente. Exagerando, sempre se mata, mas algumas coisas se mata visivelmente e outras invisivelmente(leia-se sem ter consciência). 

Os recursos naturais, o próprio equilíbrio natural requer certa moderação de nossa parte. Pois além da extração que é o começo do ciclo, nós muito bem sabemos onde vai terminar este ciclo com todas as bugigangas que já "não prestam pra mais nada". 

É ótimo que haja estes outros meios convencionais em que podemos publicar livremente: "consuma, mas consuma com moderação".

É isso aí galera, que a nossa conclusão do calendário seja um pouco mais moderada. 
Ótimas festas e até o ano que vem!

Forte abraço!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Um Feliz e Consciente Natal!

De partida para um mundo mais verde... Vale do Ribeira!
Em contagem regressiva também para meu merecido descanso

E quem não acha que o ano passou correndo e que já estaremos em 2009... Nossa, já é Natal? Pois é, Feliz Natal.

Mas Natal, vem junto com alguma reflexão, fortalecimento de laços e muuuuuito consumismo, exagero e constrangimentos. Mas uma pesquisa me deixou mais otimista, inclusive divulgamos no site do Vidágua. Sondagem das Expectativas do Consumidor sobre o tema, divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Estadão, no começo do mês mostrou que o ímpeto de compra do brasileiro está menos intenso. "O porcentual de pessoas que informaram que vão gastar menos com presentes para a data subiu de 25,8% para 44,8%, com relação ao ano passado". A crise financeira é responsável pela pisada no freio, mas mostra que é possível passar um Natal mais econômico.

E vale dar mais alguns toques em quem ainda vai comprar presentinhos...O Instituto Akatu pelo Consumo Consciente conta 14 dicas especiais para as compras de Natal em seu site: http://www.akatu.org.br/central/imprensa/releases/pratique-o-consumo-consciente-no-natal/?searchterm=natal*

Dá uma verificada! e mão na consciência

...E encerrando o ano com chave de ouro.Sexta-feira será inaugurado o novo viveiro de mudas do Vidágua, em Ilha Comprida (mais informações em www.vidagua.org.br)

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Chegando ao fim...

Nós, a Água e a Floresta - Fernanda

Pois é, mais um ano terminou…
Como todo ano, refletimos sobre o que fizemos, o que deixamos de fazer, o que conquistamos e como mudamos nosso futuro.
É “costume”, no fim de cada ano, prometermos mudanças de atitudes como comer menos, fazer exercício, guardar dinheiro... Estabelecemos algumas metas para tentar melhorar.
Entre estas promessas, poderíamos incluir separar o lixo, usar água racionalmente, não jogar lixo no chão, se informar e participar de ações ambientais na minha comunidade, comprar apenas o necessário, adquirir e usar uma sacola de compras permanente (evitar o máximo as sacolinhas de plástico), ajudar o próximo, doar sangue regularmente...
Ou seja, depois de tudo que acontece durante um ano, temos que pensar um pouco mais em como nos relacionamos e agimos com nosso entorno. Como agimos em sociedade, como nos comportamos depois de uma notícia ruim, depois de saber de um desastre ou de uma “falcatrua” política...O que fazemos e o que poderíamos fazer??
Nossa postura e nossas ações interferem e modificam nosso futuro. E podem interferir e modificar o futuro do planeta!
Temos um tempinho ainda até 2009.
Dá tempo de refletir, relembrar e estabelecer algumas metas para melhorar nossa postura de cidadãos.
O que fazemos que realmente pode melhorar nossa vida?
O que deixamos de fazer por preguiça ou comodismo?
Como agir de forma mais consciente social e ecologicamente e mais atuante por mim e pela minha comunidade?

Pense sobre isso...


Inté!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Mais um sonho que vira realidade!!!!!!


Políticas para a preservação da Água&Floresta - Ivy


Final de ano é época de reflexão e de recuperar as energias gastas, para começar um novo ano de muitas realizações! O Vidágua, que completa 14 anos no próximo dia 29, está fechando o ano com chave de ouro, com uma grande homenagem à Água&Floresta: a inauguração do Viveiro de Mudas Nativas de Ilha Comprida - Manejo Agroecológico!


Coordenado pelo competentíssimo Engenheiro Florestal Marcos Diniz, nosso representante lá no Vale do Ribeira, o viveiro produzirá 400.000 mudas por safra e abastecerá projetos e ações socioambientais naquela região. O perfil do Marcão (como o chamamos carinhosamente) faz com que toda a construção e a proposta de produção sejam agroecológicas, ou seja, busquem o menor impacto possível em todos os processos, inclusive na construção.


Para vocês terem uma idéia, a casinha que abriga a bomba do poço tem telhado verde, ou seja, é feito com uma técnica que faz a água da chuva ser absorvida no próprio espaço do telhado. Em geral, são usadas gramíneas, mas lá, local com características muito peculiares, com muito sol, vento e maresia, foi necessário encontrar outro tipo de vegetação. Aí vem um grande exemplo da sensibilidade do Marcão. Ele começou a observar quais plantas cresciam no entorno da área e se inspirou nelas para encontrar a cobertura ideal para o telhado!


Em fevereiro será construído o barracão de atividades através de oficina de bioarquitetura (saiba mais sobre a oficina no site do Vidágua - http://www.vidagua.org.br/). No dia 19 acontecerá a inauguração e a expectativa é enorme!!!!!!!


Gostaria de agradecer a todos que ajudaram neste processo!!!!!!! Foram muitos os que se empenharam para mais este sonho se tornar real, e tenho medo de citar nomes e acabar esquecendo de alguém!!!! Por isso, todos sintam-se abraçados, agradecidos e, por que não, abençoados, pois este local ainda vai gerar muitos frutos!!!!!!!


Vejam pela foto se nao é para ficar emocionado com isso!!!!!!


Um beijo ENORME e cheio de orgulho!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Sem Despedidas


Mitos e Meios Ambientes - Camis, Dani, Saulo

Salve, Salve, meu povo! E se passaram seis meses de "vidaguazando", e se chega em Dezembro. E se encerra fases, e estágios! Esse é meu ultimo post como estagiária do Vidágua, espero que não o ultimo como amiga do Instituto...

