sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O Custo dos nossos sonhos...

Mitos e 1/2s Ambientes - Ani e Camis.
Ainda Perplexa com o Post da Kat, com o Vídeo e tudo o mais...

Olá! Olá!

Depois do post da Katarini, comecei a pesquisar um pouco mais sobre o estilo de vida vegetariano (não apenas uma dieta, vai mais além do que não comer carne)...
Enfim, assisti ao vídeo que ela indicou, que aliás já está no nosso Canal (www.youtube.com/vidaguaefloresta). É simplesmente chocante...e foi daí que surgiu a crise:

Qual o Custo das nossas Vontades?! A que preço estão os nossos mais inocentes sonhos?!
E o principal: QUEM paga por eles?!

Eu trouxe um vídeozinho, aparentemente inocente e engraçado...Mas, que nos permite pensar claramente "A Custo de que e de quem realizamos nossos desejos?"...
_Vídeo:
Um bichinho inofensivo, com o belo sonho de voar...E muita determinação:
Será que ele realmente conseguiu o que queria?!

A filosofia do 'Custe o Que Custar', torna a Vida Insustentável.
E com ela, nós, a Água e a Floresta...

Eis o Vídeo, aproveite:
Bom final de semana!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O papel das visitas monitoradas em EA

Água e Floresta, que educação é esta? - Ivan

Hoje vou falar sobre a atividade que vou desenvolver com o grupo de alunos que estão cursando "formação e EA" aqui pelo vidágua. é um grupo bem diverso, em gênero, faixa etária e formação, isso facilita o trabalho, quando se trata de trabalhos em EA.

Nossa visita hoje, (se o tempo deixar.... está previsto chuva na tarde de hoje) iremos para a Estação Ecológica Sebastião Luiz Aleixo da Silva (também conhecida como mata do estado), fica as margens da rodovia Bauru-Iacanga, antes de chegar no acesso para o aeroporto. É uma área com 200 hectares de floresta estacional semidecídua, com sub-áreas implantadas pelo Sr. José Carlos Nogueira Bolinger (mais conhecido como Zé do Mato)... aliás, e é uma das pessoas que conhece bem a Estação, juntamente com o Sr. Adolfo, que inclusive irá nos acompanhar na visita.

A utilização de monitores que detém amplamente o assunto que podeá ser abordado em monitorias ambientais é justamente o ponto que gostaria de enfatizar hoje. É comum em locais onde o turismo ambiental é explorado, as agencias oferecerem guias, monitores, instrutores para acompanhar nas visitas, porém, não é comum utilizarem pessoas que "são do próprio local" ou que conhecem plenamente as características do local. Uma vez utillizaqndo essas pessoas que desconhecem as características, todo o trabalho pode ser perdido, pela carência de informações reais.

Ao contrário da situação anterior, uma vez utilizando monitores capacitados para desenvolver a monitoria, todas as informações do local visitado, inclusive aspectos históricos, culturais, sociais e também os ambientais, podem ser abordados de forma mais consistente.

Como Frenet, a possibilidade de aprender através da vivência, possibilita aos alunos exercitar os sentidos, coisa que em sala de aula é difícil de trabalhar, e quando se trabalha com as emoções e com os sentidos, a absorção das informações prestadas é muito mais evidente e posteriormente praticada.

Para a educação ambiental o que importa é a "mudança de atitude" em relação a determinados fatos, e a vivência é uma das ferramentas que possibilita essa mudança.

Até semana que vem,

Abs,

Ivan

WORKSHOPS inscrições abertas!!!

A partir da próxima semana, iniciaremos uma série de workshops temáticos para aprofundar questões ambientais relacionadas à comunicação, legislação, políticas públicas , projetos e aquecimento global.

O legal desse esquema é que qualquer interessado pode participar, independente de formação específica e pode escolher um ou todos os workshops, de acordo com o interesse. As temáticas serão trabalhadas separadamente, com atividades teóricas e práticas, e cada atividade vai fornecer um certificado de 8 horas de curso.

Venha participar com a gente. Escolha uma ou todas as atividades e inscreva-se!
Segue o calendário, quem quiser pode solicitar a ementa do workshop e o currículo do responsável pelo email contato@vidagua.org.br

DIA 8 DE NOVEMBRO________AS DISCUSSÕES AMBIENTAIS NA SOCIEDADE CIVIL: O MOVIMENTO AMBIENTALISTA E AS POLITICAS PÚBLICAS

DIA 22 DE NOVEMBRO________AS MUDANCAS CLIMÁTICAS E A EXPERIÊNCIA DA CAMPANHA CARBONO ZERO

DIA 29 DE NOVEMBRO________DIREITO AMBIENTAL BRASILEIRO EM DEFESA DA QUALIDADE DE VIDA E A EXPERIÊNCIA PRÁTICA DE PROJETOS DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

DIA 6 DE DEZEMBRO________COMUNICAÇÃO E MÍDIA A SERVICO DA PRESERVACAO AMBIENTAL, PROCESSOS E FERRAMENTAS DE DIVULGAÇÃO


Mais informações em http://www.vidagua.org.br/ (14) 3879-4947

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Não há floresta que resista!

