quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Exposição, filiação, valorização

Katarini em ComunicaçãoMídiaAmbiente&Diversidade
tô no twitter!! Vidágua também e o projeto Meros do Brasil, sigam-nos os bons!!!

Acredito que este esteja sendo o ano mais difícil da história do Vidágua, não sei se é reflexo da crise mundial, da descrença na humanidade ou ainda um processo normal de renovação. Só sei que estamos precisando, mais do que nunca, de pessoas que nos apóiem, que se juntem a nós, que contribuam financeiramente e moralmente.

Dizem que logo depois de uma tempestade sempre vem o sol, pois é, estamos enfrentando esta nebulosa na certeza da luz no fim do túnel.

Portanto, vou aproveitar o post de hoje para divulgar novamente a Campanha de Filiação do Vidágua e nossos 15 anos de atuação. Estamos com uma belíssima esposição fotográfica comemorativa que está percorrendo diversos espaços em Bauru para divulgar a trajetória do Vidágua desde a sua fundação. "Da semente à floresta", nome bastante peculiar que demos a exposição, foi produzida por 2 fotógrafos grandes amigos com imagens de arquivo do Vidágua também. Até o dia 15 de outubro está no Bauru Shopping, depois segue para os Correios Central. Quem se interessar em receber a exposição, basta entrar em contato com o Vidágua contato@vidagua.org.br.

E por fim, estamos aí na labuta para captar filiado, conseguir manter nossos projetos e ações e concretizar a campanha "15 anos, 15 mil mudas", mas precisamos de apoio. É muito simples e barato, com apenas R$20,00 por ano torna-se um filiado e ainda adquire uma muda de árvore. Mais informações e filiação pelo site http://www.vidaguaefloresta.org.br/

é isso por enquanto. Espero ter novidades na próxima semana!



terça-feira, 29 de setembro de 2009

Nós, a Água e a Floresta

Neste nosso mundo de água e floresta, eventos é que não faltam: ontem, Conferência Municipal de Saúde e Meio Ambiente; hoje, durante o dia, em Jaú, Workshop para Elaboração de material didático em educação ambiental para a UGRHI do Tietê Jacaré (Instituto Pró-Terra); e, logo mais à noite, workshop na OAB em Bauru, sobre Responsabilidade Pós Consumo. Meio ambiente nunca esteve tão em pauta! Só se precisa ter interesse! (E tempo para atender a tanto compromisso).
São nestas ocasiões que percebemos o quanto ainda temos a aprender e quanta ignorância existe no meio. Enquanto aprendemos, decepcionamo-nos com a falta de informação de tantas pessoas sobre questões simples e fundamentais. Entendemos que há muito o que fazer, que estamos apenas engatinhando na área de educação ambiental.
Por outro lado, vemos que, por interesse econômico ou realmente ambiental, nossos empresários começam a ver o meio ambiente como algo digno de ser considerado. Se esta situação ainda não é a ideal, é um começo. O importante é que essas ações sejam pautadas em conceitos certos, eficazes.
Afinal, está na ora de reconhecermos nossa responsabilidade ambiental em tudo que fazemos e recebemos. Está na hora de pensarmos também em nossa responsabilidade pós consumo.
Por falar nisto, estou atrasada para mais um compromisso ambiental.
Inté!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A história do lixo - curiosidades!

Fer Abra em: Informação e educação - o caminho para solução!

Lendo um livro de ecologia para preparação de uma prova me deparei com um capítulo inteirinho sobre a história do lixo no nosso mundo.
Nunca tinha me dado conta de que isso é um problema desde que o homem existe (Adão e Eva?) e achei as informações muito interessantes!
O problema então, se resume em fezes e urina. O que as populações faziam com os seus dejetos?

O que os historiadores contam é que a "prática" era feita nas cidades, bem nas ruas. Na época medieval os estudiosos contam que o cheiro das cidades e das pessoas eram horriveis. Nem os lindos e pomposos castelos de contos de fadas escapam dessa verdade.
O sistema de latrinas dos castelos eram acoplados em paredes que eram muito largas - resumindo, as pessoas faziam suas necessidades nas latrinas que despejavam todo o dejeto nas paredes dos castelos. Isso mesmo, as paredes ocas eram preenchidas com fezes e urinas, o que rendeu estudos maravilhosos para pesquisadores dessa época - eles podiam saber exatamente o que as pessoas comiam e sobre os vermes intestinais de que eram acometidas. E tem gente ainda sonhando em morar em castelo.