Sem choraminguar, vou deixar um link bem legal pra vcs. Trata-se de uma técnica de reciclagem de lixo orgânico, que se transforma em fertlizante!! e dá pra fazer isso na cozinha da casa da gente, sem cheiro ruim, e sem bagunça. A ideia foi trazida para o Brasil, por um pessoal da UnB, que viram o projeto em uma cidade lá na Austrália, essa cidade já recicla 100% do seu lixo orgânico, todas as casas tem o equipamento necessário. Pena eu não lembrar agora o nome da bendita cidade australiana....

Bom, mas o processo todo é por causa de umas minhoquinhas...
Interessou? dá uma olhada na idéia, que eu achei bem bacana.

http://www.minhocasa.com


O lixo Orgânico que a gente produz pode ser re-utlizado para o beneficio de todos, boas idéias assim é que vão manter o nosso meio ambiente, vão manter a nossa Água&Floresta!

Bom, gente é isso. Adorei a vida de Vidágua e levarei comigo ótimas lembranças e conceitos aprendidos aqui! Boas festividades a todos e um novo ano de sorrisos largos à todos!

Beijo meu.
Camila F.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Educação para a arte

Água e Floresta, que Educação é esta? - Ivan

Hoje vou falar um pouco sobre a Educação Ambiental num contexto artistico - aproveitando a estréia de Madagascar 2 - tudo a ver com o assunto.

A Arte no contexto educativo - Para que esta afirmação se torne uma realidade, acreditamos que é através do espaço educativo que se possa efetivamente dar uma contribuição no sentido de possibilitar o acesso à arte a uma grande maioria de crianças e jovens.

Sendo a escola o primeiro espaço formal onde se dá o desenvolvimento de cidadãos, nada melhor que por aí se dê o contato sistematizado com o universo artístico e suas linguagens: artes visuais, teatro, dança, música e literatura. Contudo, o que se percebe é que o ensino da arte está relegado ao segundo plano, ou é encarado como mera atividade de lazer e recreação. Desde o profissional contratado, muitas vezes tendo que lidar com os conteúdos das linguagens de forma polivalente, até o pequeno número de horas destinadas ao ensino das linguagens artísticas, a expansão de que nos fala a professora Ana Mae Barbosa se torna canhestra, quase sempre inexistente.

A concepção de arte no espaço implica numa expansão do conceito de cultura, ou seja, toda e qualquer produção e as maneiras de conceber e organizar a vida social são levadas em consideração. Cada grupo inserido nestes processos configura-se pelos seus valores e sentidos, e são atores na construção e transmissão dos mesmos. A cultura está em permanente transformação, ampliando-se e possibilitando ações que valorizam a produção e a transmissão do conhecimento. Cabe então negar a divisão entre teoria e prática, entre razão e percepção, ou seja, toda fragmentação ou compartimentalização da vivência e do conhecimento.

Este processo pedagógico busca a dinâmica entre o sentir, o pensar e o agir. Promove a interação entre saber e prática relacionados à história, às sociedades e às culturas, possibilitando uma relação ensino/aprendizagem de forma efetiva, a partir de experiências vividas, múltiplas e diversas. Considera-se também nesta proposta a vertente lúdica como processo e resultado, como conteúdo e forma. É necessário que se pense o lúdico na sua essencialidade.

Portanto, ao nos deparar com algo que nos chame a atenção, podemos fazer uma associação de como aquilo foi feito, que material utilizado, o trabalho que foi gerado, para realmente perceber que foi algo artístico, pois a arte é o sentimento expresso de maneira concreta.

abs a todos e um ótimo final de semana.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

O Mar e a Floresta

Katarini em ComunicaçãoMídiaAmbiente&Diversidade
Na terra do frevo

Semana passada estava super atropelada com seminário de pré qualificação do mestrado e deixei de postar, me senti super culpada, mas fazer o quê?. Em final de ano é muito difícil controlar os afazeres. Hoje, não poderia cometer a mesma falha, acontece que estou em Pernambuco, e para minha surpresa quando fui entrar para postar: "tentativa de acesso a conteúdo não autorizado" Pasme! o blog do Vidágua não é autorizado...nem sei onde mais isso acontece, mas estou hospedada na sede do Ibama em Tamandaré, e não é permitido acesso a blogs... não sabem o que estão perdendo...estão em frente ao mar, contam com uma reserva biológica incrível, vegetação nativa, mas restrigem o conteúdo pela preservação da Água e Floresta.

Todavia, se tiverem lendo este post, dei um jeito de 'blogar', ou melhor, fizeram para mim...

Pois bem, estou em Tamandaré, um dos pontos focais do projeto Meros do Brasil (www.merosdobrasil.org) participando de um evento sobre avaliação do status de conservação dos peixes marinhos, promovido pela IUCN. Duas famílias estão sendo avaliadas aqui: os cientistas sentam, reúnem os trabalhos existentes sob re cada espécie e preenchem um enorme formulário sobre a situaçao do bicho e depois chegam a uma conclusão: ameçada, em perigo, vulnerável, sem informaçoes suficientes (as classificações tem metodologia a cumprir, devidamente definida pela IUCN e tals) É destas reuniões que saem as listas vermelhas de espécie ameaçadas. Deu pra perceber que literalmente estou um peixe fora d`água? É importante perceber como tem pessoas no Brasil e no mundo preocupadas com a conservação marinha. Preocupadas em preservar a vida embaixo d'água sem pensar em nenhum tipo de retorno imediato. Que defendem uma prática de pesca não predatória e uma relação harmoniosa do homem com o mar. Eu estou tendo esta dimensão agora, depois do Meros do Brasil.

Eles passaram um vídeo muito interessante ontem, que mostra a degradação no fundo do mar...que diferente de uma queimada de vegetaçao, destruiçã o de florestas, não é explícito e não fica evidente para combater.Tem uma versão deste vídeo no youtube, depois passo o link, porque o conteúdo está mais uma vez não autorizado.