Katarini em ComunicaçãoMídiaAmbiente&Diversidade
...A uma semana do Encontro de Comunicação Ambiental: quase de volta à vida

Vai fazer 4 anos que deixei de comer carne por convicção. Não indico ou prego a prática para ninguém, nem fico levantando bandeira, falando para os 4 ventos, muito pelo contrário, vegetariano fica anti-social, prefiro nem comentar para não incomodar os carnívoros. Mas a verdade é que pra mim faz muito bem não colaborar com a destruição da floresta, mas do que já tenho que fazer no dia-a-dia. Sim, não quero contribuir ainda mais com o desmatamento: esse é meu motivo. Claro que também tenho dó do bicho (principalmente depois de ver o documentário "A Carne é Fraca" do Instituto Nina Rosa) e nunca fui vidrada em carne, se não, acredito que o sacrifício seria maior.

Esta minha opção ficou mais fortalecida depois de ver matéria veiculada a semana passada no Estadão. Entre 2003 e 2006 o rebanho bovino cresceu 10 milhões, sendo que 96% desse crescimento ocorreu na Amazônia Legal - desmatando vegetação para colocar o gado. A estimativa é que 70% das derrubadas das florestas são feitas para colocar pasto. E a maior parte da carne produzida em área de desmatamento é consumida pelo Sudeste - 69%. Só 12% fica para a população da própria Amazônia.

Tem mais um dado, no mínimo curioso, o Brasil tem mais boi que gente: o rebanho chegou a 250 milhões de cabeças - esperando a guilhotina.

A matéria ainda ressalta brilhantemente: "Ainda sobre a carne, não é de hoje que vem sendo dados alertas de que o aumento no seu consumo é um forte ingrediente para o aquecimento global. O próprio Rajendra Pachauri, Nobel da Paz e presidente do Painel da ONU para as Mudanças Climáticas (IPCC) recomendou que, para o bem do planeta, as pessoas comam menos carne. Isso porque, para se produzir um quilo de proteína animal, são necessários vários outros de proteína vegetal - soja, milho. E haja terra para plantar grãos para alimentar gado para alimentar humanos... Nessa toada, não há floresta que resista".

É, não há floresta que resista.

Quer mais informações sobre o assunto?http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid263803,0.htm

Forte abraço

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Celebrar o saneamento!!!


Políticas para a preservação da Água&Floresta – Ivy

Com o calor que faz em Bauru, não queria FALAR de água, gostaria de estar SUBMERSA nela!!!!! Já que não é possível, vamos voltar à realidade, né? Recebi um e-mail semana passada de um evento com um título um tanto diferente: Celebração do Ano Internacional do Saneamento – CAIS (cartaz acima – www.cais2008.com.br).

Pois é, o saneamento deve sim ser celebrado e ele tem tudo a ver com nossa Água&Floresta! Vocês sabiam que aproximadamente 2,6 bilhões de pessoas (980 milhões CRIANÇAS!!!!) não têm acesso ao saneamento???? Isto quer dizer que não consomem água potável, vivem em condições inexistentes de higiene e estão a mercê de doenças, muitas vezes fatais. Gente, é um terço da população mundial!!!!! Para cada pessoa que desfruta de sua descarga, que pode tomar água limpa (imagina ficar sem nesse calor!!!) e que não tem esgoto correndo na porta de sua casa, existem 3 pessoas que não sabem o que é isso!!!

Nosso país, em 2004, registrou 25% de sua população nessas condições. Ou seja, 45 milhões de pessoas. É MUITA GENTE !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Vamos pensar na realidade de Bauru! Com quase 400 mil habitantes (número que com certeza é alcançado durante o horário comercial) esta cidade não dispõe de tratamento de esgoto. Há pouco tempo iniciou o “afastamento” desses dejetos através de interceptores. Sabem o que vai acontecer enquanto não tivermos a famosa estação de tratamento(prevista para 2013)? Vamos pagar por isso!!!! No próximo ano terá início uma tarifa chamada “cobrança pelo uso da água”. Na verdade é um valor irrisório se considerado individualmente (tipo R$10,00/ano), mas que quando somado no âmbito de uma bacia hidrográfica é alto. Detalhe: quem polui mais, paga mais.

Ter um saneamento ambiental adequado, de acordo com a legislação brasileira, é ter um abastecimento de água com qualidade, coletar e tratar os esgotos, ter um manejo adequado dos resíduos sólidos e dar destinação às águas pluviais. O município onde você mora faz tudo isso???? CELEBRE!!!! Não faz???? MOBILIZE-SE!!!!!

Beijo grande!!!!!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008


Mitos e Meios Ambientes - Ani & Camis
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Salve, Salve !

Olá a todos, sexta-feira de calor faz aqui em Bauru, viu?!

Bom, o post que eu separei para essa semana, tem muito haver com o que eu estou me envolvendo na minha vida, tanto na formação como profissional, como cidadã...esses dias tive uma aula muito boa sobre Economia Solidária na faculdade e pensei em comentar aqui com vcs...

Entendo que economia solidária é um jeito diferente das pessoas se organizarem em torno do seu trabalho e dos benefícios que este pode produzir. É um movimento de organização de homens e mulheres que, a partir do trabalho coletivo, passam a desenvolver formas de geração de renda, onde todos e todas têm suas necessidades satisfeitas e o uso dos recursos
cursos naturais é feito de forma responsável e consciente.

É uma prática socioeconômica mais ampla e profunda, cujas raízes históricas se encontram nas lutas e ações de organizações de trabalhadores rurais e urbanos, como o cooperativismo, de movimentos populares, de grupos engajados nas universidades e por aí vai... Um movimento vivo, dinâmico, que se fortalece e organiza cada vez mais e que vem conseguindo nesses nossos tempos modernos novos seguidores e apoios de governos...