Bom, os povos mais comprometidos com a limpeza das cidades eram os gregos e romanos que contratavam pessoas que levassem o lixo da cidade pra fora da muralha das cidades - os primeiros lixeiros do mundo enterravam o lixo - mas o problema não foi solucionado porque as populações cresciam e não havia mais lugar para enterrar os dejetos.
E quando as pessoas morriam, então?
Os hindus fazem até hoje a prática da cremação, queimam as pessoas mortas em piras gigantescas e sobra somente pó de toda aquela matéria orgânica mas e a liberação de CO2 e a poluição atmosférica?

Outros povos da europa oriental jogavam as pessoas no oceano amarradas em pedras e não poluiam os solos e nem a atmosfera - eis aí o jeito menos poluente pra lidar com os mortos - outros povos ainda levavam as pessoas mortas e nuas pra um lugar descampado e as jogavam para os abutres e corvos, toda a carne era consumida em 2 dias e depois os ossos eram enterrados!

Sei que hoje o texto está bastante mórbido mas o que eu gostaria de passar com essas curiosidades sobre dejetos e pessoas mortas é que o lixo é um problema seríssimo que sempre existiu e vai continuar existindo sendo até uma das demandas mais importantes das cidades.
Em Bauru, por exemplo, a vida úti do nosso aterro sanitário está acabando e não temos mais áreas para abrirmos outro espaço para destinação do lixo.
E daqui a 50 anos, como estaremos tratando nossos descartes e dejetos?

Eu acredito que a solução eficiente realmente está na redução do consumo e reciclagem de materiais, além da técnica de cremação para pessoas mortas. Os cemitérios também são impactantes para o meio ambiente, tanto é que recentement ele passou a ser licenciado tal como uma obra qualquer que gera impacto ambiental. O chorume da decomposição de matéria orgânica afeta o nível do pH do solo e compromete por contaminação os corpos d água.

Com tanta inovação tecnológica, será que não conseguiremos futuramente resolover esse problema com o lixo?

Abraços a todos!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Sem carro?

Katarini em ComunicaçãoMídiaAmbiente&Diversidade
água e mais água, cada vez mais remando contra a maré...

Pois é, ontem foi o Dia Mundial sem Carro, alguem se lembrou efetivamente da data? ou seja, participou? Eu lembrei, fui entrevistada inclusive pelo Jornal aqui da cidade a respeito disso, mas deixei de usar o carro? Não! e por que? por comodismo mesmo e tenho que assumir (com muita vergonha). Os bauruenses sabem que o transporte público na cidade lanche é terrível , o que dificulta a adesão a uma campanha com essa, que na verdade, deveria ser um alerta permanente: vamos deixar os carros na garagem, vamos ser menos dependente do veículo, mais comprometidos com a qualidade do ar e, consequentemente, pessoas mais saudáveis! Estamos cansados de saber que os carros são os principais responsáveis pela emissão de CO2 na atmosfera, que causa o tão temido aquecimento global, mas informação não é suficiente quando é preciso sair da nossa zona conforto.

Carro é sinônimo de comodidade, independência, liberdade (ir e vir de onde quiser) e até status...então como não tê-lo? ou ainda deixá-lo na garagem e alguns dias ir trabalhar a pé, de bicicleta ou transporte público? para algumas pessoas, e não poucas, isso seria uma loucura sem precedentes, para outras, estilo de vida, compromisso, cidadania. Fiz e ainda faço várias concessões na minha vida em nome do meio ambiente, inclusive, deixar de comer carne, mas não consigo abandonar o carro... troquei pelo flex, uso etanol, mas a semana passada tive a grande surpresa com a pesquisa do Ministério do Meio Ambiente de que o carro flex polui tanto ou mais que a gasolina, e agora?

Bom, o que disse para a jornalista repito aqui e infelizmente me enquadro nessa situação geral:

“O transporte público não é tão eficiente em Bauru. A maioria das pessoas que usa ônibus é porque não tem outro meio”, pondera. Além disso, Katarini observa que a frota da cidade só tem aumentado. “Muitos afirmam que é uma questão de independência ter um carro. Além disso, com as facilidades de compra, cada vez mais pessoas estão adquirindo seus veículos”, afirma.
(http://www.jcnet.com.br/detalhe_policia.php?codigo=166443 - "Veículo dependente bauruense não adere ao Dia sem Carro" )

Ontem, ainda para piorar a situação estava chovendo... seria mais uma sacrificio, mas que com certeza iria lavar a alma!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Nós, a Água e a Floresta

Uma questão de comunicação.