Agora a tarde tem a avaliação do Mero, que está classificado até então como criticamente ameaçado, ou seja, corre perigo de extinção. Vamos ver o que mudou. Eu mando notícias

Volto em breve.
forte abraço
Katarini

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Desastre anunciado

Santa Catarina, sob águas, pede água (literalmente); enquanto isto, em Bauru, muitos cidadãos se manifestam pela manutenção de floresta urbana.
Qual a relação entre os dois acontecimentos? Água&Floresta! A santa água potável, sem a qual é impossível a vida humana. A grande floresta (não necessariamente floresta grande) que protege os mananciais e permite a continuidade da vida.
É a interação água e floresta e demais elementos, a que convencionamos chamar de meio ambiente, e que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas (conforme conceito da Lei 6.938/81).
O desastre em Santa Catarina que se soma a outros de mesmo gênero bastante significativos e os problemas como a seca no Nordeste podem até não ser conseqüências do aquecimento global, mas são, com certeza, de falta de planejamento.
A ocupação irregular de áreas que devem ser preservadas e a destruição de nossas últimas reservas florestais cobram altos preços aos quais todos teremos que pagar, atingindo primeiramente os menos favorecidos.
O governo brasileiro, conforme divulgado na última semana, assume (?) metas para reduzir o desmatamento e emissão de gases de efeito estufa*, mas precisa se preocupar também em corrigir distorções que colocam em risco milhares de cidadãos. Não podemos ficar esperando que o desastre bata em nossa porta, para começarmos a agir. Prevenir e precaver é muito mais simples que consertar. Nossa participação na defesa e conservação do meio ambiente é impositiva e essencial.

* simultaneamente, há proposta de alteração do Código Florestal com, entre outras medidas, a consolidação de ocupações ilegais em áreas de preservação permanente (?!!!!).

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Pode ser marketing, mas dá certo!

Políticas para a preservação da Água&Floresta - Ivy

No início da gestão do engenheiro agrônomo Xico Graziano a frente da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de SP várias ações foram lançadas por ele, intituladas "21 projetos ambientais estratégicos". Cada um tem um site (ou pelo menos um pop-up), uma logomarca, uma definição de metas, atividades que devem ser desenvolvidas em todo o Estado simultaneamente e até um check list que pode ser usado como critério de seleção para as cidades obterem recursos do Estado, o chamado "Município Verde".

No início, parecia puro marketing, ações que dariam muito retorno de mídia, dariam ótimos outdoors e panfletos e não trariam grandes mudanças. Mas deixo aqui registrada a mudança da MINHA opinião. Claro que essas ações são recheadas de elementos para agradar aos veículos de comunicação (quem não gosta de divulgar um mutirão com milhares de crianças plantando árvores, ou um mutirão para que as pessoas evitem o uso de sacolas plásticas, ou mesmo para a destinação correta de lixo eletrônico?!), mas elas têm surpreendido pelo seu resultado também!

O Desmatamento Zero é uma ação que vem sendo desenvolvida rigorosamente nos biomas Cerrado e Mata Atlântica (em dois momentos já houve proibição, inclusive até março de 2009), e não simplesmente para não se desmatar e acabou. Existem pessoas discutindo critérios, baseados em estudos, para regular o uso de áreas desses biomas no Estado, para gerar documentos como a Resolução SMA 14/08, por exemplo, que disciplinou a supressão do cerrado em parcelamentos de solo. Hoje em dia, em estágio avançado, este bioma deve ter 70% de sua área preservada em processos de loteamento, o que é uma grande vitória e reflete em sua preservação.

Outro caso de sucesso que ficou evidente nos últimos dias foi o Município Verde. Em junho de 2007 este programa foi lançado e incentivou os municípios paulistas a se empenharem no cumprimento de dez metas ambientais, que incluem tratamento de esgoto, programa de arborização urbana, lixo mínimo, educação ambiental, uso racional da água, controle da poluição, conselhos municipais de meio ambiente deliberativos, etc. Mais de 600 municípios assinaram protocolo de intenção e cerca de 300 fizeram a "lição de casa" e mandaram seus relatórios de atividades, para verificação e análise do cumprimento das metas.

Vários municípios aqui da região não entraram no "ranking" e a imprensa foi em cima de cada um deles, dando destaque nas manchetes para o não cumprimento das metas. Tenho visto prefeitos e secretários tentando reverter a situação (a avaliação é contínua e no próximo ano nova lista será publicada), querendo melhorar sua pontuação e avaliando as causas de não estarem na famosa lista.

Você, que está lendo este post, também pode participar dos 21 projetos ambientais estratégicos. Até o dia 14/12 está disponível uma "web" consulta pelo www.cenarios2020.sp.gov.br, que tem o objetivo de avaliar a nossa percepção sobre a questão ambiental e o que queremos para os próximos anos. Visite e preencha o questionário, são poucos minutos do seu tempo!

Enfim, nem sempre o marketing é negativo, vamos aproveitar as oportunidades em que ele pode fazer bem, melhorar as nossas vidas e ainda ajudar a preservação da Água&Floresta!

Até semana que vem!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

E assim chego com meu primeiro post!

Olá pessoal...

Me apresento hoje como novo colaborador do blog. Chego, finalmente, como estagiário de comunicação do Instituto e, a partir de agora, postarei todas as sextas, trazendo informação e reflexão sobre as temáticas ambientais que estão ligadas ao Vidágua e à comunicação. 

Fiz aqui uma participação especial já, com o texto "A História das Coisas", e espero poder compartilhar outras idéias produtivas com os colaboradores e os visitantes. 

Fica hoje a minha apresentação apenas, devido à falta de tempo, mas sexta que vem volto com tudo e disposto para o diálogo de idéias e a troca de informações!

Um grande abraço a todos, e até a próxima!


terça-feira, 2 de dezembro de 2008

A vingança...

Nós, a Água e a Floresta - Fernanda

Fala povo!

É, não dá pra fugir do assunto… Principalmente se é manchete em jornais, revistas, na TV...
Como escreveu a Ivy ontem, todo ano é a mesma coisa... Mas, até quando??
O que aconteceu em Santa Catarina chocou a todos, especialmente pela quantidade de vítimas e pelas imagens impressionantes das enchentes e desabamentos. E tenho certeza que muitos pensam, “e se fosse comigo?? Com minha família??”
Será que isso não pode acontecer em outros lugares??
Será que pode acontecer em nossa cidade??
Infelizmente, a resposta a estas duas perguntas é: SIM, pode acontecer em qualquer lugar!!
E a responsabilidade é nossa.
A culpa não é de São Pedro!
Em vários posts deste blog (meus e dos outros colaboradores), em diversos outros meios de comunicação, a muito tempo vemos dados e informações que confirmam as alterações que estamos operando em nosso planeta, no clima, na água e na floresta.
E por várias vezes, só esse ano, vimos situações que demonstram isso: chuva de mais, chuva de menos, frio de mais, calor de mais... E quem leva a pior???
E depois da tragédia consumada, o que se faz??
NADA!!!!
O governo disponibiliza milhões para se “consertar” os estragos, a população tenta “remediar” ajudando como pode... Mas e as causas disso tudo??
O dinheiro do governo, a ajuda humanitária, as campanhas para enviar mantimentos irão devolver a vida daqueles que morreram???
Será que não é mais inteligente entender o que está acontecendo e evitar novas tragédias??
O dinheiro gasto para tentar consertar os estragos não seria melhor empregado se usado para preservar as encostas desocupadas e reflorestadas; os rios limpos, desassoreados e com suas matas ciliares conservadas?? Não seria melhor gastar esse dinheiro oferecendo moradias dignas, emprego e educação??
Não dá pra justificar dizendo que não se pode prever esse tipo de coisa!
Todo ano, na mesma época, isso acontece... O problema é que cada ano fica pior, os estragos são maiores...
Os ambientalistas mais radicais dizem em seus discursos que um dia a Natureza vai se vingar... Acho que esse dia chegou...