Para se ter uma idéia o Governo Federal tem uma secretaria de Economia Solidária dentro do seu Ministério do Trabalho e Emprego. Eu separei o link da secretaria, e também, deixo um site de permancultura, que é uma das teorias que ao meu ver dialoga e muito com o conceito de Economia Solidária.

Talvez a Economia Solidária, seja uma das formas de consiguirmos uma vida mais leve e verde, para nós e para nossa Água&Floresta!


Bom, é isso galera!
Lembrando que domingo é eleição, e depois tem
Fuá com Batuque
em uma parceria do Vidágua!

Abraços !!!
Camila




http://www.mte.gov.br/ecosolidaria/prog_default.asp

http://permacoletivo.wordpress.com/materiais-para-downloads/

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Tipos de EA

Água e Floresta, que educação é esta? - Ivan

Hoje vou falar um pouco dos tipos de EA praticados no Brasil. A literatura divide a aplicação da EA em três formas: EA Formal, EA Não Formal e EA Informal.

Pois bem, temos na EA Formal, as atividades desenvolvidas em instituições formais de ensino, ou seja, creches, nas escolas, nas universidades ou em qualquer outra instituição, desde que reconhecida pelo MEC. No ensino Formal de EA as atividades podem ocorrer tanto no espaço escolar (sala de aula) como fora dele (em locais que possibilitam a prática escolar, como por exemplo: jardins botânicos, Zoológicos, aterros sanitários, enfim, onde pode-se abordar temas relacionados ao meio ambiente, dentro de um programa formal escolar. A EA Formal deve conter planejamento, cronograma e deverá estar incluído no currículo escolar.

Já na EA não formal, as atividades são desenvolvidas por instituições que não fazem parte das instituições formais do ensino, ou seja, podem ser desenvolvidas por ONGs, clubes, empresas, associações e estas por sua vez podem utilizar de espaços formais (salas de aula) ou de espaços não formais, como o exemplo citado acima. Para se praticar ou desenvolver atividades no ensino não formal não é necessário que os temas ou assuntos estejam incluídos dentro de currículos escolares, mas é de extrema importância que as ações sejam planejadas e organizadas para o bom desenvolvimento das atividades.

Por fim, temos a EA informal, que é praticada nos meios de comunicação em geral, ou seja, internet, rádio, jornais, revistas, etc... esta EA atinge um público maior, mas de uma forma indireta, pois não é sabido qual o público alvo específico e não restringe as faixas etárias, diferente das EA formal e não formal, que trabalham com públicos definidos.

O que vale ressaltar, que independente de qual meio a EA chega até o cidadão, esta sim, deverá ser desenvolvida e praticada por todos, independente do local também, pois somente através dessas ações, voltadas para a preservação, conservação e uso racional dos recursos naturais é que poderemos atingir uma melhora na qualidade de vida da nossa e das futuras gerações.

Abs, e até semana que vem...

Na prática

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Jornalismo de Verdade

Katarini em ComunicaçãoMídiaAmbiente&Diversidade
Em ritmo acelerado...não sei dançar tão devagar

E aproveito o post de hoje para divulgar um trabalho muito interessante, que eu descobri a fundo recentemente no percurso da organização do Encontro de Comunicação Ambiental (faltando pouco mais de 10 dias!!!!). Trata-se da ONG Repórter Brasil http://www.reporterbrasil.org.br/ , que realiza um trabalho de investigação jornalística na área de combate a escravidão, Educação e Agrocombustíveis.

O foco no trabalho escravo está intimamente relacionado com a produção de agrocombustíveis e traz dados alarmantes, que atestam a necessidade de ações que erradiquem a prática, que na maioria das vezes, está diretamente relacionada com a degradação ambiental. "Há fazendeiros que, para realizar derrubadas de matas nativas para formação de pastos, produzir carvão para a indústria siderúrgica, preparar o solo para plantio de sementes, entre outras atividades agropecuárias e extrativistas, contratam mão-de-obra utilizando os famigerados “gatos”. Eles aliciam os trabalhadores, servindo de fachada para que os fazendeiros não sejam responsabilizados pelo crime", lembra a ONG em seu site. E mais: "Em março de 2004, o Brasil reconheceu na Organização das Nações Unidas a existência de pelo menos 25 mil pessoas reduzidas à condição de escravos no país – e esse é um índice considerado otimista".

Portanto, a situação é triste, mas é real, como diria meu companheiro de trabalho pela Água e Floresta, Marcos Diniz. E o trabalho desta ONG está aí para nos alertar. Comunicação para o Desenvolvimento, diriam certos teóricos...informações que deixam claro que a questão ambiental não está dissociada da social.

Vale a pena também conferir também o trabalho do Centro de Monitoramento de Agrocombustíveis do Repórter Brasil, que elabora relatórios minuciosos sobre a produção brasileira. O último deles é "O Brasil dos Agrocombustíveis - Palmáceas, Algodão, Milho e Pinhão-Manso - 2008", disponível no site.

Há ainda projetos voltados para a educação para os meios e comunicação comunitária.

Bom, e ainda teremos a possibilidade de algum representante da ONG participar conosco do Encontro de Comunicação Ambiental (www.faac.unesp.br/ambiental)
como sempre: cruzem os dedos!

abraços!

Canal do VidÁgua&Floresta no YouTube

Todos os vídeos postados aqui, agora estão no nosso CANAL no YouTube!!!
Acesse, Participe e Divirta-se!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A responsabilidade no prato!