Há dois princípios básicos no direito:
  • Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, senão em virtude de lei (Art. 5º da CF); e
  • Ninguém pode alegar desconhecimento da lei. (Lei de Introdução ao Código Civil).

Evidentemente, para atender a estes dois princípios há necessidade de ampla divulgação das normas. A questão é: como fazer com que as mesmas cheguem a todos, sem distinção?

Costumamos criticar a forma como se dá a publicidade das leis, ou seja, por meio de jornais oficiais (D.O.U., D.O.E, D.O.M.). De fato, quem lê diários oficiais? Entretanto, não sei que meios poderiam ser usados como ferramentas ideais de comunicação. A televisão? Teria que ser em todos os canais, em todos os horários e, ainda assim, a questão não seria solucionada. Há muita gente que "se desliga" quando o assunto não é de seu interesse e um outro grande número de pessoas que não tem TV em casa. Além disto, há leis bastante extensas! O jornal? As escolas? A combinação de mídias? Realmente, não é um empreendimento fácil!

Como no caso das leis, a comunicação de assuntos de interesse comum é difícil. Na semana passada, tivemos uma reunião para discutir ações relacionadas à APA Estadual do Rio Batalha(Área de Proteção Ambiental). Todas as ações estarão subordinadas à criação de um Conselho Gestor. Este CG deverá ter no mínimo 12 representantes, sendo 50% do Poder Público (dividido entre as três esferas) e 50% da sociedade civil. Apesar de o evento ter sido amplamente divulgado entre os interessados, se tivéssemos que criar o CG naquela data, não teríamos quórum, ou seja, não iríamos conseguir 6 representantes da sociedade civil e 6 do Poder Público (bem, do Vidágua havia três pessoas presentes).

O problema não está restrito à área ambiental, que é de nosso interesse, mas não há dúvida de que a dificuldade de se conseguir adesões para projetos no setor de meio ambiente de pessoas diferentes (em tudo são sempre os mesmos) é muito grande.

É, Katarini e demais amigos jornalistas e outras áreas de comunicação, vocês têm alguma idéia para solucionar o problema? Se não o geral, pelo menos para conseguirmos um número maior (e diversificado) de presenças na próxima reunião da APA que, embora não tenha data definida, deverá acontecer na segunda quinzena de outubro.

Será que me comuniquei bem???

Abraços,

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O que é que o povo quer?

Fernanda Abra em: Informação e Educação - o caminho para solução!

É o Cerrado em pé!


Já se passou uma semana do evento Povos do cerrado realizado em Brasília de 09 a 13 de setembro e esse evento não foi como todos os outros que participei. Desde o primeiro ano de faculdade de Biologia participei de encontros, simpósios e congressos puramente direcionados a questões ambientais.
Os povos do cerrado me marcaram muito - eu tinha o completo desconhecimento sobre o que era realmente uma luta do povo, e o cerrado é uma delas!
Pessoas de diferentes estados do centro oeste, sudeste, norte e nordeste estiveram no mesmo lugar com o mesmo propósito para gritar sobre o que está acontecendo com o nosso segundo maior bioma do país!
Uma senhora do Maranhão disse que por diversas vezes ela e sua comunidade se colacaram deitados fazendo um cordão humano para o trator da polícia federal não destruir suas plantações e casas. E eu não sabia que esse tipo de coisa era real.
As comunidades do povo do cerrado lutam diariamente contra a expansão da fronteira agrícola no cerrado, lutam contra o avanço do agronegócio, lutam contra a concetração de riquezas e desigualdade social.
Pois é, me deparei realmente com aquilo que ouvia falar sobre desigualdade social e concentração de riquezas. O que ouvi muito no encontro é que grupos internacionais de agronegócio do tipo S.A se instalam no nosso país em busca dos lucrosos retornos financeiros que a exploração do nosso cerrado lhes dá. Esses grupos que não tem rosto nem identidade não se preocupam com as comunidades tradicionais que já viviam muito antes de instalarem suas empresas e culturas monótonas (um novo termo pra monoculturas) e forçam órgãos governamentais e a polícia federal a retirar essas pessoas de suas casas.
Com todo esse problema com os indígenas, quilombolas, geraizeiros e sem terras o governo ainda não demarcou as terras dessas comunidades e continua com os olhos fechados e não fazem nada!
Talvez não seja interessante ($$$), não é?
Nossa, e eu achava que nunca tive o perfil em trabalhar com o "social" mais quando eu senti na pele a luta daquelas pessoas que de um dia pro outro perdiam as suas casas eu vesti a camisa!
No dia do Grito do Cerrado, vi uma multidão parando uma avenida de Brasília em direção do Congresso Nacional e as vozes se encontravam num só coro! Me comovi e me juntei aquelas vozes!
Quase invadimos o congresso nacional, mas tudo acabou de forma pacífica e o Senador Cristóvao Buarque nos ouviu e marcou uma reunião hoje pra atender uma comissão dos povos do Cerrado.