Inté...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Tragédias quando nos esquecemos da Água&Floresta




Esquerda: rio Pinheiro na década de 30. Direita: desmoronamento em SC
Políticas para a preservação da Água&Floresta - Ivy




Todo verão é a mesma coisa: chove torrencialmente, cidades inteiras ficam alagadas e casas localizadas em morros desmoronam. Algumas vezes, esses acidentes tomam dimensões que comovem a todos, como o caso recente de Santa Catarina, onde, até o momento da elaboração deste post, 114 óbitos haviam sido registrados.




Vamos refletir um pouco: na formação das cidades muitos rios foram canalizados. Em São Paulo, o rio Pinheiros, que era cheio de curvas em toda a sua extensão, foi colocado num "corselet" de concreto e ficou retinho e pelado, sem nenhuma árvore em seu entorno (fora as poucas nas calçadas e uma graminha sem vergonha). Outra coisa curiosa: inverteram o curso do rio! Quando chove, o rio transborda, numa reação à ação antrópica. A grande justificativa para essa obra foi acabar com as constantes inundações. Por favor, alguém me esclareça: as inundações acabaram????




Em Bauru, temos o mesmo caso, um pouquinho mais grave. O Ribeirão das Flores, que corria desde a altura do Anfiteatro Vitória Régia (ainda existe uma nascente por lá, que serve de abrigo para indigentes e como depósito de lixo), foi canalizado e sobre ele foi construída a Avenida Nações Unidas. Toda chuva, por mais fraca que seja, causa um enorme transtorno na altura da rodoviária, só de bote é possível passar por lá, fora que todo o trecho se enche de terra e facilita a ocorrência de acidentes.




A tragédia que recém aconteceu em Santa Catarina nos chama a atenção pela quantidade de óbitos. Além disso, mais de 78.000 pessoas tiveram que deixar suas casas! Uma imagem, em especial, chamou a minha atenção: a do morro que desmoronou com várias casas... um casal que morava em frente conseguiu filmar todo o acontecimento. Mas o que não está em discussão na mídia, mas circula nas listas ambientalistas, é a total omissão e descaso do governador de SC, Luiz Henrique da Silveira, que, quando foi prefeito de Joinville, declarou abertamente que os ambientalistas atravancavam o desenvolvimento. Recusou-se, já na condição de governador, a criar unidades de conservação em áreas hoje alagadas. Ganhador do troféu Moto-serra em 2006, esse senhor agora atribui toda a culpa da tragédia às chuvas (pobre São Pedro, nem pode se defender diante do herege). O presidente Lula esteve em SC semana passada e destinou quase R$2 bilhões para a recuperação dos municípios atingidos (que dinheiro trará as vidas de volta, ou mesmo reconstituirá a rotina das milhares de pessoas desabrigadas e traumatizadas por ver tudo o que tinham indo, literalmente, por água abaixo???).




As políticas de preservação da Água&Floresta não beneficiam apenas ambientalistas, ou o que é natural. Elas podem salvar vidas, gerar renda e, principalmente, garantir que novas vidas possam habitar este mundo. Infelizmente, aqueles que são responsáveis pelas políticas públicas não têm a humildade de reconhecer o equívoco de suas posturas de desenvolvimento a qualquer custo mesmo quando fica evidente sua relação com as catástrofes.




Independente dessa palhaçada política, vamos nos solidarizar com aqueles que não têm culpa (ou têm uma parcela por darem seus votos a pessoas que não têm compromisso público), mas estão sofrendo neste momento.




Grande abraço a todos e até semana que vem!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Assim eu quereria o meu último post...

Mitos e Meios Ambientes - Ani, Camis, Dani, Saulo (?)

Salve! Salve a todos do meu Brasil!!!

Pois é pessoal... Com Grande Tristeza que anuncio a minha saída do Coletivo...
Após 6 meses muito legais, produtivos, divertidos e agitados, a vida em Bauru me reserva outros caminhos...

Assim eu quereria o meu último post...
que marcasse o fim de uma etapa e o início de muitas outras...para mim, que vou, e para todos os que ficam...

Quero Agradecer a todos do Coletivo pela Oportunidade e pelos ótimos momentos que pude passar com vocês!!!

Quero Agradecer aos leitores também, pela força que nos deram para manter vivo este pequeno sonho de criar, na rede, uma forma de mostrar o que pensamos, o que fazemos e dialogar com quem se interessa de uma forma ampla e dinâmica!!!

Espero que este espaço não se perca no tempo e nos compromissos de todos - sei o quanto é dificil mantê-lo vivo - e estarei sempre acompanhando, de pertinho, tudo isso!!!
(Vocês não vão se livrar tão fácil de mim...hahaha!!!)

E, como velho costume, deixo um videozinho (na barra lateral, claro...):
Na verdade, o trailler do SANEAMENTO BÁSICO - O FILME...
Espero que o assistam, quando puderem...


Mas, já adianto a MORAL DA HISTÓRIA:

Não importa o que aconteça: Não abandonemos nossos/seus sonhos!
Lutemos por eles de uma forma clara e justa!
E, principalmente:
Não deixemos que pequenas realizações - trazidas até nós de forma sombria e duvidosa - nos façam esquecer o motivo da luta, nos deixem desistir. Elas devem ser consequência de nossa postura, e não um fim em si mesmas, pois serão vazias...
BOM...mais uma vez, e para sempre, fico por aqui...