Políticas para a preservação da Água&Floresta - Ivy


Depois de duas semanas de férias, estou de volta ao batente, revigorada!!!! Como vocês puderam ler no post da última semana, estive no Uruguay com minha família alemã e pude observar vários aspectos sobre a situação da Água&Floresta por lá. Se alguém quiser mais alguma informação, é só me mandar um e-mail, pois hoje escolhi um outro assunto, que está pertinho de todos nós: o consumo do palmito juçara.

O Vidágua há muito tempo realiza ações para alertar a população sobre sua responsabilidade ao consumir PALMITO. Você deve estar se perguntando o que esses ambientalistas estão inventando agora?! Nem um palmitinho, gostoso, delicioso, na salada, na pizza ou na empada???? Não, meus amigos, não somos tão radicais a esse ponto. Mas existe uma coisa que VOCÊ pode fazer para ajudar a preservação do palmito juçara!

Primeiro vou explicar para vocês o problema, afinal, já devem ter imaginado um montão de coisas. O palmito juçara é uma palmeira que leva de 8 a 12 anos para se desenvolver. Ao se retirar o palmito (aquele próprio para consumirmos), a palmeira inteira é sacrificada. Ou seja, para mais ou menos 30 centímetros de tronco próprio para o consumo, uma árvore que demorou até 12 anos para crescer desaparece!!!!!!! O juçara é fonte de alimento para diversas espécies de pássaros e está diretamente integrada à biodiversidade da Mata Atlântica, bioma já extremamente degradado em nosso país. A quantidade de “palmiteiros” ilegais, que desafiam a lei e atuam de forma criminosa, é enorme!!! No Vale do Ribeira, onde o Vidágua tem uma base, acompanhamos de perto a desgraça que acontece com esta extração irregular. Produtores que mantêm áreas preservadas para um manejo sustentável são vítimas de predadores noturnos, que, ARMADOS, fazem seu trabalho sujo PORQUE ENCONTRAM MERCADO CONSUMIDOR!!!!

Isso sem falar dos perigos à saúde!!!! A falta de higiene no envase (que às vezes é feito na própria mata!!!) causa uma doença chamada botulismo, e é fatal!!!!

Meu Deus!!! Mas o que fazer então??? Existem outras palmeiras que dão um palmito bem gostoso também (açaí e pupunha) e que se desenvolvem em 18 meses! Além disso, o palmito é extraído de “filhotes”, e não do tronco principal, ou seja, a planta continua vivinha!!!! Do juçara podemos extrair outros produtos (como o fruto, por exemplo) e fazer gostosuras como bolos, sorvetes e doces! A Secretaria de Estado do Meio Ambiente lançou no mês de setembro uma campanha pelo palmito sustentável (www.ambiente.sp.gov.br/palmitosustentavel), vale a pena dar uma olhada.

Essa é uma maneira gostosa de preservar a FLORESTA!!!!!

Hum... esse papo me deu fome! Vou almoçar!!!! Um beijo grande e até a próxima semana!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Sabendo Vestir a Camisa!

Mitos e Meios Ambientes - Ani & Camis
Aloha!!!
Achei uma Campanha bem interessante: o lançamento de uma linha de camisetas com tecido 100% Orgânico (Organic Cotton).
Tecido 100% Orgânico, tá, é qual a diferença dessa marca?!
O diferencial está em como eles mostram que estão Vestindo a Camisa da Sustentabilidade!
De uma forma bastante didática, simples, criativa e irreverente esta marca consegiu passar suas mensagens e abordar diversas problemáticas ambientais num vídeo de 2 minutos: o aquecimento global, poluição, buracos na camada de ozônio, são alguns dos temas abordados.
Bom, deixo aqui essa dica:
Vamos seguindo e apreciando a criatividade por uma causa!
Bom fim de semana!
bjinhos*
=)

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Os sem-floresta

Katarini em ComunicaçãoMídiaAmbiente&Diversidade
Rumo a Porto Seguro (mas não é excursão!!!)

Viajo amanhã para um reunião, em Porto Seguro, é , exatamente uma reunião, para definição dos rumos do Projeto Meros do Brasil (http://www.merosdobrasil.org/) que termina em abril do próximo ano, mas está fortemente em busca da continuidade das ações. O projeto traz o Mero (peixe) com espécie bandeira para uma objetivo bem mais amplo: a conservação de ambientes marinhos e costeiros. E com isso, toda a biodiversidade envolvida, a água e a floresta.

Pois bem, hoje estamos realmente sentindo os efeitos do aquecimento global. Na cidade sanduíche deve estar beirando os 40ºC, e sabe o que piora? a falta de água (temos um rio que ainda recebe esgoto in natura de todo o municpio e outro assoreado que enfrenta problemas de qualidade e quantidade) e a falta de floresta... Não há árvores em Bauru para descansar à sombra. O sol grita no céu e se dissipa no concreto. "Os sem-floresta" devem saber o que significa isso...porque criamos, desta forma, mais uma "minoria"/categoria, que precisa ser atendida por governantes e políticas públicas, sim, somos os sem-florestas! E isso é muito prejudicial. Além de não termos o contato necessário e frequente com a natureza, sofremos absurdamente com o calor e poluição nas cidades urbanizadas. O que "os sem-floresta" reivindicam, já que todo cimento já está consolidado? Mais parques, mais árvores nas ruas, mais terra no chão. Se você quiser aderir ao movimento, pode elencar suas prioridades.

Aguardo adeptos!

ah... aproveito para comentar uma propaganda muito bacana da Natura, que está sendo veiculada agora, que fala sobre a floresta que está dentro de nós. Gostei! e olha que não sou muito do marketing verde, mas que funciona, funciona, fiquei até emocionada

forte abraço e até a volta

WORKSHOPS Vidágua!