Quando será que a Pec que tanto queremos sairá? E quando o cerrado passará a ser devidamente respeitado? E quando aquelas comunidades tradicionais que tem tanta beleza e habilidade em trabalhar com a terra será ouvida?

Espero que em breve,
São os votos de um novo rosto que se junta a esssa luta!

E viva o cerrado!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O grito do Cerrado!

remando contra maré

Não poderia aqui deixar de comentar o Encontro dos Povos do Cerrado, o qual participei representando o Vidágua. Mais de mil representantes de comunidades tradicionais, indígenas, quilombolas, geraizeiros, ribeirinhos, ambientalistas e acadêmicos marcaram presença e fizeram barulho em Brasília, chamando a atenção (pelo menos!) para a devastação do Cerrado.

As grandes questões colocadas, que inclusive noticiei no boletim do Vidágua, foram como se livrar das ameaças do agronegócio? como garantir a sobrevivência dos povos do Cerrado? a dignidade das populações tradicionais? como produzir sem devastar o bioma? O Grito do Cerrado, realizado no Dia Nacional do bioma, 11 de setembro, evidenciou estas questões em uma caminhada da esplanada dos ministérios até o Congresso nacional, não fomos recebidos pelos políticos, mas alertamos a sociedade e a casa de leis para a situação do bioma, através da Carta dos Povos do Cerrado e fizemos pressão (ainda que simbólica) para incluir o Cerrado como patrimônio nacional na Constituição, a exemplo dos biomas Amazônico e Mata Atlântica.

Duas informações que tive durante o evento me deixaram perplexas: O ritmo de desmatamento do bioma chega a ser 3 vezes superior ao da Amazônia, enquanto as queimadas no Cerrado exercem tanto ou mais influência no aquecimento global do que as que ocorrem na Amazônia, mas nem a sociedade nem o governo, nem a mídia, se atentam para esse fato. Ministrei uma oficina durante o evento para comentar a representatividade do Cerrado na mídia e buscar maneiras, propostas de colocá-lo em evidência, o que rendeu boas discussões. Para se ter uma idéia, no ano de 2007, o Cerrado foi pauta principal (ou seja, o assunto central) em apenas 3 matérias no jornal O Estado de S.Paulo, enquanto a Amazônia teve 40 publicações específicas. Um desparate! não desmerecendo o bioma amazônico, mas o que está acontecendo é um total desprezo pelo Cerrado e pela sua rica biodiversidade - que inclusive, durante o evento, foi evidenciada na grande Feira dos povos do Cerrado que expôs e comercializou alimentos, cosméticos, fitoterápicos e artesanatos feitos através do pequi, do buriti, do babaçu e do jatobá, para citar poucos exemplos.

Bom, é fato que precisamos dar atenção ao Cerrado e garantir a sobrevivência de seus povos. Uma das frases mais ditas durante o evento ilustra toda a situação: "O Cerrado é de quem mora, e não de quem explora".