A TODOS: ótimas semanas e sonhos!
bjinhos e saudades,
Ani.
OBS.: Ótimas Festas!!!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Mudando de assunto....

Água e Floresta, que educação é esta - Ivan

Mudando um pouco de assunto - não que a Floresta Urbana não seja importante, é e como!!! - mas vou me manifestar hoje no blog sobre o assunto, festividades do fim de ano.

Dezembro está chegando e com ele vem aquele desejo enorme de adquirir "coisas" para nós mesmos e para nossos amigos e familiares principalmente. Pois bem, como já podemos notar nos meios de comunicação, principalmente na mídia televisiva, as propagandas são ou é uma das maneiras mais utilizadas para "cobiçar" nossas mentes e levá-las ao extremo de comprar coisas compulsoriamente, pois o período é propício!!!

Não vou dar uma de economista, para sugerir que primeiro devemos ter noção da nossa renda antes de fazermos qualquer aquisição e verificar se o valor do produto se enquadra dentro do orçamento, isso já é consenso e acredito que todos já devem saber dessa situação, porém, como também na educação ambiental, muitos sabem que gastar água, desperdiçar energia, promover ações de degradação ambiental é prejudicial ao meio ambiente e para a gente mesma, mas mesmo assim, continua praticando tais ações.

Na verdade, o que devemos notar e dar mais atenção é em relação a necessidade de se adquirir essas "coisas" e ver se isso realmente vai contribuir de forma útil e prática para nossa vida ou se vai ser algo supérfulo, que a gente usa uma vez e nunca mais, como quando a gente era criança e ganhava um brinquedo que não queria.

Então, pense bem... o natal está chegando e com ele vem as férias de fim de ano, antes de colocar a mão no bolso, coloque a cabeça pra pensar e veja o que é melhor para você e para o mundo.

bom final de semana pra todos,

abs e até semana que vem!!!!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Qual o papel da Comunicação?

Katarini em ComunicaçãoMídiaAmbiente&Diversidade
Me preparando...

Na semana passada, o tema da Floresta Urbana Água Comprida dominou o blog, e não podia ser diferente. A área voltou a ser ameaçada por empreendimento imobiliário e o que nos deixou totalmente apreensivos. Não só o pessoal aqui do coletivo ou do Movimento pela Preservação..., mas a população em geral, que se manifestou aqui no blog e também no Jornal da Cidade (http://www.jcnet.com.br/), utilizando a única ferramenta que temos até então: a comunicação, cada vez mais impulsionada pelas novas tecnologias e outros tipos de intervenção. Podemos expressar nossa opinião com muito mais agilidade e dimensão no canal virtual, e através dele também buscar espaço em meios tradicionais.

É possível alguma mudança comportamental a favor da conservação e manutenção dos recursos naturais? Qual o papel da comunicação neste sentido? mobilizar, conscientizar, educar, informar? Não sei. Estas questões colocadas pela Margarida Kunch (teórica da comunicação) me fizeram refletir na última semana, haja vista as mobilizações em prol da floresta. Paulo Freire lembrou bem que a educação pressupõe um ato comunicativo, portanto...

Bom, os exemplos da mobilização estão no site do Vidágua (http://www.vidagua.org.br/). Separamos trechos das cartas de populares publicadas pelo JC no "Quadro de Avisos". Vale a pena conferir.

E sábado agora, dia 29, vou ministrar o workshop aqui no Vidágua sobre o papel da comunicação/jornalismo na divulgação das questões ambientais, novas estratégias, ferramentas, cobertura da grande imprensa e mídias alternativas, e claro a experiência do Vidágua em todo esse processo de comunicação e novas tecnologias da informação. Ainda dá tempo! Para mais informações contato@vidagua.org.br

Um Forte Abraço e excelente final de mês de novembro. Agora é ladeira abaixo!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Trabalhando contra o relógio.

Nós, a Água e a Floresta - Maria Helena

Formei-me em Direito em 1983, dois anos após a promulgação da Política Nacional do Meio Ambiente, porém nunca ouvi falar sobre leis ou questões ambientais na faculdade. Meu primeiro contato com a legislação ambiental foi após 1985 e, garanto para vocês, não foi positivo. Nessa época trabalhava em uma empresa têxtil. Lá, usam-se corantes e todo efluente da indústria era despejado no rio, sem qualquer tratamento. A cidade de São Paulo sentia bastante os problemas ambientais e, com o amparo da lei, a justiça começava-se a exigir a adequação das indústrias poluidoras. Era uma novidade no País e os dirigentes empresariais ameaçavam deixar a cidade (no caso específico, mudança para o Nordeste onde ainda podiam poluir à vontade). Os funcionários, com medo de perder os empregos, ficaram revoltados com a “imposição”. Eu, confesso, estava entre eles.

Mais de 20 anos após, aqui estou eu, estudando e batalhando em defesa do meio ambiente ecologicamente equilibrado. Mais de 20 anos e ainda há muita gente que continua achando que as leis ambientais e a defesa do meio ambiente são entraves ao desenvolvimento. Há 20 anos estávamos bastante atrasados no trabalho de recuperação e preservação de nossos recursos naturais e, ainda hoje, só estamos dando os primeiros passos.

Até quando precisaremos brigar, para garantir qualidade de vida às presentes e futuras gerações? Até quando vamos ter que gritar a importância dos remanescentes florestais para manutenção da vida? Não temos como recuperar o que já foi perdido, mas podemos garantir o mínimo que ainda temos.

Temos que conservar o que resta de mata em todos os biomas, especialmente, as que estão próximas de nós ou, mais precisamente, dentro de nossa cidade. Vamos continuar unidos em defesa da preservação da Floresta Urbana Água Comprida. Todos à luta!

Beijos,

Maria Helena.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Experiência local, conhecimento global


Políticas para a preservação da Água&Floresta - Ivy




Há uns dez dias o Movimento pela Preservação da Floresta Urbana Água Comprida se viu obrigado a retomar uma maciça campanha contra o desmatamento de 60 hectares de mata de transição, onde o Cerrado e a Mata Atlântica ainda estão preservados em plena área urbana de Bauru. Isto porque já estávamos tranqüilos com a publicação do Plano Diretor Participativo, que em seu artigo 66 definiu o local como Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) e proibiu qualquer desmatamento. Mas os empreendedores também estão em campanha, por sua vez, junto ao legislativo local, para abrandar os efeitos da própria lei aprovada por eles!