O Vidágua vai promover Workshops temáticos para aprofundar as questões ambientais!
A idéia é trabalhar com temáticas diferenciadas, evidenciando a interdisciplinaridade do tema, o que proporciona a participação de qualquer interessado, mesmo sem formação específica, que pode escolher um ou mais Workshops dependendo do interesse e da área de atuação.
Os temas serão trabalhados em 4 módulos, com uma proposta interativa de conteúdo teórico, discussões em grupo, dinâmicas, exibição de vídeos e criação de projetos.
Cada módulo tem custo individual de R$25,00. Quem optar por fazer os 4 módulos, terá um desconto de 20% do total, pagando R$80,00 (R$20,00 por módulo).
O Conteúdo de Cada Módulo já está no Site do Vidágua! Mas, se você preferir, entre em contato conosco e o receba em seu e-mail!
Ressaltando que as atividades acontecerão aos Sábados, das 9h às 17h, na Sede do Vidágua - R. Sete de Setembro, 6-50. Centro - Bauru.
Mais informações e inscrições:

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Politicas para la protección del Agua y Foresta

Politicas para la protección del Agua y Foresta - Ivy















Hola amigos! Hoy mi post va a ser en español, porque estoy en Uruguay, en vacaciones. Mi familia és alemana, pero hace como 50 años venieron a Uruguay y junto con otros alemanes fundaran una colonia que se llama Gartental (estuve alla el sabado y domingo, nas bodas de plata de mi prima).

Estoy a todo rato intentando saber como esta el agua y foresta por aca. Cuando venía a Uruguay, chiquita, me acuerdo que no habia mucha agua en las casas, mi tia sacava el agua de un pozo y tampoco habia saniamiento. La situación esta mejor ahora. Ella vive en Montevideo, donde esta casi la mitad de los uruguayos (1,5 millones, en un pais con casi 4 millones). Hay mucho campo e pude ver en el viaje a Gartental que hay mucha agricultura y casi nada de foresta. Hay como las reservas que tenemos en Brasil, asi como mucha fauna (vi muchos animales en la ruta, todos muertos por los autos). También a rios muy anchos y limpios, y eso esta bueno.

Ayer vi una propaganda que decia que Uruguay ahora va producir caña de azucar y etanol. La Nafta aca és muy cara, y el pais muy pobre, así que hay que buscar caminos mas baratos y que traigan empleos. Ojalá piensen mucho sobre los impactos ambientales, para que el agua no se contamine y para que las forestas no se acaben quemadas y cortadas.

Tuve la oportunidad de ver un proyecto que mi primito Enzo, que tiene 13 años, tiene que hacer para la esculea, con el tema agua. És un proyecto integrado, donde historia, geografia, matematica y biologia están juntos. Los chicos tienen que descobrir el uso del agua en antiguas civilizaciones, que relación el agua tiene con el calentamiento global, cual és la situación actual, cuanto esta disponible, cuales las principales cuencas, y mucho más. Lo van presentar en power point y hay que hacer graficas.

Bueno, amigos, hay un montón de cosas que les poderia decir sobre el medio ambiente de acá (como la basura, tema que me encanta y que ya me informé acá también), pero como este blog és sobre AGUA Y FORESTA, és eso que tengo para compartir. Una cosa buena és que después de mucho tiempo llovió en Gartental ayer, para felicidad de todos los campesinos (mi primo és gerente de la cooperativa y estaba re-contento!!!).

Un abrazo muy fuerte desde Uruguay y hasta la proxima semana!
Ivy.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008


Mitos e 1/2s Ambientes - Ani e Camis.



Salve, Salve!


E cá estamos em mais uma sexta-feira, hum? dia das colaboradoras postarem aqui.


E hoje resolvi mostrar pra vocês uma intervenção que achei de extrema criatividade, e trata da problemática da Água potável, a falta dela, melhor dizendo, em países africanos.

Bom, assistam ao vídeo que eu caçei e achei. e vejam como, com idéias simples podemos conseguir grandes feitos! e melhor ainda, quando esses feitos se voltam para a água&floresta!

segue o link do vídeo! assistam :

http://www.youtube.com/watch?v=TEnHNld4R3k


Abraços.


um ótimo fds!


Camila F.


quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Sem planejamento não dá!!!

Vidágua e Floresta, que educação é esta? - Ivan

Aproveitando o curso de EA que vou proferir daqui a pouco...
Hoje gostaria de comentar sobre um tema bastante aplicado nos dias atuais... Projeto!
Para que tenhamos sucesso em determinadas ações, sempre, ou na maioria das vezes, estará por trás um projeto. Temos vários tipos de projetos: pequenos, grandes, ou locais, regionais, ou pontuais, permanentes, enfim... cada um com suas características próprias... porém o que é comum nos projetos, é a "situação problema" e os meios de tentar resolver ou equacionar o "problema". é justamente para isso que servem os projetos.

Como trabalho numa ong, usamos desse artifício para desenvolver nossas atividades, ou seja, diagnosticamos um problema, elaboramos um projeto, encaminhamos a algum agente financiador e posteriormente desenvolvemos o projeto.

Uma das etapas mais importantes sobre esse tema, está justamente na primeira e últimas etapas, ou seja, na fase inicial.... diagnosticar o problema e posteriormente na sua avaliação, que nada mais é que verificar se aquilo que foi feito, realmente resolveu o problema, ou só amenizou.