Vamos começar por aqui, preserve e respeite o Cerrado!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Nós, a Água e a Floresta

Começo este post, reproduzindo as palavras de um dos mestres em Direito Ambiental, Dr. Edis Milaré:

“Fica evidente que a Natureza é a parte mais fraca – ao menos na aparência, pelos critérios exclusivamente pragmáticos da cultura dominante – na inter-relação com o Homem. Mas, ela não pode ser “corrigida” porque não erra nem delinqüe. O ator rebelde nesse processo – que somos nós – deve ser advertido das suas traquinagens, intemperanças e ambições adolescentes, porque a espécie humana parece persistir na idade dos sonhos – sonhos de progresso ilimitado, a qualquer custo. Quem erra, paga. E é bom que não se espere pela cobrança final da Natureza porque, num confronto decisivo, o Homem é, na realidade, a parte mais fraca.”

Bem, acho que depois dessas palavras não há muito o que dizer. É preciso analisar nosso comportamento e daqueles que nos rodeiam e pensar onde queremos chegar.

E, entre nossas traquinagens, intemperanças e ambições adolescentes, está a mania de consumo inconseqüente. Muitas vezes compramos o que não necessitamos e descartamos o que não queremos mais, sem pensar para onde vai. As sacolas plásticas de nossas compras voam por aí com destino incerto (ou seria certo?).

Afinal, de quem é a responsabilidade pós-consumo?

Convido todos a discutir este assunto no próximo workshop da Comissão de Meio Ambiente da OAB de Bauru, dia 29/9, a partir das 19 horas.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Povos do Cerrado


Katarini em ComunicaçãoMídiaAmbiente&Diversidade
nem cheguei e já estou de saída novamente, destino: Encontro dos Povos do Cerrado


"Em setembro, Brasília se tornará palco da maior confraternização entre os povos e comunidades que habitam e preservam o Cerrado. É a sexta edição do Encontro Nacional e Feira dos Povos do Cerrado, que acontece na capital federal, entre os dias 09 e 13 de setembro, no Memorial dos Povos Indígenas.Organizado pela Rede Cerrado - associação que congrega mais de 100 entidades e organizações que atuam em prol da conservação do Cerrado, da qual o Vidágua faz parte, o VI Encontro e Feira dos Povos do Cerrado objetiva estimular e promover o intercâmbio de experiências entre os diversos povos que habitam e utilizam os recursos naturais do Cerrado de forma sustentável, além de apresentar a riqueza do bioma e alertar a sociedade brasileira sobre o seu crescente processo de degradação.O evento é estruturado em dois eixos. Durante o Encontro, serão realizados painéis, debates e oficinas temáticas acerca de assuntos inerentes ao Cerrado, seus povos e seus problemas, com a participação de autoridades e especialistas. A Feira, por sua vez, visa expor a diversidade de produtos e experiências em prol de um Cerrado sustentável, incentivando a divulgação e a comercialização de produtos advindos do bioma - frutos, flores, artesanatos, alimentos, entre outros. Além do viés social de fortalecer os povos e movimentos sociais do Cerrado e divulgar produtos e experiências de uso sustentável, o evento também possui apelo político. Será realizado, no dia 11 de setembro - o Dia do Cerrado - o Grito do Cerrado 2009, uma caminhada na Esplanada dos Ministérios com o objetivo de focar as lentes da sociedade na necessidade da preservação do bioma. O Instituto Ambiental Vidágua vai marcar presença no evento e ministrar uma oficina especifica sobre o Cerrado na mídia. A proposta é discutir com os participantes a representação e visibilidade que o bioma tem na esfera midiática, formulando propostas para dar mais atenção ao Cerrado, colocando-o em evidência.

Na foto, momento do último evento...e não esqueçam de comemorar o Dia do Cerrado, 11 de setembro!!! Mais informações em www.povosdocerrado.com.br

tô indo...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Nós, a Água e a Floresta

  • Gelerias estão com os dias contados na América do Sul.
  • Projeto alerta para prejuízos de perda da biodiversidade.
  • Produtos continuam sem rótulo que identificam presença de transgênicos.

Estes são alguns dos títulos de publicações em boletins ambientais que vemos com frequência. Olhando para eles, podemos considerar os problemas ambientais por óticas diferentes:

1. A mudança de comportamento é essencial, no sentido de se prevenir danos ambientais piores do que o previsto: aquecimento global, desertificação, escassez de água, poluição do ar, perda da biodiversidade, só para citar alguns exemplos; e

2. Tomar providências imediatas para se prevenir dos problemas que deverão ocorrer como consequência de séculos de descaso.

Na década de 60(no Brasil, só mais tarde), o mundo acordou para os problemas ambientais que a forma como o desenvolvimento vinha sendo conduzido já havia causado e que uma mudança imediata no comportamento se fazia necessária, para evitar um agravamento da situação das formas de vida a serem protegidas.