Enfim, a discussão sobre a preservação de matas de Cerrado não se limita a Bauru. Este bioma não é protegido como a Mata Atlântica ou Amazônia, elas sim comentadas por todos pela exuberância de suas árvores e pelas frondosas florestas que formam. O Cerrado, coitadinho, é todo torto, tem áreas descampadas, gosta do fogo, é pequeno, enfim, é um patinho feio no meio dos cisnes... Mas ele está presente em 11 Estados brasileiros, é o segundo maior bioma em extensão, tem uma riqueza de biodiversidade maior que muitos países, é a base de subsistência de diversas comunidades tradicionais, ou seja, ELE PRECISA SER PROTEGIDO.

Restam apenas 20% de sua cobertura original e no Estado de SP apenas 1%!!!!! No dia 26 (quarta-feira) haverá uma manifestação em Brasília para apresentar ao Ministério do Meio Ambiente, Senado e Câmara Federal 50 mil assinaturas em defesa do Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 115/150, que determina que o Cerrado e a Caatinga (outro bioma desprotegido) sejam considerados patrimônios nacionais.

A Floresta Urbana Água Comprida representa nossa luta local. A defesa do bioma Cerrado representa uma luta nacional. Nós devemos estar conectados nessas lutas, pois elas, quando transformadas em políticas públicas, podem transformar a realidade e evitar que outras florestas urbanas sejam ameaçadas pelos interesses particulares.

Um grande abraço!

P.S.: para os que não leram o Jornal da Cidade de ontem recomendo que busquem no site www.jcnet.com.br a excelente matéria sobre a Floresta Urbana e a fábula da floresta registrada na coluna Opinião.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Cada um somado faz a decisão do coletivo

Água e Floresta, que educação é esta - Ivan

Continuando a discussão sobre a floresta urbana água comprida, venho aqui apresentar a minha opinião sobre o assunto.

Uma das estratégias mais democráticas de decisões políticas sobre ações que envolvem o setor público é justamente as audiências públicas e a participação em conselhos municipais que permite a participação popular organizada (ver post da semana passada).

Pois bem, quando a participação é coletiva o poder público, através de nossos representantes municipais (prefeito e vereadores) devem respeitar o que a população decidiu ou pensa sobre o assunto em discussão, certo? Pois é, nem sempre é assim que as decisões ocorrer, pois questões políticas geralmente são decididas em horas inimagináveis, ou seja, quando achamos que o assunto já está encerrado, vem a notícia ingrata.

Dai então a importância da participação, e expressão da opinião de nós cidadãos comuns e formadores de opinião, que justamente serve para mostrar que estamos de olhos bem abertos e iremos cobrar as decisões pelas quais a população opinou.

Participem também dessa discussão e ajude-nos a preservar o que é de todos!!!!

abs,

até semana que vem..... ah descupem pelo atraso !!!!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Muito mais que uma floresta!

Katarini em ComunicaçãoMídiaAmbiente&Diversidade
Decepcionada, acuada, apavorada...

O tema desta semana não poderia ser outro: A preservação da floresta urbana água comprida, aqui em Bauru. Pode parecer uma pequena luta, em vão, uma vez que os interesses comerciais sempre prevalecem. É um discurso clichê, mas acredite, desta vez é necessário colocar na balança a grana e o verde, o desenvolvimento desenfreado e a qualidade de vida, o interesse público e o particular (como bem colocou minha companheira Ivy em seu post).

São 60 hectares de vegetação nativa, fauna, flora, rica em biodiversidade, beleza natural, manutenção do tal do microclima (que nem sei bem o que significa, só sei que não há nada melhor que descansar na sombra de uma árvore). Não se trata 'apenas' de uma floresta, é vida, de qualidade, agora ameaçada por empreendimento imobiliário.

Para nós bauruenses será um grande trunfo conseguir manter essa floresta em pé, mostrando também a força e as prioridades do município, ou melhor de sua população. Formamos um amplo Movimento pela preservação da Floresta Urbana Água Comprida, coletamos 16 mil assinaturas, mantivemos o diálogo aberto com políticos e empresários, recebemos a cada dia manifestações da população reivindicando esta área (haja vista as cartas diárias publicadas no JC http://www.jcnet.com.br/) abrimos agora uma canal direto sobre a floresta no blog, porque sabemos a importância ambiental e social da área.

É muito mais que uma floresta. É Bauru em outro destino. O da preservação ambiental (Contamos com nosso futuro prefeito ambientalista!)

O que você está esperando para se manifestar?

esperançoso abraço!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

É MUITA CARA DE PAU!!!

Nós, a Água e a Floresta - Fernanda.

Fala povo!!!!!

Hoje vou falar sério, pois estou bem chateada...
Não dá pra acreditar que ainda existam pessoas que “acreditam” que se pode fazer tudo, a qualquer preço, pelo tal do desenvolvimento... Que a destruição do meio ambiente é justificável quando se trata do tal do progresso...
Aqui em Bauru o Vidágua, junto com outras instituições e amigos, luta a mais de um ano pela preservação de um fragmento florestal que ainda resiste dentro da cidade. Esta “ilha verde” está correndo perigo, uma vez que empreiteiras de São Paulo querem transformar a mata em arranha-céus...
Eu não sei se sou muito ingênua, mas não entra na minha cabeça como 30 prédios, de 12 andares cada um, podem trazer mais benefícios para uma cidade do que 60 hectares de mata. Essa mata abriga espécies de animais e plantas, auxilia no resfriamento do clima do entorno, favorece as trocas gasosas, “limpando” um pouquinho nosso ar...
Quem conhece Bauru sabe que a cidade está cheia de prédios, de vários modelos e custos, que podem muito bem absorver quem quiser morar por aqui. E também tem inúmeros vazios urbanos que poderiam ser utilizados para construir esses 30 ou mais prédios!!
Outro ponto muito importante, que pouca gente pensa, é que para construir um complexo de moradias como esse, primeiro teriam que estudar de onde virá a água para todo esse povo que morar ali.
Vão furar um poço??? O Departamento de Água e Esgoto do município já divulgou que a cidade está no limite da exploração de água subterrânea. E não seria qualquer pocinho que abasteceria mais de 5500 pessoas que morariam ali...
Mas o mais importante, e que devemos estar atentos, é que os nobres vereadores (a maioria sem conseguir a reeleição) estão querendo modificar o Plano Diretor Municipal, onde está escrito que esta área não pode ser desmatada, apenas para beneficiar os empresários que querem derrubar a mata!!! Depois de diversas reuniões com discussões populares do PD, e da coleta de mais de 16 mil assinaturas pelo Movimento pela Preservação da Floresta Urbana do Parque da Água Comprida, onde a maioria da população entendeu a importância da área e de sua preservação, os digníssimos edis acham que podem alterar o que já foi resolvido para atender interesses particulares.
É MUITA CARA DE PAU!!!