Enfim, seja qual for o "problema", o que quero deixar aqui hoje, é que precisamos nos planejar, antes de tomar qualquer atitude, quando estamos pensando em resolver algum tipo de situação. A primeira dica que dou, é... antes de mais nada, verifique se aquilo que vc se propõe a fazer, já não existe, pois assim estará propondo coisas novas!!!!

é para isso que servem os projetos!!! e vc já participou de algum, já elaborou algum?

Abs,
e até a semana que vem.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O cadáver de nossas pesquisas

Katarini em ComunicaçãoMídiaAmbiente&Diversidade
saudações de quem não conseguiu eleger seu candidato, mas continua confiando na cidade sanduíche

Pois bem, o companheiro Ivan me mandou no começo da semana uma pesquisa no mínimo alarmante, e que resolvi comentar aqui nas breves linhas (breves mesmo!)

Quanto de floresta precisa ser destruída para que possamos nos formar e realizar nossas pesquisas?
A advogada Ana Cecília Parodi, aluna do Mestrado de Direito Econômico e Socioambiental da PUC-PR, pensou e fez as contas. Entre 1980 e 2007, em uma única universidade, quase 1 milhão de árvores foram derrubadas para a produção do papel que se transforma em monografias, dissertações e teses. Isso quer dizer que foram cortados 588 hectares de florestas, o equivalente a 800 campos de futebol, segundo a materia veiculada em http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=813146&tit=Revisao-de-normas-da-ABNT-pode-poupar-muitas-arvores

Reitero que esse montante é em apenas 1 universidade. Multiplique pelo tanto de universidades que temos.

De acordo com a pesquisadora, é preciso mudar o modelo atual de produção e consumo, as instituições de ensino devem provocar esta reflexão, e a ABNT(órgão que regulamenta a entrega dos trabalhos) rever seu papel na indução de comportamentos socioambientalmente corretos. E neste sentido, ela levou a pesquisa à ABNT, que não permite impressão frente e verso e nem em papel reciclado (pasmem!), sugerindo mudanças nesta regulamentação. Só de imprimir frente e verso metade das árvores desta floresta ficariam em pé. Segundo a matéria, a ABNT se comprometeu a definir uma data para votar a reforma proposta em no máximo dois meses.

Alguém tinha que tomar esta iniciativa! e podemos ir além: os textos poderiam aproveitar o espaço privilegiado e ilimitado da internet para ficarem disponível on line. Sugiro um movimento em favor da utilização racional de papel nas universidades (e em outros locais também)
Quem quiser pode enviar mensagem à ABNT reforçando a proposta da pesquisadora e pedindo mais compromisso com o meio ambiente: www.abnt.org.br, no item fale conosco.

Pela floresta em pé! Sempre !
fico por aqui...aguardando manifestações

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Mais reflexões...

Nós, a Água e a Floresta - Fernanda

Fala, povo!!!

Mais uma semana de reflexões...
Estou fazendo um curso chamado "Germinar", que consiste basicamente na formação de lideranças. É bem complexo, mas o mais legal é que permite diversas reflexões sobre nós mesmos, sobre como nos relacionamos com o outro e como esta relação, e essa troca de "forças", afeta todo o entorno. O curso é mais voltado para as relações humanas, mas dá perfeitamente para traçar um paralelo com nossas relações com o Meio Ambiente, a Natureza e o meio em que vivemos como um todo (ou seja, nosso entorno).
Até já coloquei isso aqui, mas acho que é sempre importante repensarmos temas aparentemente cotidianos...
Como por exemplo nossas atitudes quando andamos na rua.
Observando o movimento em uma rua comercial de grande circulação, comecei a notar como as pessoas se portam quando estão chupando um sorvete, um chiclete ou recebem um panfleto de propaganda.
É inacreditavel, mas a maioria ainda "se livra" do papelzinho jogando ali mesmo. E em quase todos os casos havia uma lixeira próxima...
Aí sai no jornal o povo indignado com a sujeira que sobrou da eleição...É a velha história do macaco, que senta no rabo e fala do rabo dos outros (isso eu já escrevi aqui...).
Por que será que não conseguimos relacionar nossas ações com a sujeira e os problemas de nossa cidade???
Por que será que, quando alguém tenta tocar nesse assunto corre o risco de ser tachado de "bitolado" ou "ecochato"???
Por que será que não conseguimos nos responsabilizar pela manutenção do nosso "entorno"??
Perguntas que não querem calar...
Quem souber as respostas, gostaria muito de saber...

Beijos e inté...

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

INTERAÇÃO!


Políticas para preservação da Água&Floresta - Ivy

Olá, pessoal! Fico muito feliz em ver quatro relações públicas num blog ambiental (eu, Camis, Ani e agora Saulo). Isso mostra uma coisa interessante: a importância da interdisciplinaridade! Quando profissionais de diferentes áreas interagem, o resultado de discussões, projetos e ações pode se tornar muito rico.

Isso se aplica também às políticas. Como eu já falei aqui no blog algumas vezes, não vemos essa interação nas políticas ambientais. Em todas as esferas de poder, predominantemente no Governo Federal, o que vemos é uma série de técnicos/burocratas que não conseguem se entender com outros técnicos/burocratas, dificultando assim a vida das pessoas.

Nesta segunda-feira estarei em São Carlos para uma palestra na Semana de Engenharia Ambiental, na Universidade de São Paulo (www.eesc.usp.br/sea), uma Relações Públicas num evento de Engenharia falando sobre gestão ambiental e terceiro setor. Essa é uma experiência RICA pela diversidade, e é sobre isso que estou falando neste post. Precisamos sair da "mesmice" e tentar inovar através das trocas! As políticas também poderiam ser bem melhores se respeitássemos as diferentes opiniões e se conseguíssemos entender toda a complexidade da vida, dos ecossistemas e das relações humanas sob o ponto de vista de diferentes profissionais. Fica aqui o meu convite para cada um de vocês refletirem sobre isso e abrirem suas cabeças, para conseguirmos ser flexíveis.