Após 1981, foram editadas importantes leis ambientais no Brasil, com o objetivo de se adequar o desenvolvimento econômico com a sustentabilidade ecológica. Embora, mesmo com a diversidade das leis ambientais brasileiras, ainda tenhamos problemas comportamentais que comprometem o direito de termos um meio ambiente ecologicamente equilibrado e saudável, existe um fato ainda mais sério: nada está sendo feito de concreto, para evitar os danos que estão para acontecer, como consequência de tudo que já foi feito no passado.

Ensina-se que se deve economizar água; evitar a poluição do ar, da água e do solo; limitar o desmatamento; enfim, pensar na sustentabilidade. Mas o que tem sido feito, para evitar que o mar inunde nossa cidades litorâneas como consequência do derretimento das geleiras como já é um fato previsto?

O que realmente está sendo feito para evitar que as enchentes/inundações que se agravam ano após ano causem mais mortes e danos?

Está na hora de acordarmos e exigir do Poder Público ações que possam evitar que aquilo que já foi feito no passado se transforme em desgraça irreparável, além, é claro, de se empenhar por meio de uma educação ambiental eficiente (orientação e punição, se necessário), para garantir aquilo que é direito de todos (tanto no presente, quando as ações e reações são imediatas, quanto no futuro, quando o que se faz hoje só traz consequências bem mais tarde).

Uma boa semana para todos!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O Blog também é seu!

Katarini em ComunicaçãoMídiaAmbiente&Diversidade

Me preparando para mais um tour

É um clichê já cantado e entoado por inúmeras vozes, mas a verdade é que o mundo gira, as coisas vão e vem e tem que mudar. Estamos neste processo no Vidágua...algumas mudanças forçadas, outras planejadas, umas para o bem e algumas que nos fazem sofrer, contudo, repensar e refletir a condição em que estamos. (ou eliminar a dúvida, como o quadrinho acima). Uma dessas mudanças é o "afastamento" da Ivy do Vidágua e do blog. Está buscando novos rumos, mas continua totalmente ligada ao Coletivo, as nossas causas, problemáticas e problemões....

Mais uma coisa é que o blog agora também é seu!
Sim, você pode colaborar. Esperamos por isso.

O blog está recebendo artigos, textos, sugestões, links para publicação. Basta enviar o material para o email contato@vidagua.org.br, especificando "texto para blog". O tamanho é livre, mas o assunto tem que estar relacionado diretamente com as questões ambientais. Toda sexta-feira será publicado um texto diferenciado de colaborados, devidamente aprovado pelo Coletivo Vidágua.

Inclusive a Ivy também é nossa convidada, de honra!

Estamos na espera!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Nós. a Água e a Floresta

Acabo de chegar de uma audiência pública sobre questão relacionada ao turismo e fiquei impressionada com a identidade que existe entre meio ambiente e turismo.
Não estou falando aqui sobre ecoturismo, mas sim sobre a ignorância das pessoas com relação às duas questões. A maioria desconhece a abrangência do tema meio ambiente, da mesma forma que vê o turismo como um lugar para passear, fazer compras, curtir o sol, a praia, lugares bonitos...
Não reconhecem a importância do turismo de negócio, da saúde, da educação e, por esta e outras razões, não acreditam da importância de se ter no município (dito sem vocação turística!!!) um órgão exclusivo para cuidar da questão.
Da mesma foram, nem todos os municípios possuem uma secretaria exclusiva de meio ambiente e, quando ela existe, as verbas são irrisórias (afinal consideram a questão de somenos importância!?).
Sou conselheira do COMTUR e ambientalista (cheia de trabalhos voluntários). Assim, dedico grande parte de meu tempo a atividades direcionadas ao bem comum. O desprezo que nossos administradores públicos dedicam às questões, aliado a todas as dificuldades que vimos enfrentando para atingir nossos objetivos, fez-me dedicar este espaço a todos que trabalham, para garantir à sociedade (mesmo que ela nem sempre reconheça) uma melhor qualidade de vida, em especial aos colegas do Vidágua que vem se superando dia-a-dia, apesar dos pesares.
Parabéns idealistas! Estou um pouco amarga, eu sei, mas prometo continuar na luta!
Bjs.