O Vidágua está lutando com unhas e dentes para preservar esse remanescente florestal, mas todos devem se envolver também!!!
Não apenas por aquela floresta, mas para garantir o cumprimento de leis e decisões que já foram acordadas. Isso não pode virar rotina!!
O povo se reúne, discute, coloca suas dúvidas, interesses e idéias em um documento OFICIAL e depois muda tudo... Vereadores e empresários acham que podem tudo e desconsideram totalmente os interesses e opiniões do povo!!!

Água e Floresta são gêneros de primeira necessidade!!
De que adianta um apartamentozinho bonitinho, se não tiver água pra beber e nem ar pra respirar???

Inté...

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Pela Preservação da Floresta Urbana Água Comprida

60 hectares de vegetação nativa estão ameaçados por empreendimento imobiliário em Bauru. Qual sua opinião sobre isso? Considerando que se trata do último grande remanescente de floresta do município?

Há mais de um ano, o Movimento pela Preservação da Floresta Urbana Água Comprida, coordenado pelo Instituto Vidágua, vem se mobilizando para garantir a preservação da área, realizando plantios, passeatas, manifestos e abaixo-assinado que coletou 16 mil assinaturas. Trabalhou ativamente para a aprovação do Plano Diretor Participativo, que estabeleceu o local como Área de Relevante Interesse Ecológico, proibindo o desmatamento. Mas ainda não foi sufiente. Os empreendedores insistem em um projeto 'ecologicamente' correto, mas que vai colocar abaixo mais de 50% da vegetação.

A cada dia, nos jornais e nas ruas recebemos apoio da população que quer ver a área preservada e está disposta a lutar por isso. A arma que nos resta é justamente a opinião pública. Você, que também se sente acuado e privado do seu direito de usufruir um meio ambiente equilibrado, que garanta qualidade de vida, tem este espaço para se manifestar!

Sendo bauruense ou não, dê aqui sua opinião sobre a preservação da Floresta Urbana Água Comprida!

Afinal, esta é nossa principal bandeira: Pela preservação da Vida, da Água e da Floresta!

Para saber mais acesse: www.vidagua.org.br

A FUAC precisa de você!


Políticas para a preservação da Água&Floresta – Ivy

Você conhece a Floresta Urbana Água Comprida (FUAC)? Esse foi o nome que um grupo de pessoas (entre elas, membros do Vidágua), articuladas em um movimento de preservação, deram a uma área de 60 hectares de mata de transição (Cerrado e Mata Atlântica) localizada na região leste da cidade de Bauru (para saber mais sobre a área, leia o post que será feito aqui no VidÁgua&Floresta junto à enquete).

Já falamos exaustivamente a respeito disso no site do Vidágua e em atividades que foram realizadas em prol da floresta, como a coleta de 16.000 assinaturas em 1 mês contra o desmatamento da área, uso da tribuna da Câmara Municipal, reunião com o Secretário Estadual de Meio Ambiente, mutirão de limpeza, plantio de mudas, apresentação da Banda do Liceu Noroeste, apresentação da Banda Municipal de Bauru, várias palestras em escolas, além, é claro, de toda a participação durante as discussões para elaboração do Plano Diretor Participativo de Bauru.

Por isso tudo minha mensagem hoje aqui para vocês é de reflexão. Vivemos hoje em dia um momento em que as questões ambientais não são tratadas apenas como “perfumaria”, ou seja, não se fala apenas das coisas naturais, mas sim de uma visão mais ampliada do que é esse tal ambiente. Só que todo esse destaque também gerou um problema: as questões ambientais são usadas como “bode expiatório” quando atrapalham os interesses $financeiros$. Não se discute, no caso da floresta, quais as prioridades do município de Bauru. Penso que se uma questão foi amplamente discutida pela comunidade e depois foi aprovada por unanimidade pelos vereadores, o “veredicto” está dado, neste caso a transformação do local numa Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE), sendo vedado desmatamento. Por que mudar o Plano Diretor neste momento??? Por que transformar uma situação de interesse coletivo em um benefício para um particular?


Essa luta não é fácil, estamos contestando grandes interesses, sem dúvida. Ninguém quer ferir o direito de propriedade, mas não podemos em nome desse direito desrespeitar a legislação vigente ou mesmo alterá-la, ao apagar das luzes. Participem da enquete proposta aqui no Blog e mande sua opinião aos meios de comunicação. A floresta precisa da sua ajuda neste momento e um dia você se dará conta de que também precisa dela!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Aproveitando o Bonde!




Mitos e Meios Ambientes - Ani & Camis


Salve, Salve!
Aproveitando o mote da estréia da Maria Helena , aqui no Vidágua&Floresta, vou deixar uma dica de um lançamento de um livro sobre Legislação Ambiental. Conhecer as leis que dão base para a proteção do nosso meio ambiente, é , acredito eu, responsabilidade de todos nós.
O livro “Fundamentos Teóricos do Direito Ambiental” reúne 13 textos que exploram conceitos como o que é natureza e o princípio do pagador-poluidor. Seu organizador é o professor Maurício Mota, professor da UERJ. Já li alguns textos do livro, e gostei bastante, os artigos são de leitura simples, nada muito rebuscado sem o famoso palavrear técnico presente em livros sobre leis e etc.

Segue link do texto, sobre o livro:

http://planetasustentavel.abril.com.br//noticia/cultura/conteudo_393991.shtml


vale a pena, né!?

Bom final de semana pra todos ai ó!

Abraços,

camila.



quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Educação para a participação

Água e Floresta, que educação é esta? - Ivan

Hoje gostaria de falar sobre as esferas de decisões e a co-responsabilidade de nós cidadãos, após um período eleitoral (lembrando que em 2010 teremos novas eleições - Presidente, Governador e deputados estaduais e federais) e mais uma vez nos é dado a oportunidade de decidir quem será nossos representantes nas esperas de governo e de decisão.