Grande abraço!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

A História das Coisas



Mitos e 1/2s Ambientes - Ani e Camis.


Salve, Salve! Gente, hoje eu e a Ani convidamos um amigo para postar aqui no blog. O Saulo, trouxe uma idéia bacana, e o lugar de idéias bacanas envolvendo uma consciência inteligente é aqui, no nosso blog. Bom, eu passo a bola pro Saulo, então!

Olá, pessoal!

Meu nome é Saulo, e sou colaborador do Instituto Vidágua.

Vim fazer uma participação especial hoje aqui no blog, à pedido da Ani!

É com alegria que trago pra este espaço um breve documentário de 21 minutos, de cunho, obviamente, ambientalista. Mas não o julguem pelo seu tamanho. A História das Coisas me surpreendeu e surpreenderá a muitos que ainda não o viram pelo seu conteúdo bastante didático sobre as “nuances” do processo de produção da grande maioria das coisas que consumimos no dia-a-dia.

A autora, a estadunidense Annie Leonard, conseguiu elaborar um vídeo com absolutamente nenhum recurso gráfico avançado, a não ser desenhos animados muito simples, porém com uma profundidade nada simples.

O vídeo traz, ao longo da explicação, uma claridade grande à escuridão por trás da nossa falta de questionar o mundo consumista que inevitavelmente fazemos parte. E permite, no final, uma sensação de motivação, uma sensação de que “devo fazer alguma coisa AGORA!”

O enfoque do documentário está em nos alertar que há coisas para além do que imaginamos existir no simples processo “Extração-produção-distribuição-consumo-lixo”. E o melhor de tudo é que sua linguagem simples permite o entendimento de crianças, e talvez a escolha do desenho animado seja justificada por isso.

A autora nos faz LEMBRAR que nós vivemos num sistema interligado, interdependente, e que, cedo ou tarde, nossas ações afetarão alguma parte do sistema em geral – e inclusive nós mesmos –, sendo que o retorno vem de maneira positiva ou negativa. Depende apenas da nossa contribuição. As conseqüências, afinal, dependem apenas das causas.

Einstein uma vez disse: "A vida é como jogar uma bola na parede. Se for jogada uma bola azul, ela voltará azul, se for jogada uma bola verde, ela voltará verde, se a bola for jogada fraca, ela voltará fraca, se a bola for jogada com força, ela voltará com força. Por isso, nunca jogue uma bola na vida de forma que você não esteja pronto a recebê-la."

A história das coisas é que estamos jogando uma bola de consumo para dentro de nossas vidas, só que a maior parte de nós não está atenta ao fato de que esses “produtos finais” são resultado de um processo que quem está pagando, no fim das contas, é o nosso planeta, sim, a Terra, Gaia. Não somos nós que pagamos pelos produtos que compramos. Nós pagamos, em geral, um valor que representa apenas pequena parte do verdadeiro valor e do verdadeiro custo: a destruição e a exaustão quase irreversível dos meios ecossistêmicos terrestres.

Este é um custo, que, sem dúvida, poucos estão querendo pagar, ou carregar nos ombros, pois parece pesado demais... No vídeo, a autora nos mostra que nos EUA restam apenas 4% das florestas originais: QUATRO POR CENTO. Mas é preciso extrair mais e mais para se produzir as coisas mais inúteis possíveis, coisas que se tornarão obsoletas rapidamente, e, por isso, você é levado a comprar novamente: para jamais ficar para trás. O problema é que, como os países desenvolvidos, principalmente os EUA já dispõem de poucos recursos em seus próprios territórios, e os governos estão de joelhos para as corporações, os exploradores são obrigados a mudar seu foco de destruição, no caso, para os países pobres, ou em desenvolvimento, como o Brasil.

E logo logo, se não nos levantarmos e esticarmos nossos joelhos, nós perderemos as chances de viver no meio natural que ainda nos resta. Nós, brasileiros, podemos dizer que estamos numa situação mais privilegiada, de tantos recursos disponíveis que parecemos ter, no entanto é só uma questão de verificar o ritmo impressionante de degradação que se desenrola, mais precisamente, na região amazônica, algo que o pessoal do Vidágua sabe muito bem. E não só da destruição das florestas, mas também de minérios que o Brasil dispõe em grande quantidade, como o Nióbio(http://www.roraimaemfoco.com/site/content/view/1043/50/).

A questão é que, de uma forma ou de outra, estamos perdendo cada vez mais o contato e, de fato, a relação com os nossos meios naturais. Em 50 anos, o número de moradores urbanos mais do que quadruplicou, e isso significa que, se você mora na cidade, você perde, conseqüentemente, o usufruto de recursos básicos que você pode ter na zona rural gratuitamente. Entretanto, as pessoas se acostumaram de tal forma com as cidades que nem param pra pensar no que estão perdendo... No meio natural a nossa vida pode ser quase 100% auto-suficiente. O que dizer para as crianças, então? Viver correndo pelos campos, se divertindo com os animais, colhendo frutas no pomar... Na cidade, às crianças, é requerida uma boa formação, por isso vão às aulas de informática, aulas disso, aulas daquilo, cursos disso, cursos daquilo, para que sejam “bem formadas”, para então ganhar todo o dindin: e dizimar o planeta com o seu pretensioso estilo de vida.

Nas cidades as pessoas têm que trabalhar como loucas para pagar suas contas e comprar “coisas” que tem gratuitamente no campo. Algumas trabalham ainda mais para comprar mansões suntuosas – mas que nunca usam porque estão sempre trabalhando – e comprar carros importados pra ficar preso no trânsito a caminho do trabalho e, naturalmente, comprar muitos remédios, porque esse estilo de vida deve acabar com a saúde. As pessoas ficaram malucas ou o quê?

Talvez esse seja um bom momento pra ter a chance de divulgar o vídeo aqui, esse momento de crise financeira. Esta crise talvez seja um sintoma, apenas um sinal, de que a maioria de nós será forçada a tomar uma escolha: se entregar ao valor artificial da moeda de vez, ou se entregar aos valores de sustentabilidade que verdadeiramente integram o homem e a sociedade. É fato que o homem adormeceu de tal modo à símbolos de valor artificiais que ele não vê que a moeda-que-compra-tudo não é suficiente para o definir e representar. É quase como dizer que, se você não é um consumidor, você não tem qualquer valor. O seu valor é medido pelas coisas que você consome. A moeda se tornou um objetivo quantitativo que se distancia dos nossos valores naturais, que são qualitativos. Nós nos acostumamos com – falsa – idéia de que o valor intrínseco do nosso sucesso é representado pela quantidade de dinheiro, e não pela qualidade de dinheiro. Se caso esta crise piore ainda mais, ela também levará as pessoas a se questionarem quanto ao que elas tem contribuído para o mundo, do modo como elas tem contribuído. A “queda” é certamente terrível para todos nós. Todos seríamos muito afetados, já que a economia também é um sistema interligado. Contudo, por outro lado, a quebra seria boa no sentido de que, além de levar as pessoas a refletirem mais sobre o que elas têm feito para a vida do planeta, as levará a um maior nível de contato com o meio natural.

Pode ser que esta “previsão” esteja totalmente equivocada, porém, o modo como os próprios eventos da natureza estão mostrando a sua cara, levará, ao menos, os mais espertos a se questionarem, na medida em que as mentiras forem expostas, e não encobertas; na medida em que os erros dos “grandes” forem reconhecidos e divulgados, e não enterrados; na medida em que aqueles que escondem esqueletos em seus armários, forem desmascarados. Parece utópico e fantasioso pensar que isso uma hora acontecerá, perante tantas dificuldades, ante tantos obstáculos, mas apenas parece fantasioso porque poucos estão contribuindo e poucos estão conscientes do ponto que chegamos. Na medida em que mais e mais pessoas se tornarem alertas, através de pequenos-grandes feitos como esse documentário, isso será possível, pois depende apenas da contribuição de cada um. E se muitos contribuírem, SABENDO o que acontece com as coisas que produzimos, consumimos e jogamos fora para fazer tudo isso de novo... é possível.

Particularmente, tenho noção das dificuldades, pois quanto mais trabalhamos para contribuir com uma coisa positiva, na mesma proporção encontramos bloqueios, e por vezes resultados não satisfatórios. Mas como eu comentei o outro dia com a Ani, as coisas reais, verdadeiras, não acontecem de uma hora para outra. A bola – a semente que plantamos – sempre volta. Pode demorar, porque o mundo é muito grande, e a gente tem pressa demais... Entretanto, “a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória”.

O que devemos levar até os mais diversos públicos é a compreensão das implicações de seus atos; a compreensão de que o velho sistema de gerir nossas coisas materiais não poderá continuar por mais muito tempo, do contrário, quem não continuará por muito mais tempo por aqui, seremos nós. Se nós criamos algo insano, nós temos todo o poder para criar algo mais sensato, usando as novas perspectivas de sustentabilidade e equidade.

Como eu ouvi dizer uma vez, “os grandes só se parecem grandes porque nós estamos ajoelhados”. A escolha de manter um sistema linear – absolutamente doentio – da “economia de materiais”, apenas porque grandes corporações estão se favorecendo com isso em detrimento da crescente infelicidade, é somente nossa. É possível escolher algo mais humano, mais natural, mais verdadeiramente sustentável. Não uma sustentabilidade de fachada, como acontece com boa parte das empresas. É preciso levar às consciências de todos, se cada um está ciente da qualidade de seus atos. Não adianta fazer a coisa certa sem você saber que isso é certo por uma – grande – razão: a razão é a sua sobrevivência e a do seu planeta.

O que te levou a realizar determinado ato? Você o fez porque alguém te pediu pra fazer, e você agiu como um robô, ou você refletiu em seu interior e pensou que "se eu fizer isto, estarei pronto, mais do que pronto, para arcar com as conseqüências futuras, sejam elas quais forem – positivas ou negativas; se eu fizer a minha parte, da maneira correta, de modo que eu não contribua para algo degradante, não esperarei que os outros façam minha parte por mim”. É necessário que essa mentalidade chegue até todos, caso queiramos ter um planeta saudável novamente. O documentário nos faz pensar nisso, principalmente por ser, de alguma forma, direcionado às crianças, que ainda não estão completamente contaminadas com a maneira geral dos adultos e de muitos ditos "instruídos" levarem suas vidas: impensadamente e, por isso, inconseqüentemente.

É isso aí! Aproveitem!

Até a próxima galera!

Abraços

Saulo.


Aqui está o link do vídeo no google: http://video.google.com/videoplay?docid=-7568664880564855303&hl=en