Agora, quase ninguém se lembra ou sabe que nós também podemos contribuir com os processos de decisões durante as gestões públicas, de várias formas inclusive: através de participação nas audiências públicas, através das participações em conselhos (municipais, estatuais ou federais), através da participação das associações de moradores, enfim... há vários instrumentos legais que nos possibilita essa participação, inclusive em alguns casos é obrigado haver a participação.

O que ocorre na maioria das vezes é que mesmo participando e consensuando decisões coletivas o governo acaba "atropelando" essas decisões e agindo conforme sua vontade própria, desestimulando a sociedade e "tirando" seu direito de decidir.

A educação ambiental é uma das ferramentas que sugere essas participações e decisões, pois os temas, por mais variados que sejam, sempre vai ter um contexto ambiental dentro de cada tema ou esfera política, porque meio ambiente é multidisciplinar e mais que isso é de todos. Cabe então a cada um de nós saber: como, onde e quando podemos contribuir com os processos de decisões, mas para que isso ocorra o principal meio é a participação!!!

Abs, e até semana que vem...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

pelo inconformismo já!

Katarini em ComunicaçãoMídiaAmbiente&Diversidade

de volta à vida, me preparando agora para ministrar o workshop sobre comunicação e mídia no movimento ambiental (informações em www.vidagua.org.br)

Como foi o Encontro de Comunicação Ambiental? positivo. Poderia ter sido melhor, com uma participação mais efetiva, mais empenho das pessoas, mas todos salvaram-se e orgulharam-se, por fim.

E apesar da quantidade de trabalho e confusão para organização de um evento, sempre acabamos aprendendo, crescendo e nos motivando. E essa foi a função da Conferência inicial, com o professor Wilson Bueno: me estimular, sacudir mesmo... sair da inanição.

Eu não poderia deixar de comentar aqui o incrível radicalismo (bom!) e coragem do professor (que não tem papas na língua para as críticas), que nos deixa envergonhados mediante nosso conformismo com a imprensa atual, principalmente no que se refere à cobertura ambiental. Achamos que está suficiente, que os processos de produção são limitantes, que as matérias estão crescendo, que a imprensa está interessada no desenvolvimento social...balela!

Bueno prega, com propriedade, que o jornalismo realmente comprometido com o meio ambiente, nao adota o tom brando, mas defende a mobilização, a resistência e "o corpo-a-corpo com os que estão, sistematicamente, agredindo a natureza", no caso, as grandes corporações - para as quais ele tem acusões terríveis, porém verdadeiras. As notícias devem pluralizar as informações e ouvir aqueles que convivem diretamente com as mazelas sociais e ambientais e têm muito a contribuir como os povos da floresta, o agricultor familiar e o cidadão comum. Mas para praticar este jornalismo é preciso estudar, militar, dominar conceitos básicos, e acima de tudo, estar comprometido com uma perspectiva crítica sobre nosso modelo de desenvolvimento.

E mais: não dá para se enganar mais com o discurso de desenvolvimento sustentável, que como lembra o professor, está apenas associado às questões econômicas, e a mídia acaba por difundir o conceito para ganhar economicamente e destacar sob lentes da responsabilidade a exploração dos recursos naturais feita por grandes empresas.

Para saber mais e ter comprovações cabais desta angústia reducionista da cobertura ambiental vale conferir o livro de Wilson Bueno (que apesar de ser um ilustre professor, pioneiro no jornalismo científico, doutor pela USP, é uma pessoa extraordinária, que nem admite ser chamada de doutor! e não faz dos títulos seu escudo). Pode conferir: "Comunicação, jornalismo e meio ambiente: teoria e pesquisa". E olha que ele nem deve aprovar toda esta propaganda que fiz. É um cidadão comum, só um pouco mais lúcido que nós.

e...quem sai perdendo com a falta de militância no jornalismo? Nós, a água e a floresta!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Estréia

Nós, a Água e a Floresta – Fernanda e Maria Helena


Oi, pessoal! Meu nome é Maria Helena, sou advogada e presidente do Vidágua. A partir de agora, vou alternar com a Fernanda nos posts às terças-feiras, falando sobre Direito Ambiental.


Como a proteção da vida em sociedade sempre foi objeto do direito, leis ambientais sempre existiram. No Brasil, temos exemplos desde a época do império. Nos anos sessenta, temos várias leis, sendo que uma delas é bastante discutida até hoje: a Lei 4.771 de 15/9/65 que instituiu o Código Florestal.

Porém, eram de leis esparssas. Apenas após 1972, com a Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, em Estocolmo, surge um novo ramo do direito: o Direito Ambiental, quando os recursos naturais deixaram ser tratados individualmente e passaram a ser visto como um sistema uno e complexo.

No Basil, demorou um pouco mais: foi na década de 80 que o meio ambiente passa a ser tratado como um todo, iniciando com a Lei 6.938, de 31/8/1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação. Este foi um dispositivo substantivo que logo foi seguido da Lei 7.347, de 24/7/85 (Lei da Ação Civil Pública) que é um dispositivo processual adequado para coibir danos ambientais.

A Política Nacional do Meio Ambiente nasceu, quando os legisladores brasileiros se deram conta de que a situação ambiental no Brasil necessitava de atenção especial, e aconteceu 10 anos após o mundo haver dado o grito de alerta na Conferência de Estocolmo.

Após esta lei, tivemos a Constituinte que a recepcionou e temos, em nossa atual Constituição, um capítulo (Capítulo VI, Do Meio Ambiente) todo dedicado ao meio ambiente, além de diversos dispositivos esparços. O capítulo tem apenas um artigo (art. 225) com seis parágrafos, mas creio ser o suficiente para garantir qualidade de vida aos brasileiros, se cumprido.

A Constituição é a cartilha de todo cidadão. Seus dispositivos, porém, devem ser regulamentados e implantados. Consta que o Brasil possui um dos mais avançados sistemas de proteção jurídico-ambiental que seria bastante eficiente, se operante. Não é o que acontece. De quem é a responsabilidade: do Poder Público ou dos cidadãos? Esta é uma questão que pretendo discutir com vocês.

Enquanto isto, deixo aqui o Art. 225 que é muito conhecido, mas que é sempre bom reproduzir:

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.




Até a próxima.